quinta-feira, 29 de maio de 2025

Novena de Pentecostes




NOVENA DE PENTECOSTES

Solenidade: 50 dias após o domingo de Páscoa, décimo día depois da Ascensão de Jesus - entre II de maio e 14 de junho

O dom do Espírito Santo fora anunciado pelos profetas para os tempos messiânicos. A sua descida sobre os Apóstolos é o pórtico dessa era nova. Funda-se então a Igreja e é-lhe conferido o espírito de Cristo, "para renovar a face da Terra". A narrativa dos Atos dos Apóstolos recorda os acontecimentos do dia de Pentecostes: a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e os fenômenos que a acom-panham, particularmente o milagre das línguas, símbolo da missão universal dos Apóstolos. Todas as nações são chamadas a ouvir a proclamação da Boa-Nova.

A essa presença do Espírito Santo que inspira e dirige a Igreja na sua missão de pregar o Evangelho até aos confins do mundo, acresce uma presença mais íntima e mais pessoal, que faz dos Apóstolos homens novos, transformando-lhes a própria natureza pela ação penetrante do Espírito Santo em seus corações, sinal do que acontece com todos os fiéis incorporados ao Corpo Místico de Cristo.

Vamos rezar a nossa Novena:


Pelo sinal da Santa Cruz, Livrai-nos Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Oração inicial para todos os dias

Vinde, Espírito Criador, visitai as almas dos vossos; enchei de graça celestial os corações que criastes!

Sois o Divino Consolador, o dom do Deus Altíssimo, fonte viva, o fogo, a caridade, a unção dos espirituais.

Com os vossos sete dons, sois o dedo da direita de Deus, Solene promessa do Pai Inspirando nossas palavras.

Acendei a luz nos sentidos; insuflai o amor nos corações;
amparai na constante virtude a nossa carne enfraquecida.

Afastai para longe o inimigo; Trazei-nos prontamente a paz; Assim guiados por Vós Evitaremos todo o mal.

Por Vós explicar-se-á o Pai E conheceremos o Filho;

Dai-nos crer sempre em Vós,

Espírito do Pai e do Filho.

Glória ao Pai, Senhor, Ao Filho que ressuscitou, Assim como ao Consolador.
Por todos os séculos. Amém

MEDITAÇÃO DO PRIMEIRO DIA


O amor é um fogo que abrasa

"E apareceram-lhes repartidas, como que linguas de fogo." (At 2.3).


1. Deus ordenou na Antiga Lei que o fogo ardesse continuamente no seu altar: "O fogo sempre ardia no altar" (Lv 6,12). Diz São Gregório que os altares de Deus são nossos corações, onde Ele quer que o fogo de seu santo amor arda sem cessar. Por isso o eterno Pai, não satisfeito de nos ter dado Jesus Cristo, seu Filho, para nos salvar por sua morte, quis dar-nos ainda o Espírito Santo para que habi-tasse em nossas almas, e as conservasse continuamente abrasadas de amor.
    Jesus mesmo declarou que descera à Terra exatamente para inflamar com esse fogo sagrado os nossos corações, e que seu único desejo era vê-lo aceso: "Eu vim trazer fogo à Terra, que quero Eu, senão que ele seja aceso?" (Lc 12,49). Eis aqui porque, esquecendo as injúrias e as ingratidões dos homens, logo que subiu ao Céu nos enviou o Espírito Santo. Assim, ó Redentor amantíssimo, na vossa glória, como nos vossos sofrimentos e humilhações, nos amais sempre?
    Pela mesma razão, o Espírito Santo quis aparecer no Cenáculo sob a forma de línguas de fogo: "E apareceram-lhes repartidas como que línguas de fogo" (At 2,3). Por isso a Igreja nos faz rezar com estas palavras: "Ó Senhor, fazei que o vosso divino Espírito nos inflame com o fogo que Jesus Cristo veio trazer sobre a Terra, e que desejou tão arden-temente ver brilhar nela". Foi este amor o fogo que inflamou os santos a fazerem grandes coisas para Deus: a amar os inimigos, a desejar os desprezos, a despojar-se de todos os bens terrenos e a abraçar com alegria os tormentos e a morte. O amor não pode ficar ocioso e nunca diz: "Basta". A alma que ama a Deus, quanto mais faz por seu Amado, mais quer fazer ainda, para mais lhe agradar e ganhar mais e mais a sua afeição.

II. O Espírito Santo acende o fogo do amor divino por meio da meditação: "Na minha meditação se acenderá o fogo" (Sl 38,4). Se então desejamos arder em amor para com Deus, amemos a oração; ela é a feliz fornalha em que o coração se abrasa nesse amor celeste.
    Meu Deus, até aqui nada fiz por Vós, que tão grandes coisas haveis feito por mim. Ah! Quanto a minha frieza vos deve mover a rejeitar-me! Peço-vos, ó Espírito Santo: aquecei o que está frio. Livrai-me da minha frieza e inspirai-me um grande desejo de vos agradar. Renuncio a todas as minhas satisfações e antes quero morrer do que dar-vos o menor desgosto. Aparecestes sob a forma de línguas de fogo: consagro-vos a minha língua, para que não vos ofenda mais. Ó Deus, Vós me destes a língua para vos louvar, e dela me tenho servido para vos ultrajar e levar os outros também a ofender-vos! Arrependo-me de toda a minha alma.
    Ah! Pelo amor de Jesus Cristo, que na sua vida vos honrou tanto com sua língua, fazei com que de agora em diante não cesse de vos honrar, celebrando vossos louvores, invocando-vos muitas vezes, falando da vossa bondade e do amor infinito que mereceis. Amo-vos, meu soberano Bem; amo-vos, ó Deus de amor. - Ó Maria, sois vós a esposa mais querida do Espírito Santo; obtende-me esse fogo divino.

ORAÇÕES FINAL PARA TODOS OS DIAS

Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai

Ladainha do Divino Espírito Santo (acesse aqui) 

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


MEDITAÇÃO DO SEGUNDO DIA


O amor é uma luz que esclarece

"Ilumine os meus olhos. para que eu não durma jamais na morte." (SI 12.4).

1. Um dos maiores danos que nos causou o pecado de Adão é o obscurecimento da nossa razão pelo efeito das paixões que nos ofuscam o espírito. Muito desgraçada é a alma que se deixa dominar por alguma paixão! A paixão é uma nuvem, um véu, que nos impede de ver a verdade. Como pode fugir do mal aquele que não o conhece! E esse obscurecimento da nossa razão aumenta em proporção do número de nossos pecados.
    Mas o Espírito Santo, que é chamado Luz benfazeja (Lux beatíssima), com os seus esplendores divinos, não somente abrasa os nossos corações no seu santo amor, como também dissipa as nossas trevas e nos faz conhecer a vaidade dos bens terrenos, o valor dos eternos, a importância da Salvação, o preço da graça, a bondade de Deus, o amor infi-nito que Ele merece e o imenso amor que nos tem.
    "O homem animal não percebe as coisas que são do Espírito de Deus" (I Cor 2,14). O homem chafurdado no lamaçal dos prazeres mundanos pouco percebe as verdades da fé. Eis porque o infeliz tem amor ao que devia odiar, e odeia ao que devia amar. Santa Maria Madalena de Pazzi exclamava: "O amor não é conhecido! O amor não é amado!". Santa Teresa dizia igualmente que Deus não é amado porque não é conhecido. Também os santos pediam sem cessar ao Senhor luz e mais luz: enviai a vossa luz; dissipai minhas trevas; abrimeus olhos; porque, sem sermos esclarecidos, não podemos evitar os precipícios nem achar a Deus.

II. Como fruto desta meditação, tomemos a resolução de recorrer muitas vezes ao Espírito Santo nas difi-culdades que encontramos, não somente nos negócios espirituais da alma, mas também nos corporais, especialmente nos de mais graves consequências. Lembremo-nos, porém, de que Deus não nos comunicará sempre as suas luzes imediatamente; as mais das vezes se servirá, para tal fim, dos nossos superiores e pais espirituais que Ele deixou como seus representantes na Terra: "Quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos despreza, a mim despreza" (Lc 10,16).
    Santo e divino Espírito, creio que sois verdadeira-mente Deus, e um só Deus com o Pai e o Filho. Adoro-vos e reconheço-vos por autor de todas as luzes com as quais me fizestes conhecer o mal que fiz ofendendo-vos, e quanto sou obrigado a amar-vos. Graças vos dou e me arrependo sumamente de vos haver ofendido. Merecia que me abandonásseis nas minhas trevas, mas vejo que ainda não me abandonastes.
    Ó Espírito Eterno, continuai a esclarecer-me e a fazer-me conhecer sempre melhor a vossa bonda-de infinita, e dai-me força para vos amar no futuro de todo o meu coração. Ajuntai graça à graça, para que eu fique docemente unido à Vós e obrigado a não amar senão à Vós. Eu vo-lo suplico pelos merecimentos de Jesus Cristo. Amo-vos, ó meu soberano Bem, amo-vos mais que a mim mesmo. Quero ser todo vosso; recebei-me e não permitais que me afaste mais de Vós. - Ó Maria, minha Mãe, assisti-me sempre por vossa intercessão.

(Fazer as Orações finais para todos os dias.)


MEDITAÇÃO DO TERCEIRO DIA



O amor é uma água que aplaca a sede

"Aquele que beber da água que eu lhe der. não terá jamais sede." (Jo 4.13).

1. O amor é chamado também fonte de água viva. O nosso Redentor disse à mulher Samaritana: "Aquele que beber da água que eu lhe der, não terá jamais sede" (Jo 4,13). Aquele que ama a Deus sinceramente não busca nem deseja coisa alguma fora de Deus, porque em Deus acha todos os bens. Assim, contente com possuir a Deus, repete sem-pre na alegria de seu coração: "Meu Deus e meu tudo"; "ó Meu Deus, Vós sois meu único bem". Mas Deus queixa-se de tantas almas que vão men-digar junto das criaturas alguns miseráveis e curtos prazeres, e o abandonam, Bem infinito e fonte de todas as alegrias: "Eles abandonaram-me a mim, que sou fonte de água viva, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas que não podem reter as águas" (Jr 2,13).

Aí está porque o Senhor nos ama, deseja ver-nos contentes e nos clama a todos: "Se alguém tem sede, venha a mim" (Jo 7,37). Quem deseja a verdadeira felicidade, venha à mim, darlhe-ei o Espírito Santo, que o fará feliz nesta vida e na outra: aquele que crê em Mim, como dizem as Escrituras, do seu seio jorrarão rios de água viva - sentirá correr de seu próprio seio rios, de água viva como os profetas anunciaram (Jo 7,38).

Aquele, pois, que crê em Jesus Cristo, e o ama, será enriquecido de tantas graças, que de seu coração, ou de sua vontade, que é como seio da alma, 10 14

fluirão fontes de santas virtudes, que o ajudarão não somente a conservar a própria vida, mas ainda a comunicá-la aos outros.

A água misteriosa de que fala Nosso Senhor são precisamente o Espírito Santo, o amor substancial, que Jesus prometeu enviar-nos do Céu depois da sua Ascensão: "Isto disse Ele acerca do Espírito, que haviam de receber os que cressem nele; porque ainda o Espírito não fora dado, por não ter sido ainda Jesus glorificado" (Jo 7,39).

II. A chave que abre os canais dessa água desejá-vel é a oração, pela qual obtemos todos os bens em virtude da divina promessa: "Pedi e recebe-reis" (Jo 16,24). Somos cegos, pobres e fracos; mas a oração nos consegue a luz, a riqueza e a força da graça. Com a oração só podemos tudo, dizia São Teodoreto. Aquele que ora recebe tudo o que deseja. Deus quer dar-nos suas graças, mas quer ser rogado.

"Senhor, dai-me dessa água" (Jo 4,15). Meu Jesus, dir-vos-ei com a samaritana, dai-me dessa água de vosso amor, que me faça esquecer a Terra e viver só para Vós, ó amável infinito. "Regai o que é seco" (Sequência da Missa de Pentecostes). Minha alma é uma terra seca, que não produz senão abro-lhos e espinhos de pecados; ah!, inundai-a com as águas da vossa graça, para que produza algum fruto para vossa glória, antes que a morte me arrebate deste mundo.

Ó fonte de água viva, ó Bem supremo, quantas vezes vos deixei pelas águas lodosas desta Terra, que me privaram do vosso amor! Ah!, não ter eu morri-do antes de vos ofender! Mas, no futuro, não quero mais buscar nada fora de Vós. Ó meu Deus, socorrei-me e fazei com que vos seja fiel. - Maria, minha Esperança, cobri-me sempre com vosso manto.

(Fazer as Orações finais para todos os dias.)


MEDITAÇÃO DO QUARTO DIA



O amor um orvalho que fertiliza

“Destilem como o orvalho as minhas palavras, como chuva sobre a erva.” (Dt 32, 2)

I. A Igreja manda-nos pedir ao Espírito Santo que purifique nossos corações e os torne fecundos por seu salutar orvalho: que a infusão do Espírito Santo purifique os nossos corações e os fecunde com a íntima aspersão de seu orvalho. O amor faz a alma fecunda em bons desejos, santas resoluções e boas obras: tais são as flores e os frutos da graça do Espírito Santo. O amor é chamado também orvalho, porque tempera o ardor das más inclinações e tentações. Por isso se diz do Espírito Santo que Ele modera o ardor e refrigera. Nos ardores a calma; um doce refrigério.

Este salutar orvalho desce sobre nossos corações durante a oração. Um quarto de hora de meditação basta para apagar o fogo do ódio ou do amor desordenado, por ardente que seja. A santa meditação é a adega misteriosa de que fala a esposa do Cântico dos Cânticos: “O rei me introduziu na sua adega, ordenou em mim a caridade” (Ct 2,4). Aí é que nos enchemos de caridade bem ordenada, pela qual amamos o próximo como a nós mesmos, e a Deus sobre todas as coisas. Quem ama a Deus, ama a oração; e a quem não ama a oração, é moralmente impossível vencer as próprias paixões.

II. Para que não sejamos oprimidos pelos ardores das más inclinações, e a fim de que o Espírito Santo possa fertilizar as nossas almas com o orvalho dos seus dons, tomemos hoje a forte resolução de fazer cada dia ao menos uma meia hora de oração mental. S. João Crisóstomo compara a oração mental a uma fonte no meio de um jardim: porque sem ela todas as virtudes murcham, ao passo que com ela se conservam frescas e amenas, e se aperfeiçoam constantemente.

Assim como quem sai de um jardim faz um ramalhete das flores que mais o encantam, assim, segundo o aviso de S. Francisco de Sales, devemos, ao sair da meditação, compor um como que ramalhete dos pensamentos que mais nos impressionaram, e durante o dia avivá-los de tempos em tempos, mesmo durante as nossas ocupações.

Ó Santo e Divino Espírito, não quero mais viver para mim mesmo; em vos amar e agradar quero empregar tudo o que me resta da vida. Com este fim vos peço que me concedais o dom da oração mental. Vinde a meu coração, ensinai-me Vós mesmo a praticá-la como se deve. Dai-me a força de não deixá-la por tédio no tempo da aridez; dai-me o espírito de oração, isto é, a graça de sempre orar e de fazer aquelas orações que sejam mais agradáveis ao vosso divino Coração. Por meus pecados me havia perdido; mas por tantos sinais de vossa ternura, reconheço que quereis a minha salvação e santificação. Quero santificar-me para vos agradar e amar mais a vossa infinita bondade. Amo-vos, ó meu soberano bem, meu amor, meu tudo, e porque vos amo, dou-me todo a Vós. Ó Maria, minha esperança, protegei-me.

(Fazer as Orações finais para todos os dias.)

MEDITAÇÃO DO QUINTO DIA



O amor é um repouso que restaura as forças

“Em paz dormirei nele mesmo, e repousarei.” (Sl 4, 9)

I. “O amor se chama alívio nas penas, consolação nas lágrimas.” O amor é um repouso que recreia, porque o ofício principal do amor é unir a vontade da pessoa que ama à do objeto amado. Para consolar-se de todas as humilhações que recebe, dores que sofre, perdas que padece, uma alma que ama a Deus só precisa de conhecer a vontade de seu amado que deseja vê-la suportar tal pena.

Dizendo somente: “Assim o quer meu Deus”, ela acha paz e contentamento no meio de todas as tribulações. Esta é a paz divina que transcende todos os prazeres dos sentidos: Paz de Deus que supera todos os sentidos (Fl 4,7). S. Maria Madalena de Pazzi sentia-se inundada de alegria só com o pronunciar das palavras: “Vontade de Deus”.

Nesta vida cada um deve levar sua cruz; mas, diz S. Teresa: “A cruz é dura para quem a arrasta, não, porém, para aquele que a abraça”. Assim é que o Senhor sabe ao mesmo tempo ferir e curar, segundo a expressão do Santo Jó: “Ele fere e cuida, se Ele golpeia sua mão cuida” (Jó 5,18). Por sua doce unção, o Espírito Santo torna suave e amável até os opróbrios e tormentos. “Sim meu Pai, assim seja, porque é vossa vontade” (Mt 11,26). Assim orou Jesus Cristo, e nós também devemos repetir estas palavras do Salvador todas as vezes que a adversidade nos visitar: sim meu Pai, assim seja, porque é vossa vontade. Quando trememos sob a ameaça de alguma desgraça temporal, repitamos sempre: “Fazei, ó meu Deus; aceito desde já tudo o que fizerdes. Protesto que quero viver onde Vós quiserdes, sofrer tudo o que quiserdes e morrer quando quiserdes”. É também utilíssimo oferecer-se muitas vezes a Deus no decurso do dia, como fazia S. Teresa.

II. Ah! meu Deus, quantas vezes, para fazer a minha própria vontade, contrariei a vossa e cheguei a desprezá-la. Disto me aflijo mais que todos os males. De aqui em diante quero de todo o coração amar-vos e obedecer-vos. “Falai, Senhor, vosso servo escuta” (I Sm 3,10). Dizei o que quereis de mim; quero fazer em tudo a vossa vontade. Esta será para sempre o meu único desejo, o meu único amor. Ajudai a minha fraqueza, ó Espírito Santo. Vós sois a mesma bondade; como, portanto, posso amar outra coisa senão a Vós? Conjuro-vos, atraí para Vós, pela doçura de vosso amor, todos os afetos do meu coração. Renuncio a tudo para me dar a Vós sem reserva.

“Recebei, Senhor, toda a minha liberdade. Aceitai a minha memória, a minha inteligência, e toda a minha vontade. Tudo o que tenho e possuo, fostes Vós quem me deste; venho restituí-lo, e entregá-lo inteiramente ao vosso beneplácito. Dai-me somente o vosso amor com a vossa graça, e bastante rico sou, mais nada vos peço.” — Faço o mesmo pedido a vós, ó Mãe do belo amor, Maria, e espero que me obtereis pela vossa poderosa intercessão.

(Fazer as Orações finais para todos os dias.)


MEDITAÇÃO DO SEXTO DIA 




O amor é uma virtude que fortifica

“O amor é forte como a morte.” (Ct 8, 6)

I. Assim como não há força criada que resista à morte, assim não há dificuldade que não ceda ao ardor de uma alma amante. Quando se trata de agradar ao objeto amado, o amor vence tudo: perdas, desprezos, dores. Nada é bastante duro para resistir ao fogo do amor, diz S. Agostinho: “Nada é tão duro que o fogo do amor não o possa vencer”. O sinal mais certo, pois, para reconhecer se uma pessoa ama muito a Deus é a sua fidelidade em amar na adversidade como na prosperidade.

Dizia S. Francisco de Sales que Deus é tão amável quando nos aflige como quando nos consola, porque faz tudo por amor, e até, quando mais nos aflige nesta vida é que nos testemunha mais o seu amor. S. João Crisóstomo julgava mais feliz S. Paulo nos ferros, que S. Paulo arrebatado ao terceiro Céu.

Também os santos mártires se regozijavam no meio dos tormentos e agradeciam ao Senhor como grande favor que lhes dispensava o terem de sofrer por seu amor. E os outros santos, que não acharam tiranos para os atormentar, tornaram-se carrascos de si mesmos pelas penitências com que se castigaram, a fim de se fazerem agradáveis a Deus. Aquele que ama, diz S. Agostinho, não sente o sofrimento, ou se sente, o ama.

II. Ó Deus de minha alma, digo que vos amo; mas que faço por vosso amor? Nada. É então um sinal de que não vos amo, ou vos amo muito pouco. Meu Jesus, enviai-me o Espírito Santo, que me venha dar a força de sofrer e fazer alguma coisa por vosso amor antes de minha morte. Ah, meu amado Redentor!, não permitais que eu morra neste estado de frieza e ingratidão em que tenho vivido até hoje. Concedei-me a graça de amar os sofrimentos, depois de tantos pecados que me tornaram dignos do Inferno.

Ó meu Deus, todo bondade e todo amor, desejais habitar em minha alma de onde tantas vezes vos expulsei; vinde, estabelecei nela a vossa morada, dominai nela e fazei-a toda vossa. Amo-vos ó meu Senhor, e já que vos amo, comigo estais, como S. João me afirma: “Aquele que mora no amor, mora em Deus e Deus nele” (I Jo 4,16). Se, pois, estais comigo, aumentai em mim as chamas de vosso amor, fortificai as cadeias que me prendem a Vós, não busque e não ame senão a Vós, e assim unido convosco, não me separe jamais do vosso amor. Ó meu Jesus, quero ser vosso, todo vosso. Ó minha advogada e rainha, Maria, alcançai-me o santo amor e a perseverança.

(Fazer as Orações finais para todos os dias.)



MEDITAÇÃO DO SÉTIMO DIA 

Pelo amor, a alma torna-se morada de Deus

“Rogarei a meu Pai, e Ele vos enviará outro Consolador, afim de que more sempre convosco” (Jo 14, 16).

I. O Espírito Santo é chamado hóspede das almas: Doce hóspede das almas. É o efeito da magnífica promessa de Jesus Cristo em favor daquele que o ama. “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e rogarei a meu Pai, e Ele vos enviará outro Consolador, o Espírito Santo, a fim de que more sempre convosco”. Sim, sempre, porque o Espírito Santo não desampara nunca uma alma, a não ser que seja expulso por ela: não abandona, a não ser que seja expulso.

Deus, portanto, habita em toda a alma em que é amado; mas declara não ficar satisfeito, se não o amamos de todo o nosso coração. Escreve S. Agostinho que o senado romano se recusou a admitir Jesus Cristo no número dos deuses, dizendo que Ele é um Deus soberbo, que quer ser adorado só. Isso é verdade: nosso Senhor não sofre rival num coração que o ama; quer habitar nele só, e ser amado só. Se Ele não se vê amado só, tem, por assim dizer, segundo a expressão de S. Tiago, zelos das criaturas com que é dividido esse coração que Ele desejava só para si: “Sois amados até os ciúmes pelo Espírito que habita em vós” (Tg 4,5). Numa palavra, como diz S. Jerônimo: “Jesus é um Deus cheio de zelos”.

É este o motivo por que o esposo celeste louva a alma que, semelhante à rolinha, vive na solidão e escondida do mundo: “Tuas faces são graciosas, como a rolinha” (Ct 1,9). Não quer que o mundo tenha parte no amor desta alma, deseja-a toda inteira para si. Se ele ainda louva a sua esposa, chamando-a jardim fechado: “É um jardim fechado, minha irmã, minha esposa” (Ct 4,12), é porque ela não deixa entrar em seu coração nenhum afeto terreno. Ah! Jesus não merece todo o nosso amor? “Ele te deu tudo, nada guardou para si”, diz S. João Crisóstomo: Ele nos deu tudo, seu sangue e sua vida; mais do que isto não podia nos dar.

II. Se queremos que Deus habite em nossa alma com a plenitude de sua graça, consagremo-la hoje de novo toda inteira e sem reserva a seu serviço e repitamos esta nossa consagração muitas vezes durante o dia, especialmente na oração mental, na santa comunhão e na visita ao Santíssimo Sacramento.

Lembremo-nos de que há três meios principais pelos quais uma alma se pode dar toda a Deus. Primeiro, evitar todas as faltas deliberadas, ainda as mais pequeninas, e para este fim reprima o mais insignificante desejo desordenado e mortifique a satisfação dos sentidos. Segundo, escolher, entre as coisas boas, a melhor, que mais agrade a Deus. Terceiro, aceitar com paz e gratidão, das mãos do Senhor, tudo o que mortifica o nosso amor-próprio e em particular os desprezos. Lembremo-nos de que tem mais valor aos olhos de Deus um desprezo sofrido em paz e por amor dele do que mil mortificações e mil práticas.

Ó meu Deus, bem vejo que me quereis todo para Vós. Tantas vezes vos expulsei da minha alma, e não vos recusais de nela entrar e unir-vos a mim. Ah! Tomai agora posse de todo o meu ser; dou-me inteiramente a Vós.

Aceitai-me, ó meu Jesus, e não permitais que eu viva de aqui em diante um instante sequer sem vosso amor. Vós me buscais, e eu não busco senão a Vós. Quereis minha alma, e ela só vos quer a Vós. Vós me amais, e eu também vos amo; e já que me amais, prendei-me tão perfeitamente convosco que não me aparte mais de Vós. Ó Rainha do Céu, e minha querida Mãe, Maria, em vós ponho minha confiança.

(Fazer as Orações finais para todos os dias.)


MEDITAÇÃO DOI OITAVO DIA 

O amor é um vínculo

“Acima de tudo, tende a caridade, que é o vínculo da perfeição.” (Cl 3, 14)

I. Assim como o Espírito Santo, amor incriado, é o laço indissolúvel que une o Pai e o Verbo Eterno, assim é esse mesmo Espírito que une nossas almas à Deus. “A caridade”, diz S. Agostinho, “é uma virtude que nos une a Deus”. Daí este grito de alegria de S. Lourenço Justiniano: “Ó amor, tu és então um vínculo de tal maneira forte, que pudeste encadear um Deus e uni-lo a nossas almas!”. Os laços do mundo são laços de morte, mas os laços de Deus são laços de vida e salvação: “Seus liames são ligaduras salutares” (Ecl 6,31), porquanto são vínculos de amor, e o amor nos une a Deus, nossa única e verdadeira vida.

Antes da vinda de Jesus Cristo os homens separavam-se de Deus; aferrados à Terra, recusavam unir-se a seu Criador; mas o Senhor, cheio de ternura, os atraiu a si pelos laços de amor, como tinha prometido por Oséias: “Eu os atrairei com cordas humanas, com os vínculos da caridade” (Os 11,4). Estes laços são os seus benefícios: luzes, apelos ao seu amor, promessas do Paraíso; mas é sobretudo o dom que nos fez de Jesus Cristo no sacrifício da cruz e no sacramento do altar, e enfim, o dom do Espírito Santo. Por isso exclama o profeta: “Rompe as cadeias do teu pescoço, filha cativa de Sião” (Is 52,2). Ó alma, criada para o Céu, desfaze-te dos laços da Terra para te unires a Deus pelos laços do santo amor.

II. “Tende a caridade, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,14). O amor é um laço que reúne todas as virtudes, e torna a alma perfeita. Daí a seguinte palavra de S. Agostinho: “Ama e faze o que queres”. Ama a Deus e faze o que queres, porque quem ama a Deus tem cuidado de evitar tudo o que causa desgosto ao objeto de seu amor, e procura agradar-lhe em tudo.

Dulcíssimo Jesus, muito me haveis obrigado a amar-vos; muito vos custou obter o meu amor. Ingratíssimo seria eu, se vos amasse pouco, ou dividisse o meu coração entre Vós e as criaturas, depois que por mim derramastes vosso sangue e sacrificastes vossa vida! Quero desapegar-me de tudo, e pôr somente em Vós todos os meus afetos. Muito fraco sou para executar esta resolução; Vós, que ma inspirais, dai-me a força de a cumprir.

Amantíssimo Jesus meu, feri meu pobre coração com a suave seta do vosso amor, para que não cesse de arder no desejo de vos possuir e consumir-me de amor para convosco. A Vós procure sempre, a Vós só deseje, a Vós encontre sempre. Ó meu Jesus, só a Vós quero, e nada mais. Fazei com que eu repita sempre durante a minha vida, e sobretudo na hora de minha morte: meu Jesus, só a Vós quero, e nada mais. Ó Maria, minha Mãe, fazei com que de hoje em diante eu não queira senão a Deus.

(Fazer as Orações finais para todos os dias.)

MEDITAÇÃO DO NONO DIA 


O amor é um tesouro que encerra todos os bens

“É um tesouro infinito para os homens; os que usaram dela, foram feitos participantes da amizade de Deus” (Sab 7, 14)

I. O amor é o tesouro de que fala o Evangelho, o qual nos cumpre adquirir a custo de tudo mais. A razão é porque ele é realmente aquele bem infinito que nos faz participantes da amizade de Deus. Aquele que acha Deus, acha tudo o que pode desejar: “Deleita-te no Senhor, e ele te concederá as petições do teu coração” (Sl 37,4). O coração humano está sempre procurando bens capazes de torná-lo feliz. Enquanto se dirige às criaturas para os obter, nunca se satisfaz, por mais que receba. Ao contrário, um coração que só quer a Deus, Deus lhe satisfará todos os desejos. Quais são com efeito os homens mais felizes na Terra, senão os santos? E porquê? Porque só querem e buscam a Deus.

Estando um príncipe a caçar, viu um solitário percorrendo a floresta, e perguntou-lhe o que fazia nesse deserto. — Mas vós, senhor – retorquiu logo o anacoreta – que vindes buscar aqui? — Eu – acudiu o príncipe – ando em busca de caças. — E eu– tornou o solitário – busco a Deus.

O tirano que martirizou S. Clemente de Ancira, ofereceu-lhe ouro e pedras preciosas para conseguir dele que renegasse a Jesus Cristo; mas o santo, dando um profundo suspiro, exclamou: “Pois que! Um Deus posto em paralelo com um pouco de lama!”. Feliz de quem conhece o tesouro do divino amor e procura obtê-lo! Quem o conseguir, despojar-se-á por si mesmo de tudo, para não possuir senão a Deus. “Quando o fogo pega na casa”, dizia S. Francisco de Sales, “lançam-se todos os utensílios pela janela.” E o Padre Segneri, o moço, grande servo de Deus, tinha costume de dizer: “O amor divino é um roubador que nos tira de todos os afetos terrenos ao ponto de exclamarmos então: ‘Senhor, que desejo senão a Vós?’”. “Deus de meu coração, e minha porção, Deus, para sempre” (Sl 73, 26).

II. Ó mundanos insensatos, exclama S. Agostinho, ó homens, aonde ides para contentar o vosso coração? O bem que procurais está longe disso. Aproximai-vos de Deus, recuperai a sua graça, buscai o seu amor, porque só Ele pode dar-vos a felicidade que andais procurando. Nós ao menos não sejamos tão insensatos, e, como nos exorta o mesmo santo Doutor, de hoje em diante, busquemos unicamente o amor de Deus, busquemos o único bem, no qual estão encerrados todos os outros. Mas não podemos achar este bem, sem renunciar a todo afeto pelas coisas da Terra, como o ensina S. Teresa: “Desapega o teu coração das criaturas e acharás a Deus”.

Meu Deus, no passado não foi a Vós que busquei, mas me busquei a mim mesmo e as minhas satisfações; e por elas me apartei de Vós, que sois o bem supremo. Mas Jeremias me consola, assegurando-me que sois só bondade para os que vos buscam (Lm 3,25). Amantíssimo Senhor meu, compreendo o mal que fiz deixando-vos, e arrependo-me de todo o coração. Vejo que sois um tesouro infinito; não querendo deixar inútil esta luz, renuncio a tudo, e escolho-vos para único objeto dos meus afetos.

Ó meu Deus, meu amor, meu tudo, por Vós suspiro. Vinde, ó Espírito Divino, e com o santo fogo do vosso amor, consumi em mim todo o afeto de que não sois o objeto. Fazei-me todo vosso, e que tudo vença para vos agradar. Ó Maria, minha advogada e Mãe, ajudai-me com as vossas orações.

(Fazer as Orações finais para todos os dias.)


De grandes santos a pessoas comuns, milhares de católicos ao longo dos séculos recorreram às novenas para obter graças especiais.

Tão valiosas práticas espirituais não podem ficar soltas, muitas vezes perdidas, entre papéis e itens velhos, mas merecem estar em um lugar digno de toda sua importância — em nossas casas e também em nossas vidas.

Aproveite todo conteúdo do nosso blog e compartilhe com mais pessoas.



Como devemos guardar os Domingos e os dias Santos?

    O domingo é chamado de "o dia do Senhor", pois foi nele que Jesus Cristo ressuscitou e deu início à nova criação. Ele se "distingue expressamente do sábado, ao qual sucede cronologicamente, a cada semana, e cuja prescrição substitui, para os cristãos" (CIC 2175). Ou seja, o domingo, após a ressurreição do Senhor Jesus, substituiu o sábado, que era guardado anteriormente. É tão importante que consta da lista dos dez mandamentos. Trata-se do terceiro e diz: "guardar domingos e festa de guarda".

O Catecismo continua ensinando que participar da Santa Missa no domingo é observar "a prescrição moral naturalmente inscrita no coração do homem de 'prestar um culto exterior, visível, público e regular'" a Deus. Diz ainda que "a celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja" (CIC 2176). Além disso, existe uma obrigação, para o próprio bem do fiel, na participação dominical, que só pode ser isentado por motivos realmente sérios:

"A Eucaristia do domingo fundamenta e sanciona toda a prática cristã. Por isso os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito, a não ser por motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave." (CIC 2181)

O Código de Direito Canônico, em seu Cânon 1247, complementa o ordenamento quando diz que "no domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa; além disso, devem abster-se das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo." Ora, percebe-se assim que é preciso um outro posicionamento diante do domingo e dos dias de preceito. Não se trata somente de ir à missa e de não trabalhar. É preciso também olhar para o outro, reconhecendo nele igualmente a necessidade de guardar o mesmo preceito. Veja:

"Santificar os domingos e dias de festa exige um esforço comum. Cada cristão deve evitar impor sem necessidades a outrem o que o impediria de guardar o dia do Senhor. Quando os costumes (esportes, restaurantes etc.) e as necessidades sociais (serviços públicos etc.) exigem um trabalho dominical, cada um assuma a responsabilidade de encontrar um tempo suficiente de lazer. Os fiéis cuidarão, com temperança e caridade de evitar os excessos e as violências causadas às vezes pelas diversões de massa. Apesar das limitações econômicas, os poderes públicos cuidarão de assegurar aos cidadãos um tempo destinado ao repouso e ao culto divino. Os patrões têm uma obrigação análoga com respeito aos seus empregados." (CIC 2187)

O repouso dominical, para o católico, não é um fim em si mesmo. O centro dessa prática não está no repouso, mas sim na Eucaristia, no culto divino, na santificação daquele tempo da graça. O Bem-aventurado Papa João Paulo II, em sua carta apostólica Dies Domini, reflete ainda mais profundamente sobre o domingo:

"Aos discípulos de Cristo, contudo, é-lhes pedido que não confundam a celebração do domingo, que deve ser uma verdadeira santificação do dia Senhor, com o « fim de semana » entendido fundamentalmente como tempo de mero repouso ou de diversão. Urge, a este respeito, uma autêntica maturidade espiritual, que ajude os cristãos a « serem eles próprios », plenamente coerentes com o dom da fé, sempre prontos a mostrar a esperança neles depositada (cf. 1 Ped 3,15). Isto implica também uma compreensão mais profunda do domingo, para poder vivê-lo, inclusivamente em situações difíceis, com plena docilidade ao Espírito Santo".

Portanto, é dever de cada cristão católico empenhar-se a valorizar esse dia sagrado, para que seja cada vez mais reconhecido e vivido de maneira mais apurada. Assim o fazendo, não só o próprio indivíduo, mas a comunidade e a sociedade como um todo receberão os frutos e os benefícios dessa influência.

Por fim, oportuna é a exortação do Beato João Paulo II no final da Dies domini, convocando os filhos de Deus para que "ao encontrarem a Igreja que cada domingo celebra alegremente o mistério donde lhe vem toda a sua vida, possam encontrar o próprio Cristo ressuscitado." E chama a todos para que, "renovando-se constantemente no memorial semanal da Páscoa, tornem-se anunciadores cada vez mais credíveis do Evangelho que salva e construtores ativos da civilização do amor."


Leia também: Como devemos guardar os Domingos e dias Santos?

quarta-feira, 28 de maio de 2025

A Grande Apóstola da Devoção a São José

 


Santa Teresa de Ávila, a insigne reformadora do Carmelo e doutora mística da Igreja, foi a grande impulsionadora da devoção a São José. E fê-lo por gratidão. Vendo-se rodeada de perigos de toda a espécie, de doenças do corpo e de noites escuras da alma, tomou esta atitude:

"Para meu protetor e intercessor junto de Deus escolhi a São José. A ele me confiei repetidas vezes e pude experimentar que em tudo, quanto à glória de Deus e salvação eterna da minha alma se refere. Recebi dele mais abundantes auxílios do que esperava. Não tenho memória de alguma vez não ter obtido de Deus fosse o que fosse, pedido por seu intermédio."

Também afirma sobre o progresso da vida interior daqueles que são devotos de São José:

"Também não conheci qualquer pessoa que não houvesse feito progresso na vida interior, quando tinha devoção a São José. A sua intervenção junto do Senhor é de eficácia miraculosa. Basta que o invoquemos com profunda confiança."

Nos ensina a recorrer a São José em todas as necessidades:

"Parece que Deus concede a outros santos o poder de nos auxiliar em determinadas circunstâncias e necessidades. Mas São José possui o carisma de nos auxiliar em todos os casos. Sei-o por experiência pessoal. Assim como Deus, feito homem, esteve submisso na terra a São José, também agora no Céu, não lhe quer recusar qualquer pedido."


Vejamos ainda este caso narrado por Santa Teresa no seu livro das Fundações.

"Fui um dia fazer a fundação de um convento que devia tomar o nome do nosso Pai São José. Eu e as minhas companheiras íamos numa carruagem. Em determinada altura, no meio da montanha, os cavalos tomaram o freio nos dentes e íamos pricipitar-nos nos abismos. Gritei então: Minhas filhas, só nos resta um meio de escapar à morte: é recorrer ao nosso bom Pai São José e invocar o seu auxílio. Assim o fizemos e ouviu-se uma voz gritar: Parai! Parai! Se dais mais um passo morrereis todos. Os cavalos pararam imediatamente e as religiosas perguntaram para que lado deviam seguir. A voz indicou-nos o caminho, obedecemos e fomos salvas. Então o cocheiro começou a buscar aquele que lhe tinha falado, mas foi impossível descobri-lo. Respondi então: É bem em vão que o nosso guia procura descobri-lo; o nosso salvador foi São José e disse-o porque o reconheci."

Lembro que Santa Teresa aos treze conventos que fundou em vida a todos pos o nome de São José.

Com estes relatos tão preciosos, podemos e devemos nos confiar ainda mais ao valimento de São José e assim nos tornarmos seus filhos espirituais.


 

São José apareceu a santa Teresa de Jesus na Quaresma

 

São José apareceu para santa Teresa de Jesus durante a Quaresma para salvá-la de um perigo iminente.

O agostiniano recoleto padre Ángel Peña conta no livro São José, o mais santo dos santos que santa Teresa celebrou a Quarta-feira de Cinzas de 1575 na paróquia de Santa Maria dos Olmos, no sudeste da Espanha, e depois foi fundar um convento em Beas de Segura, uma cidade mais ao sul.

A santa estava acompanhada por dois padres e oito freiras, entre elas sua grande companheira, a irmã Ana de Jesus, em cujos braços a santa morreria. A freira contou que, quando estavam a caminho, se perderam, e aqueles que os estavam guiando não sabiam como sair de penhascos muito altos.

Naquele momento, santa Teresa pediu às irmãs que rezassem a Deus e a são José para que as guiassem. De repente, elas começaram a ouvir a voz de um velho ao longe dizendo: "Parem, parem, vocês estão perdidos e cairão do penhasco se forem por esse caminho".

Os padres e os guias começaram a perguntar ao homem o que poderiam fazer para sair daquele lugar complicado e ele indicou uma área onde poderiam passar as carroças que estavam usando para se locomover.

Alguns voltaram para agradecer ao homem que os havia ajudado, mas, com lágrimas e devoção, santa Teresa enfatizou: "Não sei por que os deixamos ir, era meu pai são José e eles não o encontrarão".




A "Imaculada Conceição" e o Ofício a ela dedicado, sede em meu favor "Virgem Soberana"

 

    Origem do Ofício da Imaculada Conceição

    Segundo uma antiga tradição na Igreja, somos chamados a rezar o Ofício da Imaculada Conceição, a proclamar os grandes louvores da Virgem Maria, Mãe de Deus. O Ofício da Imaculada foi escrito originalmente em latim, na Itália do século XV, pelo franciscano Bernardino de Bustis, com o intuito de proteger a doutrina da Imaculada Conceição dos inúmeros ataques que vinha sofrendo da parte dos hereges desde o século XII. A pedido dos fiéis devotos da Virgem Imaculada, a oração foi aprovada pelo Papa Inocêncio XI, no ano de 1678. Dois séculos mais tarde, em 31 de março de 1876, o Ofício foi enriquecido pelo Beato Papa Pio IX com 300 dias de indulgência cada vez que fosse recitado. Na reforma do Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI modificou a doutrina acerca das indulgências e concedeu indulgência plenária a aqueles que rezarem com fé o Ofício da Imaculada Conceição.

O Ofício é uma oração composta para ser cantada ou recitada (de uma só vez ou seguindo a Liturgia das Horas), a fim de proclamar os louvores da Mãe de Deus e defender a fé da Igreja na Imaculada Conceição da Virgem Maria. De acordo com a tradição da Igreja, os cristãos católicos rezam particularmente o Ofício todos os sábados, mas é louvável e recomendada a recitação diária da Oração. Pois, o Ofício da Imaculada Conceição é uma forma poética de proclamar a fé da Igreja na pureza e na santidade singular da Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo.

Em conformidade com a fé da Igreja, muito antes da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, no ano de 1476, a festa da Imaculada Conceição foi incluída no Calendário Romano. No século seguinte, em 1570, o Papa Pio V publicou o Novo Ofício e, em 1708, o Papa Clemente XI estendeu a festa a toda a Igreja, tornando-a obrigatória. O Concílio de Trento, em 17 de junho de 1546, confessou sobre a Virgem Maria:

“Foi ela que, primeiro e de uma forma única, se beneficiou da vitória sobre o pecado conquistada por Cristo: ela foi preservada de toda mancha do pecado original e durante toda a vida terrestre, por uma graça especial de Deus, não cometeu nenhuma espécie de pecado” (DH 1573).

No ano de 1854, o Papa Pio IX declarou solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria Santíssima, através da Bula Ineffabilis Deus, no dia 8 de dezembro de 1854 (cf. DH 2803). O dogma da Imaculada Conceição de Maria é a declaração do dogma de fé da Igreja na virgindade perpétua da Mãe do Filho de Deus.

A Igreja reconhece de maneira infalível que Nossa Senhora foi preservada imune da mancha da culpa original desde o primeiro instante de sua conceição e foi revestida de uma santidade inteiramente singular.

Todavia, desde os primórdios do cristianismo os Santos Padres e Doutores da Igreja sempre ensinaram que a Virgem Maria é toda pura e santíssima, imune de toda e qualquer mancha de pecado.

Antes da proclamação do dogma, no dia 27 de novembro de 1830, Nossa Senhora apareceu a Santa Catarina Labouré, na Capela das filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris. Nesta aparição, Maria pediu a Catarina que mandasse fazer e propagar a devoção à “Medalha Milagrosa”, precisamente com a inscrição: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Com estas palavras, Nossa Senhora confirma a doutrina da Igreja a acerca da Imaculada Conceição. Mais tarde, Nossa Senhora revelou seu nome a Bernadette Soubirous, no dia 25 de março de 1858, na sua 16ª aparição em Lourdes, na França: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Dessa forma, a própria Virgem Maria confirma o dogma da Imaculada Conceição, proclamado pelo Beato Pio IX quatro anos antes.

Portanto, segundo antiga tradição na Igreja, todos nós cristãos somos chamados a proclamar as grandes maravilhas realizadas na Virgem Maria através do Ofício da Imaculada Conceição.

“Uma antiga tradição diz que Nossa Senhora se ajoelha no Céu quando alguém na Terra reza o Ofício” 

Além disso, as indulgências conferidas pela Igreja às pessoas que rezam o Ofício atestam o grande valor dessa oração. Na certeza da eficácia e da grandeza desta oração, rezemos com fé, se possível todos os dias, ou pelo menos uma vez por semana, de preferência aos sábados, o Ofício da Imaculada Conceição, pedindo a Virgem Mãe de Deus especialmente pelos pobres, pelos pecadores, pelas almas do purgatório, pelas nossas intenções particulares. Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

8 motivos para rezar o Ofício!

Reconhecendo a eficácia desta oração, apresentamos 8 motivos para que você também experimente desta graça, orando com Oficio da Imaculada Conceição:

1 – É um auxílio eficaz de nossa Mãe

A Virgem Maria é a Rainha clemente que, conhecedora única da misericórdia de Deus, acolhe todos os que junto dela se refugiam.

2 – Somos chamados a santidade

Muitos santos rezaram esta oração. Foram aquecidos na tibieza e desânimo, tornando-os fervorosos e ativos

3- Vencemos os medos

Foi ela “a mulher forte”, que conheceu a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio, se tornando modelo para os que não aceitam passivamente as circunstâncias adversas da vida,

4 – Rezando o ofício da Imaculada Conceição somos defendidos no combate

Nossa Senhora se coloca em combate por nós contra as tentações do inimigo, enfermidades e adversidades. Vencedora do demônio, Maria Santíssima é suportadora das angústias e sofrimentos de sua missão de Mãe do Redentor.

5 – O desejo pela obediência

Maria é templo singular da glória de Deus pela obediência da fé e mistério da Encarnação.

6 – Nos tornamos intercessores

Maria possui a plenitude da graça; daí sua valiosa intercessão junto a Deus para alcançar as graças que necessitamos.

7 – Maria nos aponta o Cristo

Nós que muitas vezes erramos o caminho, cegos pelas ilusões do mundo, Nossa Senhora nos aponta aquele que é o “Caminho, a Verdade e a Vida”

8 – A firmeza na devoção

Os que invocam o nome de Maria com confiança experimentam em sua vida que “a devoção à Virgem Santíssima é um auxílio poderoso para o homem em marcha para a conquista da sua própria plenitude” (Paulo VI)

Ofício da Imaculada Conceição da Virgem Maria



Ofício da ImaculadaConceição da Virgem Maria


Oficio da Imaculada Conceição da Virgem Maria

OREMOS
(de joelhos)

Ó Deus que quisestes que, pela embaixada do Anjo, vosso Verbo se encarnasse no seio da Bem-Aventurada Virgem Maria, ouvi nossa prece e fazei que, assim como acreditamos ser ela a verdadeira Mãe de Deus, sejamos, por sua intercessão, ajudados em vossa presença, pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor, Amém.

Deus vos salve, Filha de Deus Pai!
Deus vos salve, Mãe de Deus Filho!
Deus vos salve, Esposa do Espírito Santo!
Deus vos salve, Sacrário da Santíssima Trindade!



MATINAS
(de pé)

Agora, lábios meus, dizei e anunciai os grandes louvores da Virgem, Mãe de Deus. Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com vosso valor.

Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Hino
(1º coro)

Deus vos salve, Virgem, Senhora do mundo, rainha dos céus e das virgens, Virgem.

(2º coro)

Estrela da manhã, Deus vos salve, cheia de graça divina, formosa e louçā.

Dai pressa, Senhora, em favor do mundo, que vos reconhece como defensora.


Hino
Deus vos nomeou desde a eternidade para a Mãe do Verbo com o qual criou

Terra, mar e céus, e vos escolheu, quando Adão pecou, por esposa de Deus.

Deus a escolheu e, já muito antes, em seu tabernáculo morada lhe deu.

Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem em vosso peito os clamores meus.

Oração
Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais, ponde, Senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai-me de vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

PRIMA

Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com vosso valor.

Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Hino
(1º coro)

Deus vos salve, mesa para Deus ornada, coluna sagrada, de grande firmeza.

(2º coro)

Casa dedicada A Deus sempiterno. Sempre preservada, Virgem, do pecado.

Antes que nascida fostes, Virgem santa, no ventre ditoso de Ana concebida.

Sois mãe criadora dos mortais viventes.

Sois dos santos porta, dos anjos, senhora.

Sois forte esquadrão contra o inimigo. Estrela de Jacó, refúgio do cristão.

A Virgem criou Deus, no Espírito Santo, e todas as suas obras, com ela as ornou.

Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem em vosso peito os clamores meus.

Oração
Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Se-nhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a ne-nhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, Senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai-me de vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

TERÇA

Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com vosso valor.

Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Hino
(1º coro)

Deus vos salve, trono do grão Salomão, arca do concerto velo de Gedeão!

(2º coro)

Íris do céu clara, sarça da visão, favo de Sansão, florescente vara,

A qual escolheu para ser mãe sua, e de vós nasceu o Filho de Deus.

Assim vos livrou da culpa original. De nenhum pecado há em vós sinal.

Vós que habitais lá nas alturas, e tendes vosso trono sobre as nuvens puras.

Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem em vosso peito os clamores meus.

Oração
Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, Senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai-me de vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

SEXTA

Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com vosso valor.

Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Hino
(1º coro)

Deus vos salve, Virgem, da Trindade templo, alegria dos anjos, da pureza exemplo.

(2º coro)

Que alegrais os tristes com vossa clemência, horto de deleites, palma de paciência.

Sois terra bendita e sacerdotal. Sois da castidade símbolo real.

Cidade do Altíssimo, porta oriental. Sois a mesma graça, Virgem singular.

Qual lírio cheiroso entre espinhas duras tal sois vós, Senhora, entre as criaturas.

Ouvi, Mãe de Deus, minha oração.Toquem em vosso peito os clamores meus.

Oração
Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, Senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai-me de vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

NOA

Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com vosso valor.

Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Hino
(1º coro)

Deus vos salve, cidade de torres guarnecida, de Davi com armas bem fortalecida.

(2º coro)

De suma caridade sempre abrasada. Do dragão a força foi por vós prostrada.

Ó mulher tão forte! Ó invicta Judite! Ó vós que vós alentastes o sumo Davi!

Do Egito o curador de Raquel nasceu, do mundo o Salvador Maria no-lo deu.

Toda é formosa minha companheira; nela não há mácula da culpa primeira.

Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem o vosso peito os clamores meus.

Oração
Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, Senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai-me de vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

VÉSPERAS

Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com vosso valor.

Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Hino
(1º coro)

Deus vos salve, relógio que andando atrasado serviu de sinal ao Verbo encarnado.

(2º coro)

Para que o homem suba às sumas alturas, desce Deus do céu para as criaturas.

Com os raios claros do Sol da Justiça resplandece a Virgem dando ao sol cobiça.

Sois lírio formoso que cheiro respira entre os espinhos da serpente a ira.

Vós a quebrantais com vosso poder. Os cegos errados vós alumiais.

Fizestes nascer Sol tão fecundo e como com nuvens cobristes o mundo.

Ouvi, Mãe de Deus, minha oração.

Toquem em vosso feito os clamores meus.

Oração
Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Se-nhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a ne-nhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, Senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai-me de vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

COMPLETAS

Rogai a Deus, vós, Virgem, nos converta. Que sua ira aparte de nós.

Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com vosso valor.

Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Hino
(1º coro)

Deus vos salve, Virgem, Mãe imaculada, rainha de clemência de estrelas coroada.

(2º coro)

Vós, acima dos anjos, sois purificada; de Deus à mão direita estais de ouro ornada.

Por vós, Mãe da graça, mereçamos ver a Deus nas alturas com todo prazer.

Pois sois esperança dos pobres errantes, e seguro porto para os navegantes.

Estrela do mar e saúde certa, e porta que estais para o céu aberta.

É óleo derramado, Virgem, vosso nome, e os servos vossós vos hão sempre amado.

Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem em vosso peito os clamores meus.

Oração
Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, Senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai-me de vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

OFERECIMENTO
(De joelhos)

(1º coro)

Humildes oferecemos a vós, Virgem pia, estas orações, para que, em nossa guia,

(2º coro)

vades vós adiante e, na agonia, vós nos animeis, ó doce Maria! Amém.

OREMOS
Suplicantes vos rogamos, Senhor Deus, que concedais a vossos servos lograr perpétua saúde do corpo e da alma, e que, pela intercessão gloriosa da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria por Cristo Nosso Senhor. Amém.











quinta-feira, 15 de maio de 2025

Você sabe o que é ser Devoto?


O que significa ser devoto?

Nada mais natural do que nos perguntarmos logo no início o que significa, afinal de contas, ser devoto. O que é isto a que chamamos “devoção”? Trata-se de sentimentos, de emoções? Serão verdadeiramente devotas aquelas almas que, apesar de seu empenho e prontidão em servir a Deus sem demora, têm de carregar a cruz da sequidão e da aridez espiritual?

Começarmos nossa reflexão dizendo algumas palavras sobre o conceito mesmo de “devoção”, palavra tão usada quanto mal entendida. Vista no mais das vezes como algo associado a sentimentos e emoções de ordem religiosa, a devoção consiste, em sentido próprio, na prontidão da vontade para entregar-se com fervor a tudo quanto diz respeito ao culto e ao serviço de Deus. Disto já podemos tirar a conclusão de que a nota característica da verdadeira devoção é o amor e que, enquanto ato da virtude da religião, o fim ou termo sobre o qual ela recai não pode ser senão Deus mesmo.

Por esse motivo, a devoção aos santos, e até mesmo a devoção à Virgem Maria, deve ter sempre a Deus, princípio e fim de todas as coisas, por destinatário. Ser devoto da excelsa Mãe do Verbo encarnado, assim como deste ou daquele santo, significa, em última análise, venerar o que neles há de Deus, isto é, venerar nos servos a grandeza, o poder, as perfeições, a bondade etc. do Senhor. Longe de afastar-nos de Deus, como querem alguns, ou de fazer-nos prestar a simples homens um culto que só ao Criador é devido, como pretendem outros, a devoção — em suas múltiplas e legítimas manifestações — é um meio mais do que eficaz de nos aproximarmos dele e fazermos o nosso coração arder de amor por aquele que de tantos benefícios cumulou seus fiéis discípulos.

No que respeita à devoção à Virgem Maria, de modo particular, São Luís adverte, logo nos capítulos iniciais de seu Tratado, que é Jesus Cristo o fim último da verdadeira devoção mariana; trata-se, portanto, de uma realidade eminentemente cristocêntrica: “Jesus Cristo”, escreve ele, “é o alfa e o ômega, o princípio e o fim de todas as coisas. Nós só trabalhamos, como diz o Apóstolo, para tornar todo homem perfeito em Jesus Cristo, pois é em Jesus Cristo que habita toda a plenitude da divindade”.

A devoção possui, naturalmente, uma dinâmica própria. Nesse sentido, convém observar que ela possui, por assim dizer, um dúplice aspecto. Enquanto ato da virtude da religião, pela qual nos inclinamos a prestar a Deus o culto que por justiça lhe devemos, a devoção ordena-se primariamente ao que se refere ao culto divino; é, portanto, uma disposição da vontade pela qual nos tornamos disponíveis para servi-lo sem demora. Ela pode, no entanto, brotar também de outra virtude, ainda mais excelente por seu objeto: a caridade. Neste último caso, a devoção passa a estar orientada, antes de mais nada, à união amorosa com Deus, de quem nos tornamos amigos em virtude da graça santificante. Desse modo, como escreve um autor espiritual, “a caridade causa a devoção, na medida em que o amor nos faz prontos para servir o amigo, e, por sua vez, a devoção aumenta o amor, pois a amizade se conserva e aumenta com os serviços prestados ao amigo”.

Outro ponto em que vale a pena insistir, sobretudo nos tempos que correm, é o fato de a devoção ser, essencialmente, uma prontidão da vontade, conforme dito mais acima. Isso significa, entre outras coisas, que ser devoto e fervoroso não é o mesmo que sentir este fervor da vontade:

O fervor ou prontidão — escreve o mesmo autor em outra obra — consiste primária e principalmente na enérgica determinação da vontade de permanecer fielmente consagrado ao serviço de Deus, apesar das frequentes e dolorosas securas, aridezes e provações espirituais. Este fervor da vontade, chamado também devoção substancial, constitui, ao mesmo tempo, o fundamento firme sobre o qual repousa toda a prática da devoção e a causa de todo o seu mérito diante de Deus. Sem ele, a devoção puramente sensível não tem consistência nem utilidade verdadeira. Com ele, a alma permanece tranquila e inquebrantável no serviço de Deus em meio a todas as flutuações das impressões sensíveis.

O Senhor quer, com efeito, que estejamos prontos e bem dispostos para o servir sem demora, ao primeiro chamado, à primeira solicitação. Ciente porém de nossa radical incapacidade, de nosso apego excessivo e desordenado às sensações e consolações, ele bondosamente nos confiou ao cuidado materno da Virgem Maria, a quem tantas vezes nos parece mais fácil e até mais doce servir, quais filhos ocupados amorosamente das necessidades e interesses de sua Mãe. E não há como duvidar de que, ao servirmos com fidelidade a toda pura Mãe de Deus, estaremos servindo também aquele que a quis por Genitora e auxiliar adequada (cf. Gn 2, 18) na obra da Redenção.

Maria Santíssima, que ao contrário de Eva (cf. Gn 3, 6) ofereceu totalmente a Deus, no patíbulo da cruz, o fruto bendito formado em seu ventre por obra do Espírito Santo, não há de recusar entregar ao Pai a oferta de si mesmos daqueles que a ela se consagram como filhos e escravos. Unindo-nos a ela, é impossível não nos unirmos a Cristo e, por Cristo, a Deus.

Portanto que nossa devoção a São José que soube submeter a Deus sua vontade, angustias e tribulações, recebendo d´Ele a direção para todos os seus atos, saibamos imitar a São José, buscar incessantemente a Deus, desejar tanto servi-lo que sonhemos com o que Deus deseja de nós a cada dia.

O Terço da Misericórdia


TERÇO DA MISERICÓRDIA


Foi o próprio Jesus que ensinou Santa Faustina a rezar o Terço da Misericórdia. Nessa oração há várias promessas de Jesus.

A primeira autorização para ser publicado um livrinho contendo a imagem de Jesus e o Terço foi conseguida pelo padre Miguel Sopocko no dia 01 de setembro de 1937.

"Toda vez que entrares na capela, reza logo essa oração que te ensinei ontem. Quando rezei essa oração, ouvi na alma estas pala-vras: essa oração serve para aplacar a Minha ira. Tu a recitarás por nove dias, por meio do Terço do Rosário, da seguinte maneira: primeiro dirás o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Credo. Depois, nas contas do Pai-Nosso, dirás as seguintes palavras: 'Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro'. Nas contas de Ave-Maria rezarás as seguintes palavras: 'Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro'. No fim, rezarás três vezes estas palavras: 'Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro" (D. 476).

Promessa para a hora da morte: "as Almas que rezarem este Terço serão envolvidas pela Minha misericórdia durante a sua vida e, de modo particular, na hora da morte” (D. 754).

Grandes são as promessas de Deus para os sacerdotes. Santa Faustina relata o que ouviu na alma: "recita, sem cessar, este Terço que te ensinei. Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte. Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez, alcançará a graça Minha infinita misericórdia" (D. 687).

Reze o Terço da Misericórdia.

Para os agonizantes, o Terço da Misericórdia é um socorro muito certo. Veja o que Santa Faustina relata no número D. 810: "No dia seguinte, já depois do meio 
dia, quando entrei na sala, vi uma pessoa agonizante e soube que a agonia tinha começado de noite. Como verifiquei, foi na hora em que me pediram orações. De repente ouvi na alma a voz: "reza o Terço da Misericórdia que te ensinei". Corri para buscar o Terço, ajoelhei-me junto da agonizante e comecei a rezar esse Terço, com todo o fervor do Espírito. De repente, a agonizante abriu os olhos e olhou para mim; eu mal tivera tempo de rezar todo o Terço, quando ela expirou numa paz extraordinária. Pedi ardentemente ao Senhor que cumprisse a promessa que me tinha feito pela recitação desse Terço. O Senhor me deu a conhecer que aquela alma tinha obtido a graça que Ele me prometera. Esta alma foi a primeira em que se cumpriu a promessa do Senhor. Senti o poder da misericórdia que envolveu aquela alma. Jesus disse ainda a seguinte promessa aos moribundos: "escreve que, quando recitarem esse Terço junto aos agonizantes, Eu Me colocarei entre o Pai e a alma agonizante não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso" (D. 1541).

A cada tempo da história Deus envia "sinais". Nesses últimos tempos Deus enviou a Sua misericórdia, essa devoção que comove o Coração de Deus. Veja o que disse Jesus: "Oh! que grandes graças concederei às almas que recitarem este Terço. As entranhas da Minha misericórdia comovem-se por aqueles que recitam este Terço. Anota estas palavras, Minha filha, fala ao mundo da Minha misericórdia; que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos. Depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha misericórdia, tirem proveito do Sangue e da Água que jorraram para eles" (D. 848).

Com a recitação do Terço da Misericórdia, como bem disse Santa Faustina, pode-se obter tudo, inclusive coisas da natureza. Muitas pessoas sofrem com a seca, outros com as excessivas chuvas. Mas tudo pode ser alcançado através do Terço. Veja o que Santa Faustina conta no D. 1128: "Hoje está fazendo tanto calor que é difícil de aguentar. Desejamos, e, no entanto, não chove. Há alguns dias o céu se cobriu de nuvens, mas a chuva não chegou a cair. Quando olhei para as plantas sequiosas de chuva, a compaixão tomou conta de mim e resolvi rezar este Terço até que Deus mandasse chuva. Após o lanche da tarde, o céu cobriu-se de nuvens e caiu uma chuva abundante sobre a terra. Rezei essa oração por três horas sem parar. E o Senhor deu-me a conhecer que, com essa oração, pode-se obter tudo".

Em outro momento, foi justamente por causa de uma grande tempestade que Santa Faustina rezou o Terço. No número 1731, ela escreveu: "Hoje fui acordada por uma grande tempestade. Desencadeou-se uma ventania e caía uma chuva torrencial, com raios e tro-vões a todo instante. Comecei a rezar, para que a tempestade não causasse nenhum dano; então ouvi estas palavras: "recita o Terço que te ensinei, que a tempestade cessará". Logo comecei a recitar esse Terço, e nem cheguei a terminá-lo, quando a tempestade, de repente, cessou, e ouvi estas palavras: "por ele conseguirás tudo, se o que pedires estiver de acordo com a Minha vontade".

Que aqueles que temem a hora da morte tornem-se confiantes ao lerem esta promessa de Jesus: "Minha filha, exorta as almas a rezarem esse Terço que te ensinei. Pela recitação deste Terço agrada-Me dar tudo o que Me peçam. Quando os pecadores empedernidos o recita-rem, encherei de paz as suas almas, e a hora da morte deles será feliz" (D. 1541).

E aos pecadores atormentados por seus pecados, o Terço pode servir-lhes de alívio. Ve-jam e confiem nesta promessa que Jesus disse a Santa Faustina: "Escreve isto para as almas atribuladas: quando a alma vir e reconhecer a gravidade dos seus pecados, quando se abrir diante dos seus olhos todo o abismo da miséria em que mergulhou, que não se desespere, mas antes se lance com confiança nos braços da Minha misericórdia, como uma criança no abraço da sua querida mãe. Essas almas têm prioridade no Meu Coração compassivo, elas têm primazia à Minha misericórdia. Diz que nenhuma alma que tenha invocado a Minha misericórdia se decepcionou ou experimentou vexame. Tenho predileção especial pela alma que confiou na Minha bondade" (D. 1541).


Como rezar o Terço da Misericórdia?

Inicie rezando:

Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em Nome do Pai, em nome do Filho e do Espíorito Santo. Amém.

01 Pai-Nosso…
01 Ave-Maria… e
01 Creio…

Nas contas do Pai-Nosso, reza-se:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

Nas contas das Ave-Marias, reza-se:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro. (10 vezes)

Ao final do terço, reza-se:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro. (3 vezes)



quarta-feira, 14 de maio de 2025

E-book "Minhas Orações da Devoção a São José


 Ter um santo de devoção é mais do que um título, é uma relação de intimidade com alguém que nos ajuda pela sua vida, e alguém que é ponte para nós, hoje como intercessor na eternidade (Cristo é o grande intercessor/mediador entre nós e o Pai)!

Os santos existem para nos mostrar, primeiramente, que a santidade não é inalcançável, que existe um caminho de luta e combate para chegarmos nela, mas que é possível! Coragem, temos bons exemplos!

Um santo de devoção pode ser escolhido por identificação: por exemplo, eu tenho uma forma ou um jeito de comunicar com Deus e me identifico com este santo, então, vou buscar conhecer mais, ler, aproximar-me e, sobretudo, porque me identifico com a busca de santidade que Ele viveu!

Um santo de devoção pode acabar por ser uma escolha, primeiramente de Deus, do santo  e uma escolha nossa, de reconhecimento e aceitação!

O que é devoção?

Devoção do latim devotione significa afeição, dedicação, sacrifício e culto.

Simplificando: Devoção é quando a gente faz uma ação com a decisão de dar a Deus o que é de Deus.

Por exemplo: Quando rezamos um terço ou uma novena, estamos dedicando nosso tempo, atenção, nosso esforço para estar ali inteiro, amando e pensando em Deus.

O objetivo da DEVOÇÃO é sempre AMAR mais a DEUS. E as práticas de oração são como uma estrada que nos leva ao caminho do amor.

As devoções trazem consigo muitas promessas! Jesus prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque que todas as pessoas que comungarem na primeira sexta-feira do mês, durante 9 meses seguidos, seu Coração seria o abrigo seguro nos últimos instantes da sua vida.

Não morreriam sem sua graça! As devoções não são só práticas, mas momentos de oração que transformam o nosso coração e nos tornam mais parecidos com Jesus.

Quando ouvimos alguém dizer “Sou devoto do Santo Antônio”, ou “Sou devoto de Santa Rita de Cássia”, que dizer que essa pessoa gosta da história, do caminho que aquele santo ou santa fez para aprender a amar mais a Deus e o próximo. Os santos fizeram o caminho deles, buscaram, acima  de tudo, amar mais a Deus, por isso chegaram ao Céu.

Devocionário: É um conjunto de orações e práticas religiosas que nos ajudam a crescer na fé e na caridade.







segunda-feira, 12 de maio de 2025

Uma ladainha em Honra à Santa Cruz

 

Esta meditação sobre a Cruz em forma de ladainha, com frases tiradas da Sagrada Escritura e dos Santos Padres, é um ótimo exercício de piedade para utilizarmos ao longo de toda a nossa vida cristã.

As duas semanas que antecedem a Páscoa do Senhor ainda são Quaresma, mas, na liturgia romana tradicional, recebem um nome especial: Tempo da Paixão. É hora de intensificarmos nossas penitências, mas agora com o olhar mais voltado para a Cruz de Cristo, o madeiro bendito de onde nos veio a salvação. 

Por isso, nesses dias mais do que em quaisquer outros, pode ser muito apropriada a oração da seguinte ladainha em honra à Santa Cruz, a qual, embora seja de uso privado, está cheia de expressões da Sagrada Escritura e das obras dos Santos Padres. A tradução abaixo foi feita a partir do seu texto original em latim.

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Pai santo, ouvi-nos.
Pai justo, atendei-nos.

Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Cruz, espelho dos patriarcas e profetas, defendei-nos.
Coroa dos mártires, defendei-nos.
Alegria dos sacerdotes, defendei-nos.
Glória das virgens, defendei-nos.

Cruz, potência dos reis, protegei-nos.
Ornato da Igreja, protegei-nos.
Esperança dos cristãos, protegei-nos.
Penhor dos que adoram a Cristo, protegei-nos.
Glória de todos os ortodoxos, protegei-nos.

Cruz, nossa coroa, salvai-nos.
Firmamento da paz, salvai-nos.
Porta do Paraíso, salvai-nos.
Vara das maravilhas de Deus, salvai-nos.
Propugnáculo da fé, salvai-nos.

Cruz, vida dos justos, ajudai-nos.
Ressurreição dos mortos, ajudai-nos.
Chave do Reino dos Céus, ajudai-nos.
Procuradora dos pobres, ajudai-nos.
Porto dos atribulados, ajudai-nos.

Cruz, selo de castidade, iluminai-nos.
Escola de santidade, iluminai-nos.
Guardiã da castidade, iluminai-nos.
Palma da imortalidade, iluminai-nos.
Tesouro de todos os bens, iluminai-nos.

Cruz, consoladora dos aflitos, guardai-nos.
Salvadora dos desesperados, guardai-nos.
Destruidora das heresias, guardai-nos.
Vencedora dos inimigos, guardai-nos.

Cruz, salvação dos fiéis, amparai-nos.
Enobrecida pelo Sangue de Cristo, amparai-nos.
Santificada pelo toque do Corpo de Cristo, amparai-nos.
Sinal vivificante do Filho de Deus, amparai-nos.

Cruz, doadora de saúde, confortai-nos.
Contrato de liberdade, confortai-nos.
Altura do Céu, confortai-nos.
Profundidade da Terra, confortai-nos.
Largura do mundo, confortai-nos.

Cruz, triunfadora dos demônios, libertai-nos.
Extinção do pecado, libertai-nos.
Vitória contra o mundo, libertai-nos.
Vencedora da morte, libertai-nos.
Destruição do inferno, libertai-nos.

De todo o mal, livrai-nos, santa Cruz.
De todo pecado, livrai-nos, santa Cruz.
Do poder do diabo, livrai-nos, santa Cruz.
De toda sugestão e malefício do demônio, livrai-nos, santa Cruz.
Das insídias de todos os inimigos, livrai-nos, santa Cruz.
Da peste, da fome e da guerra, livrai-nos, santa Cruz.
De toda doença, livrai-nos, santa Cruz.
De raios e tempestades, livrai-nos, santa Cruz.
Da morte súbita e desprevenida, livrai-nos, santa Cruz.
Na hora da morte, livrai-nos, santa Cruz.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Pai-nosso… E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

℣. Pelo madeiro fomos salvos.
℟. Pelo madeiro fomos redimidos.


℣. O fruto da árvore nos seduziu,
℟. O Filho de Deus nos redimiu.

℣. Pelo sinal da santa cruz,
℟. Livrai-nos, Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos.


℣. Senhor, escutai a minha oração.
℟. E chegue até vós o meu clamor.

Oremos. — Olhai, nós vos pedimos, Senhor, sobre esta vossa família, pela qual Nosso Senhor Jesus Cristo não duvidou entregar-se às mãos dos inimigos e sujeitar-se ao tormento da Cruz. — Guardai, Senhor, nós vos pedimos, com paz perpétua aqueles a quem vos dignastes redimir pelo madeiro da santa Cruz. — Sede-nos propício, Senhor Deus nosso, e aos que fazeis se alegrarem com honra da santa Cruz, defendei-os também com auxílios perpétuos. — Que o sinal salutar da Cruz, nós vos pedimos, Senhor, proteja o povo que a vós suplica e, uma vez purificado, dignamente o instrua; para que ele se alegre com a consolação presente em toda tribulação e, perseverando, progrida incessantemente à posse dos bens futuros. — Deus, que nos alegrais com a comemoração contínua da santa Cruz, concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos no céu os prêmios da Redenção daquele cujo mistério conhecemos na terra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém. 

℣. Senhor, escutai a minha oração.
℟. E chegue até vós o meu clamor.

℣. Bendigamos ao Senhor.
℟. Demos graças a Deus.

℣. E que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz.
℟. Amém.