“Destilem como o orvalho as minhas palavras, como chuva sobre a erva.” (Dt 32, 2)
I. A Igreja manda-nos pedir ao Espírito Santo que purifique nossos corações e os torne fecundos por seu salutar orvalho: que a infusão do Espírito Santo purifique os nossos corações e os fecunde com a íntima aspersão de seu orvalho. O amor faz a alma fecunda em bons desejos, santas resoluções e boas obras: tais são as flores e os frutos da graça do Espírito Santo. O amor é chamado também orvalho, porque tempera o ardor das más inclinações e tentações. Por isso se diz do Espírito Santo que Ele modera o ardor e refrigera. Nos ardores a calma; um doce refrigério.
Este salutar orvalho desce sobre nossos corações durante a oração. Um quarto de hora de meditação basta para apagar o fogo do ódio ou do amor desordenado, por ardente que seja. A santa meditação é a adega misteriosa de que fala a esposa do Cântico dos Cânticos: “O rei me introduziu na sua adega, ordenou em mim a caridade” (Ct 2,4). Aí é que nos enchemos de caridade bem ordenada, pela qual amamos o próximo como a nós mesmos, e a Deus sobre todas as coisas. Quem ama a Deus, ama a oração; e a quem não ama a oração, é moralmente impossível vencer as próprias paixões.
II. Para que não sejamos oprimidos pelos ardores das más inclinações, e a fim de que o Espírito Santo possa fertilizar as nossas almas com o orvalho dos seus dons, tomemos hoje a forte resolução de fazer cada dia ao menos uma meia hora de oração mental. S. João Crisóstomo compara a oração mental a uma fonte no meio de um jardim: porque sem ela todas as virtudes murcham, ao passo que com ela se conservam frescas e amenas, e se aperfeiçoam constantemente.
Assim como quem sai de um jardim faz um ramalhete das flores que mais o encantam, assim, segundo o aviso de S. Francisco de Sales, devemos, ao sair da meditação, compor um como que ramalhete dos pensamentos que mais nos impressionaram, e durante o dia avivá-los de tempos em tempos, mesmo durante as nossas ocupações.
Ó Santo e Divino Espírito, não quero mais viver para mim mesmo; em vos amar e agradar quero empregar tudo o que me resta da vida. Com este fim vos peço que me concedais o dom da oração mental. Vinde a meu coração, ensinai-me Vós mesmo a praticá-la como se deve. Dai-me a força de não deixá-la por tédio no tempo da aridez; dai-me o espírito de oração, isto é, a graça de sempre orar e de fazer aquelas orações que sejam mais agradáveis ao vosso divino Coração. Por meus pecados me havia perdido; mas por tantos sinais de vossa ternura, reconheço que quereis a minha salvação e santificação. Quero santificar-me para vos agradar e amar mais a vossa infinita bondade. Amo-vos, ó meu soberano bem, meu amor, meu tudo, e porque vos amo, dou-me todo a Vós. Ó Maria, minha esperança, protegei-me.
(Fazer as Orações finais para todos os dias.)
MEDITAÇÃO DO QUINTO DIA
O amor é um repouso que restaura as forças
“Em paz dormirei nele mesmo, e repousarei.” (Sl 4, 9)
I. “O amor se chama alívio nas penas, consolação nas lágrimas.” O amor é um repouso que recreia, porque o ofício principal do amor é unir a vontade da pessoa que ama à do objeto amado. Para consolar-se de todas as humilhações que recebe, dores que sofre, perdas que padece, uma alma que ama a Deus só precisa de conhecer a vontade de seu amado que deseja vê-la suportar tal pena.
Dizendo somente: “Assim o quer meu Deus”, ela acha paz e contentamento no meio de todas as tribulações. Esta é a paz divina que transcende todos os prazeres dos sentidos: Paz de Deus que supera todos os sentidos (Fl 4,7). S. Maria Madalena de Pazzi sentia-se inundada de alegria só com o pronunciar das palavras: “Vontade de Deus”.
Nesta vida cada um deve levar sua cruz; mas, diz S. Teresa: “A cruz é dura para quem a arrasta, não, porém, para aquele que a abraça”. Assim é que o Senhor sabe ao mesmo tempo ferir e curar, segundo a expressão do Santo Jó: “Ele fere e cuida, se Ele golpeia sua mão cuida” (Jó 5,18). Por sua doce unção, o Espírito Santo torna suave e amável até os opróbrios e tormentos. “Sim meu Pai, assim seja, porque é vossa vontade” (Mt 11,26). Assim orou Jesus Cristo, e nós também devemos repetir estas palavras do Salvador todas as vezes que a adversidade nos visitar: sim meu Pai, assim seja, porque é vossa vontade. Quando trememos sob a ameaça de alguma desgraça temporal, repitamos sempre: “Fazei, ó meu Deus; aceito desde já tudo o que fizerdes. Protesto que quero viver onde Vós quiserdes, sofrer tudo o que quiserdes e morrer quando quiserdes”. É também utilíssimo oferecer-se muitas vezes a Deus no decurso do dia, como fazia S. Teresa.
II. Ah! meu Deus, quantas vezes, para fazer a minha própria vontade, contrariei a vossa e cheguei a desprezá-la. Disto me aflijo mais que todos os males. De aqui em diante quero de todo o coração amar-vos e obedecer-vos. “Falai, Senhor, vosso servo escuta” (I Sm 3,10). Dizei o que quereis de mim; quero fazer em tudo a vossa vontade. Esta será para sempre o meu único desejo, o meu único amor. Ajudai a minha fraqueza, ó Espírito Santo. Vós sois a mesma bondade; como, portanto, posso amar outra coisa senão a Vós? Conjuro-vos, atraí para Vós, pela doçura de vosso amor, todos os afetos do meu coração. Renuncio a tudo para me dar a Vós sem reserva.
“Recebei, Senhor, toda a minha liberdade. Aceitai a minha memória, a minha inteligência, e toda a minha vontade. Tudo o que tenho e possuo, fostes Vós quem me deste; venho restituí-lo, e entregá-lo inteiramente ao vosso beneplácito. Dai-me somente o vosso amor com a vossa graça, e bastante rico sou, mais nada vos peço.” — Faço o mesmo pedido a vós, ó Mãe do belo amor, Maria, e espero que me obtereis pela vossa poderosa intercessão.
(Fazer as Orações finais para todos os dias.)
MEDITAÇÃO DO SEXTO DIA
O amor é uma virtude que fortifica
“O amor é forte como a morte.” (Ct 8, 6)
I. Assim como não há força criada que resista à morte, assim não há dificuldade que não ceda ao ardor de uma alma amante. Quando se trata de agradar ao objeto amado, o amor vence tudo: perdas, desprezos, dores. Nada é bastante duro para resistir ao fogo do amor, diz S. Agostinho: “Nada é tão duro que o fogo do amor não o possa vencer”. O sinal mais certo, pois, para reconhecer se uma pessoa ama muito a Deus é a sua fidelidade em amar na adversidade como na prosperidade.
Dizia S. Francisco de Sales que Deus é tão amável quando nos aflige como quando nos consola, porque faz tudo por amor, e até, quando mais nos aflige nesta vida é que nos testemunha mais o seu amor. S. João Crisóstomo julgava mais feliz S. Paulo nos ferros, que S. Paulo arrebatado ao terceiro Céu.
Também os santos mártires se regozijavam no meio dos tormentos e agradeciam ao Senhor como grande favor que lhes dispensava o terem de sofrer por seu amor. E os outros santos, que não acharam tiranos para os atormentar, tornaram-se carrascos de si mesmos pelas penitências com que se castigaram, a fim de se fazerem agradáveis a Deus. Aquele que ama, diz S. Agostinho, não sente o sofrimento, ou se sente, o ama.
II. Ó Deus de minha alma, digo que vos amo; mas que faço por vosso amor? Nada. É então um sinal de que não vos amo, ou vos amo muito pouco. Meu Jesus, enviai-me o Espírito Santo, que me venha dar a força de sofrer e fazer alguma coisa por vosso amor antes de minha morte. Ah, meu amado Redentor!, não permitais que eu morra neste estado de frieza e ingratidão em que tenho vivido até hoje. Concedei-me a graça de amar os sofrimentos, depois de tantos pecados que me tornaram dignos do Inferno.
Ó meu Deus, todo bondade e todo amor, desejais habitar em minha alma de onde tantas vezes vos expulsei; vinde, estabelecei nela a vossa morada, dominai nela e fazei-a toda vossa. Amo-vos ó meu Senhor, e já que vos amo, comigo estais, como S. João me afirma: “Aquele que mora no amor, mora em Deus e Deus nele” (I Jo 4,16). Se, pois, estais comigo, aumentai em mim as chamas de vosso amor, fortificai as cadeias que me prendem a Vós, não busque e não ame senão a Vós, e assim unido convosco, não me separe jamais do vosso amor. Ó meu Jesus, quero ser vosso, todo vosso. Ó minha advogada e rainha, Maria, alcançai-me o santo amor e a perseverança.
(Fazer as Orações finais para todos os dias.)
MEDITAÇÃO DO SÉTIMO DIA
Pelo amor, a alma torna-se morada de Deus
“Rogarei a meu Pai, e Ele vos enviará outro Consolador, afim de que more sempre convosco” (Jo 14, 16).
I. O Espírito Santo é chamado hóspede das almas: Doce hóspede das almas. É o efeito da magnífica promessa de Jesus Cristo em favor daquele que o ama. “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e rogarei a meu Pai, e Ele vos enviará outro Consolador, o Espírito Santo, a fim de que more sempre convosco”. Sim, sempre, porque o Espírito Santo não desampara nunca uma alma, a não ser que seja expulso por ela: não abandona, a não ser que seja expulso.
Deus, portanto, habita em toda a alma em que é amado; mas declara não ficar satisfeito, se não o amamos de todo o nosso coração. Escreve S. Agostinho que o senado romano se recusou a admitir Jesus Cristo no número dos deuses, dizendo que Ele é um Deus soberbo, que quer ser adorado só. Isso é verdade: nosso Senhor não sofre rival num coração que o ama; quer habitar nele só, e ser amado só. Se Ele não se vê amado só, tem, por assim dizer, segundo a expressão de S. Tiago, zelos das criaturas com que é dividido esse coração que Ele desejava só para si: “Sois amados até os ciúmes pelo Espírito que habita em vós” (Tg 4,5). Numa palavra, como diz S. Jerônimo: “Jesus é um Deus cheio de zelos”.
É este o motivo por que o esposo celeste louva a alma que, semelhante à rolinha, vive na solidão e escondida do mundo: “Tuas faces são graciosas, como a rolinha” (Ct 1,9). Não quer que o mundo tenha parte no amor desta alma, deseja-a toda inteira para si. Se ele ainda louva a sua esposa, chamando-a jardim fechado: “É um jardim fechado, minha irmã, minha esposa” (Ct 4,12), é porque ela não deixa entrar em seu coração nenhum afeto terreno. Ah! Jesus não merece todo o nosso amor? “Ele te deu tudo, nada guardou para si”, diz S. João Crisóstomo: Ele nos deu tudo, seu sangue e sua vida; mais do que isto não podia nos dar.
II. Se queremos que Deus habite em nossa alma com a plenitude de sua graça, consagremo-la hoje de novo toda inteira e sem reserva a seu serviço e repitamos esta nossa consagração muitas vezes durante o dia, especialmente na oração mental, na santa comunhão e na visita ao Santíssimo Sacramento.
Lembremo-nos de que há três meios principais pelos quais uma alma se pode dar toda a Deus. Primeiro, evitar todas as faltas deliberadas, ainda as mais pequeninas, e para este fim reprima o mais insignificante desejo desordenado e mortifique a satisfação dos sentidos. Segundo, escolher, entre as coisas boas, a melhor, que mais agrade a Deus. Terceiro, aceitar com paz e gratidão, das mãos do Senhor, tudo o que mortifica o nosso amor-próprio e em particular os desprezos. Lembremo-nos de que tem mais valor aos olhos de Deus um desprezo sofrido em paz e por amor dele do que mil mortificações e mil práticas.
Ó meu Deus, bem vejo que me quereis todo para Vós. Tantas vezes vos expulsei da minha alma, e não vos recusais de nela entrar e unir-vos a mim. Ah! Tomai agora posse de todo o meu ser; dou-me inteiramente a Vós.
Aceitai-me, ó meu Jesus, e não permitais que eu viva de aqui em diante um instante sequer sem vosso amor. Vós me buscais, e eu não busco senão a Vós. Quereis minha alma, e ela só vos quer a Vós. Vós me amais, e eu também vos amo; e já que me amais, prendei-me tão perfeitamente convosco que não me aparte mais de Vós. Ó Rainha do Céu, e minha querida Mãe, Maria, em vós ponho minha confiança.
(Fazer as Orações finais para todos os dias.)
MEDITAÇÃO DOI OITAVO DIA
O amor é um vínculo
“Acima de tudo, tende a caridade, que é o vínculo da perfeição.” (Cl 3, 14)
I. Assim como o Espírito Santo, amor incriado, é o laço indissolúvel que une o Pai e o Verbo Eterno, assim é esse mesmo Espírito que une nossas almas à Deus. “A caridade”, diz S. Agostinho, “é uma virtude que nos une a Deus”. Daí este grito de alegria de S. Lourenço Justiniano: “Ó amor, tu és então um vínculo de tal maneira forte, que pudeste encadear um Deus e uni-lo a nossas almas!”. Os laços do mundo são laços de morte, mas os laços de Deus são laços de vida e salvação: “Seus liames são ligaduras salutares” (Ecl 6,31), porquanto são vínculos de amor, e o amor nos une a Deus, nossa única e verdadeira vida.
Antes da vinda de Jesus Cristo os homens separavam-se de Deus; aferrados à Terra, recusavam unir-se a seu Criador; mas o Senhor, cheio de ternura, os atraiu a si pelos laços de amor, como tinha prometido por Oséias: “Eu os atrairei com cordas humanas, com os vínculos da caridade” (Os 11,4). Estes laços são os seus benefícios: luzes, apelos ao seu amor, promessas do Paraíso; mas é sobretudo o dom que nos fez de Jesus Cristo no sacrifício da cruz e no sacramento do altar, e enfim, o dom do Espírito Santo. Por isso exclama o profeta: “Rompe as cadeias do teu pescoço, filha cativa de Sião” (Is 52,2). Ó alma, criada para o Céu, desfaze-te dos laços da Terra para te unires a Deus pelos laços do santo amor.
II. “Tende a caridade, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,14). O amor é um laço que reúne todas as virtudes, e torna a alma perfeita. Daí a seguinte palavra de S. Agostinho: “Ama e faze o que queres”. Ama a Deus e faze o que queres, porque quem ama a Deus tem cuidado de evitar tudo o que causa desgosto ao objeto de seu amor, e procura agradar-lhe em tudo.
Dulcíssimo Jesus, muito me haveis obrigado a amar-vos; muito vos custou obter o meu amor. Ingratíssimo seria eu, se vos amasse pouco, ou dividisse o meu coração entre Vós e as criaturas, depois que por mim derramastes vosso sangue e sacrificastes vossa vida! Quero desapegar-me de tudo, e pôr somente em Vós todos os meus afetos. Muito fraco sou para executar esta resolução; Vós, que ma inspirais, dai-me a força de a cumprir.
Amantíssimo Jesus meu, feri meu pobre coração com a suave seta do vosso amor, para que não cesse de arder no desejo de vos possuir e consumir-me de amor para convosco. A Vós procure sempre, a Vós só deseje, a Vós encontre sempre. Ó meu Jesus, só a Vós quero, e nada mais. Fazei com que eu repita sempre durante a minha vida, e sobretudo na hora de minha morte: meu Jesus, só a Vós quero, e nada mais. Ó Maria, minha Mãe, fazei com que de hoje em diante eu não queira senão a Deus.
(Fazer as Orações finais para todos os dias.)
MEDITAÇÃO DO NONO DIA
O amor é um tesouro que encerra todos os bens
“É um tesouro infinito para os homens; os que usaram dela, foram feitos participantes da amizade de Deus” (Sab 7, 14)
I. O amor é o tesouro de que fala o Evangelho, o qual nos cumpre adquirir a custo de tudo mais. A razão é porque ele é realmente aquele bem infinito que nos faz participantes da amizade de Deus. Aquele que acha Deus, acha tudo o que pode desejar: “Deleita-te no Senhor, e ele te concederá as petições do teu coração” (Sl 37,4). O coração humano está sempre procurando bens capazes de torná-lo feliz. Enquanto se dirige às criaturas para os obter, nunca se satisfaz, por mais que receba. Ao contrário, um coração que só quer a Deus, Deus lhe satisfará todos os desejos. Quais são com efeito os homens mais felizes na Terra, senão os santos? E porquê? Porque só querem e buscam a Deus.
Estando um príncipe a caçar, viu um solitário percorrendo a floresta, e perguntou-lhe o que fazia nesse deserto. — Mas vós, senhor – retorquiu logo o anacoreta – que vindes buscar aqui? — Eu – acudiu o príncipe – ando em busca de caças. — E eu– tornou o solitário – busco a Deus.
O tirano que martirizou S. Clemente de Ancira, ofereceu-lhe ouro e pedras preciosas para conseguir dele que renegasse a Jesus Cristo; mas o santo, dando um profundo suspiro, exclamou: “Pois que! Um Deus posto em paralelo com um pouco de lama!”. Feliz de quem conhece o tesouro do divino amor e procura obtê-lo! Quem o conseguir, despojar-se-á por si mesmo de tudo, para não possuir senão a Deus. “Quando o fogo pega na casa”, dizia S. Francisco de Sales, “lançam-se todos os utensílios pela janela.” E o Padre Segneri, o moço, grande servo de Deus, tinha costume de dizer: “O amor divino é um roubador que nos tira de todos os afetos terrenos ao ponto de exclamarmos então: ‘Senhor, que desejo senão a Vós?’”. “Deus de meu coração, e minha porção, Deus, para sempre” (Sl 73, 26).
II. Ó mundanos insensatos, exclama S. Agostinho, ó homens, aonde ides para contentar o vosso coração? O bem que procurais está longe disso. Aproximai-vos de Deus, recuperai a sua graça, buscai o seu amor, porque só Ele pode dar-vos a felicidade que andais procurando. Nós ao menos não sejamos tão insensatos, e, como nos exorta o mesmo santo Doutor, de hoje em diante, busquemos unicamente o amor de Deus, busquemos o único bem, no qual estão encerrados todos os outros. Mas não podemos achar este bem, sem renunciar a todo afeto pelas coisas da Terra, como o ensina S. Teresa: “Desapega o teu coração das criaturas e acharás a Deus”.
Meu Deus, no passado não foi a Vós que busquei, mas me busquei a mim mesmo e as minhas satisfações; e por elas me apartei de Vós, que sois o bem supremo. Mas Jeremias me consola, assegurando-me que sois só bondade para os que vos buscam (Lm 3,25). Amantíssimo Senhor meu, compreendo o mal que fiz deixando-vos, e arrependo-me de todo o coração. Vejo que sois um tesouro infinito; não querendo deixar inútil esta luz, renuncio a tudo, e escolho-vos para único objeto dos meus afetos.
Ó meu Deus, meu amor, meu tudo, por Vós suspiro. Vinde, ó Espírito Divino, e com o santo fogo do vosso amor, consumi em mim todo o afeto de que não sois o objeto. Fazei-me todo vosso, e que tudo vença para vos agradar. Ó Maria, minha advogada e Mãe, ajudai-me com as vossas orações.
(Fazer as Orações finais para todos os dias.)
De grandes santos a pessoas comuns, milhares de católicos ao longo dos séculos recorreram às novenas para obter graças especiais.
Tão valiosas práticas espirituais não podem ficar soltas, muitas vezes perdidas, entre papéis e itens velhos, mas merecem estar em um lugar digno de toda sua importância — em nossas casas e também em nossas vidas.
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