sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Os salesianos e a devoção a São José

 


Os salesianos e a devoção a São José


São José é um santo universal. Ele é amado e venerado pela grande missão de ser o pai adotivo de Jesus, mas também por suas inúmeras virtudes reveladas pelo Espírito Santo aos seus queridos devotos. Entre eles, grandes personalidades da história da Igreja.

É fato que os Papas deram a São José grandes títulos, por exemplo:

O Papa Pio IX declarou São José Padroeiro da Igreja Universal com o decreto “Quemadmodum Deus”.
Leão XIII, na Encíclica “Quanquam Pluries”, propôs a São José o título de “advogado dos lares cristãos”.
Pio XII fixou o dia 1º de maio como festa de São José Trabalhador.
Já o Beato Pio IX declarou-o “Padroeiro da Igreja Católica”.
E, por fim, São João Paulo II, como “Guardião do Redentor”.
Além disso, o povo invoca-o como “padroeiro da boa morte” e os agricultores esperam ansiosamente a chuva para garantir uma boa colheita durante o ano no dia de sua festa.

E entre esses ilustres homens, encontramos São João Bosco e a Obra Salesiana. Dom Bosco tinha São José como amigo pessoal, administrador das obras e serviços da congregação Salesiana. Por isso, conheça aqui esta bela história.


São José marca a espiritualidade salesiana
A espiritualidade, para uma congregação religiosa, caracteriza o seu jeito de ser e de viver. Ela mostra o caminho do encontro com Deus e com a missão.

E o grande amor que Dom Bosco cultivou por São José também imprimiu nos Salesianos uma confiança em Deus que o pai adotivo de Jesus inspirava.


Então, não é à toa que o fundador dos Salesianos escreveu um pequeno livro sobre a vida deste querido santo onde ele diz:

“No mesmo silêncio no qual é envolta a sua vida, encontramos algo de misterioso e de grande. São José tinha recebido de Deus uma missão totalmente oposta àquela dos apóstolos. Esses deviam por tarefa fazer Jesus conhecido; José deveria mantê-lo escondido; esses deveriam ser tochas que o mostrassem ao mundo; aquele, um véu que o cobrisse. Portanto, São José não era para si, mas para Jesus Cristo”.

As palavras demonstram a profundidade com que a vida do Patriarca era vista, e essa contemplação espalhou-se por toda a Obra Salesiana, desde a vida religiosa às obras sociais, uma vez que Dom Bosco consagrou todas elas ao glorioso São José.

Porém não apenas as palavras reverenciam o santo, mas há Igrejas, que foram restauradas por Dom Bosco, com um altar em honra a São José: a Basílica de Maria Auxiliadora e a do Sagrado Coração, em Roma. Ambas com belos quadros da imagem da Sagrada Família.

São José e seus poderosos benefícios à Obra Salesiana
Há um episódio nas memórias biográficas de Dom Bosco que explicam bem o porquê de sua confiança nos benefícios a este santo tão especial.

Conta-se que, em um dia de dedicação de um altar a São José, quando o quadro foi descoberto na presença de muitas pessoas, todos se admiraram com a beleza da pintura. No entanto, o que mais chamou a atenção das pessoas foi a figura de Jesus que passava para as mãos de São José rosas brancas e vermelhas.

Essas rosas caiam sobre a imagem da Basílica de Maria Auxiliadora e o Oratório de Valdocco, pintados no quadro como era em 1870. Diante dos comentários de todos, São João Bosco diz:

“As rosas brancas e vermelhas são as graças que Deus nos concede: também as rosas vermelhas, aquelas que são acompanhadas de dores, sofrimentos e sacrifícios, vêm de Deus e são as melhores”.

Sendo assim, a imagem e as palavras apenas confirmavam o que já acontecia na obra salesiana, uma vez que as necessidades das casas, as oficinas profissionalizantes e o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora são confiadas aos cuidados de São José! E todas experimentaram a Providência em tudo.

“Ite to Joseph!”
São João Bosco recomenda a devoção a São José a todos os jovens e aos seus filhos(as) espirituais. São suas as palavras:

“Não deveríamos crer que entre os bem-aventurados que são objeto de nosso culto religioso, São José, depois de Maria, é o mais poderoso de todos com Deus e o que mais justamente merece a nossa confiança e a nossa homenagem? ”.

A devoção é um transbordamento da confiança experimentada nas pequenas e grandes situações da vida. E quando se trata da obra de Deus, quando os desafios são enormes, exigentes e enfrentam grandes batalhas, ninguém melhor que São José à frente.

Por isso, Dom Bosco insistia com os seus filhos: “ Ite to Joseph ”, “Siga São José”! Coloquem tudo sob a sua proteção! De forma que São José é um dos patronos da Obra Salesiana.

E sob esta poderosa intercessão, cresceu e cresce a Família Salesiana com os seus destinatários da missão, na devoção e na imitação das virtudes de São José, principalmente as mais escondidas, que apenas o céu é testemunha.


Leia também: São José o Patrono da Providência e da Devoção Salesiana

São José: O Patrono da Providência e da Devoção Salesiana

 



No coração da fé católica, São José permanece como um símbolo poderoso de confiança, devoção e proteção.


os Salesianos de Dom Bosco (SDB) e as Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) se unem em reverência a esse humilde carpinteiro, proclamado por Pio IX como Patrono da Igreja Universal em 1870.

A devoção dos Salesianos de Dom Bosco (SDB) a São José tem início com o próprio fundador da Congregação. Dom Bosco estabeleceu a celebração solene de sua festa em todas as casas salesianas. Sua fé era tão certa que ele introduziu práticas especiais em memória das dores e alegrias do Santo, visando inspirar a pureza e a busca pela santidade entre os jovens. “Em 1871 estabeleceu que em todas as suas casas devia ser celebrada pelos estudantes e pelos aprendizes a festa no dia 19 de março com recesso de todas as atividades [...]. Desta sua devoção constante deu provas em 1859, quando introduziu no livro ‘O Jovem Instruído’ uma prática em memória das sete dores e das sete alegrias de São José. Uma oração para obter a santa virtude da pureza”. (Memórias Biográficas de São João Bosco, Volume VI, p. 204).

A devoção a São José é uma tradição também no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). Para Madre Mazzarello e as primeiras irmãs Salesianas, São José não é apenas um modelo de fé, mas um verdadeiro protetor e provedor. Em meio às dificuldades econômicas e às incertezas do início da congregação, São José era invocado como o "ecônomo" da casa, aquele que providenciava as necessidades essenciais e intercedia nas horas de aflição. A confiança das irmãs em São José transcendeu os limites materiais, encontrando conforto e solução mesmo nos momentos mais desafiadores.

Os relatos da Cronistória das FMA testemunham o poder da intercessão de São José. Em um episódio marcante, durante uma epidemia de varíola, São José foi invocado como protetor do Instituto e sua intercessão foi reconhecida como fundamental para a preservação da comunidade. Em outro momento, diante da necessidade de expansão do Colégio de Nizza, a confiança em São José foi reforçada, resultando em graças inesperadas e no fortalecimento da fé e da alegria na comunidade.

“Com esta bela função fica aberto o mês de São José, já invocado como ‘ecônomo’ do Instituto e, neste ano, também como enfermeiro e médico, porque em Nizza como em todo o Piemonte continua a grassar a varíola.

São já mais de 300 as vítimas na cidade; entre nós se verificou o caso de algumas Irmãs e alunas atacadas por simples varicela, tanto que as pessoas externas não se persuadem de que o Colégio de Nossa Senhora tenha ficado ileso e algumas chegam ao absurdo de pensar que também entre nós tenha havido mortes pela epidemia e que as vítimas tenham sido sepultadas em casa! Não sabem como é potente o nosso protetor São José, ao qual confiamos todas as pessoas da casa”. (Cronistória do Instituto das FMA, volume 3 - p. 115)

A devoção a São José não é apenas uma expressão de piedade, mas uma fonte de inspiração e proteção para os Salesianos e Salesianas. Em seus momentos de necessidade e na busca por orientação espiritual, São José é invocado como um guia e amigo fiel. Sua vida de humildade, obediência e serviço ressoa profundamente nos corações dos membros da Congregação Salesiana, inspirando-os a seguir seu exemplo no trabalho de educação e evangelização das juventudes.


Em 1870, o papa Pio IX declarou São José como Patrono da Igreja Universal. Recentemente, em 2020, com a Carta Apostólica Patris corde (Com coração de Pai), do Papa Francisco, celebrou-se os 150 anos da declaração de São José como padroeiro da Igreja. Nesse contexto, os Salesianos e as Filhas de Maria Auxiliadora renovam sua devoção ao Santo, confiando em sua intercessão constante e em seu exemplo de fé inabalável.


O QUADRO DE SÃO JOSÉ NA BASÍLICA DE MARIA AUXILIADORA (TURIM-ITÁLIA)





Memórias Biográficas de São João Bosco, Volume X, p. 1053-1055

“No dia 26 de abril, festa do Patrocínio de São José, finalmente se pôde contemplar em seu altar no Santuário de Maria Auxiliadora o quadro do Santo Patriarca, solenemente abençoado por Dom Bosco. Ele próprio quis realizar a sagrada cerimônia, da qual, muitos anos depois, o P. Francisco Picollo, escrevia as seguintes recordações:

Os olhares de todos se concentravam sobre o grande pano que cobria o quadro; enorme era a ansiedade para constatar se de fato o quadro era tão belo como tinha sido descrito. Quando a suave imagem de São José apareceu tal como Dom Bosco a tinha sugerido ao pintor Lorenzone, em cores tão bem equilibradas, ouviu-se no templo um murmúrio geral:
todos comentavam em voz baixa as próprias impressões.
- Como é bonito São José!, dizia um colega, veja como é suave o Menino Jesus que apoia sua cabeça sobre o peito do Santo...
- Está vendo o cestinho de rosas, dizia outro, sobre os joelhos do Menino? Ele entrega as rosas a São José que as deixa cair sobre o Oratório...
- São o símbolo das graças que nos quer conceder, acrescentava um terceiro...
- Não é um quadro o que estamos vendo; disse alguém, é alguma coisa que fala..., é uma pregação: basta olhar para logo compreender o que é a devoção a São José e quanto ele se interessa por nós!
Um som de campainha restituiu o silêncio entre os fiéis, enquanto a voz clara de Dom Bosco entoava: - Deus, in adiutorium meum intende... e invocava os sagrados carismas com que Deus enriquece as imagens dos Santos quando, pela bênção do sacerdote, deixam de ser coisa profana para se tornarem coisa sagrada. Dom Bosco abençoou o quadro que parecia sorrir a toda aquela multidão de jovens que nele depositavam sua própria confiança; depois cantou também a Missa solene.

Eu estava perto do altar e pude admirar o devoto elá do Servo de Deus que com frequência voltava os olhos para o quadro e que cantava com que comovida as orações ao Santo. Também o coral de mais de cem vozes juvenis que, do coro, cantaram: Como une roo-iris, refulge José entre as nuvens da glória, é como um ramalhete de rosas nos dias de inverno.., despertou na multidão de jovens secretas elevações espirituais. As rosas na mão de São José e os cânticos das vozes argentinas de centenas de jovens davam a impressão de estarmos num jardim embelezado pelo esplendor da majestade de São José e perfumado pelo aroma das virtudes do grande apóstolo da juventude, que estava a seus pés, concentrado no êxtase da sua piedade.


Dom Bosco mandou fazer fotografia do quadro que foram largamente difundidas pela livraria pela livraria do Oratório, e o Unità Cattolica, no dia 7 de maio, fazia este elogio:

Ite ad Joseph. Temos diante dos olhos uma bela fotografia, representando o Patrocínio de São José, do quadro a óleo posto num dos altares laterais de igreja de M. Santíssima Auxilium Christianorum no Oratório de S. Francisco de Sales em Turim.
O quadro é mais um trabalho do Sr. Lorenzone, cuja arte, particularmente em obras de caráter religioso, não precisa das nossas palavras para ser conhecida. Amigos e inimigos do excelente artista reconhecem concordemente que em questão de sentimentos, isto é, de expressão do afeto religioso, daquele não sei quê que fala à alma e que desperta vívidos e variados afetos do coração de quem admira a pintura, mesmo sem ser conhecedor da arte, o pintor não fica atrás de ninguém atualmente.
O conceito que domina o trabalho é simples, mas, especialmente devoto, adaptado à capacidade do povo, a fim de fazer-lhe captar, num simples olhar, a sublimidade e o poder do gloriosíssimo Esposo da Mãe de Deus. O Santo, ereto, em pé sobre uma nuvem, rodeado de anjos em atitudes variadas e muito devotas, traz nos braços o Menino Jesus, que apoia sobre os joelhos um cestinho cheio de rosas.
O Menino toma as rosas e as oferece a São José, que, aos poucos, vai deixando cair sobre a igreja de Maria Auxiliadora, que aparece na base do quadro. A atitude do Menino Jesus é muito graciosa, porque, voltado para seu Pai adotivo, lhe sorri com infinita doçura. Diante daquele sorriso divino, o Santo Patriarca parece extasiado, e poderíamos dizer que a alegria celestial do Divino Infante se duplica ao refletir-se na do amado semblante de São José.


A completar o delicioso grupo, ao lado do Menino Jesus, ereta, em pé, em atitude envolvente, a Santíssima Mãe Maria Virgem, como que arrebatada em contemplação daquele doce e inefável intercâmbio amoroso do seu Divino Filho e de seu puríssimo Esposo, parece fora de si pela infinita doçura que inunda seu coração.
Ainda um particular. O P. Francisco Giacomelli, ex-colega de Seminário do Santo, e depois da morte do Teól. Golzio, seu confessor, narrava que, ao notar que as rosas que São José deixava cair de suas mãos eram vermelhas e brancas, perguntou a Dom Bosco: - O que significam essas rosas brancas e vermelhas? Ele não respondeu. Então eu lhe disse - A mim parece que as rosas brancas representam as graças que agradam a nós, e as vermelhas as que agradam a Deus. Que acha? - Muito bem, ele respondeu, as rosas vermelhas são as melhores!”

O que fez são José antes de morrer, segundo dom Bosco e são Francisco de Sales

 


O que fez são José antes de morrer, segundo dom Bosco e são Francisco de Sales

Segundo dom Bosco, o santo patriarca teve uma experiência mística sem igual antes de sua morte, em que Jesus e Maria lhe disseram algumas palavras emocionantes. São Francisco de Sales também relatou o que são José teria dito a Cristo antes de morrer.

No livro Vida de São José, dom Bosco narra quais teriam sido os últimos momentos do pai adotivo de Jesus. O santo salesiano diz que são José “estava chegando aos oitenta anos”, quando um anjo o visitou para avisar que iria morrer.

No seu leito de morte, o santo custódio da Sagrada Família entrou em êxtase durante 24 horas e “testemunhou em espírito as dores da paixão do Salvador”. Ao acordar seu rosto estava iluminado, como se transfigurado, e havia um aroma agradável.

Dom Bosco descreve então como teria sido a despedida. “E parece-me que Maria dizia: 'Ó José, como te agradeço pela doce companhia que me fizeste, pelos bons exemplos que me deste, pelo cuidado que tiveste comigo e com as minhas coisas e pelas mais dolorosas dores que você sofreu por minha causa! Ah, você me deixa, mas sempre viverá na minha memória e no meu coração’”.

Dom Bosco diz que lhe parece que Jesus chamou seu pai adotivo de “meu José” e lhe disse que também morreria. Depois, o Senhor enfatizou a são José que este momento de escuridão seria breve e pediu-lhe que fosse anunciar a Abraão, Isaac e outros grandes do Antigo Testamento que deveriam esperar apenas alguns anos.

Depois, Jesus profetizou-lhe que viria a ressurreição, onde Ele ressuscitaria cheio de triunfo. “Alegra-te, querido guardião da minha vida, você foi bom e generoso comigo, mas ninguém pode me ganhar com a gratidão”, teria dito Cristo.

Dom Bosco não narra nenhuma resposta de são José, mas o seu santo padroeiro, são Francisco de Sales, apresenta quais seriam as suas últimas palavras. Em seu livro Tratado sobre o Amor de Deus, o Doutor da Igreja diz que são José teria se dirigido a Deus Pai com estas palavras: “Oh, Pai, eu cumpri a tarefa que me confiaste”.

Então, voltando-se para Cristo, ele disse: "Meu filho, assim como seu Pai celestial colocou seu corpo em minhas mãos no dia de sua vinda ao mundo, neste dia de minha partida deste mundo, coloco meu espírito nas suas”. 

Os últimos momentos e sepultura

Continuando o relato de dom Bosco, são José, antes de morrer, procurou levantar-se com muito esforço para adorar o Salvador. Ele queria se ajoelhar diante de Jesus para pedir perdão pelas suas faltas, mas Cristo não permitiu e o abraçou.

“Assim, apoiando a venerável cabeça no peito divino de Jesus, com os lábios próximos daquele adorável coração, José expirou, dando aos homens um último exemplo de fé e humildade. Era o décimo nono dia de março do ano romano de 777, o vigésimo quinto desde o nascimento do Salvador”, diz dom Bosco.

Depois, Jesus e Maria choraram diante do corpo de são José e o próprio Cristo lavou o corpo de seu pai adotivo, fechou os olhos e cruzou as mãos sobre o peito.

Ele o abençoou para que seu corpo não fosse corrompido e colocou “os anjos do paraíso” para guardá-lo.

Por fim, dom Bosco diz que o santo patriarca foi sepultado no Vale de Josafá, no túmulo de seus pais, situado perto do Monte das Oliveiras.


Leia também: Por quê Dom Bosco recorria ao Patrocínio de São José

Por quê Dom Bosco recorria ao Patrocínio de São José?


 Por quê Dom Bosco recorria ao Patrocínio de São José?

A partir de muitos escritos de Dom Bosco se pode verificar como era grande o amor do Santo a São José: Dom Bosco nomeou-o entre os patronos do seu Oratório; pôs os seus aprendizes nas oficinas sob a Sua proteção; e proclamou-o protetor nos exames, para os estudantes.

No texto “O jovem instruído”, Dom Bosco escreve: “São José, tendo tido a invejável felicidade de morrer assistido por Jesus e Maria, é-nos dado como Protetor dos moribundos. Manifestemos em nossa vida devoção a São José, para tê-lo como auxílio na hora da nossa morte”.

Memórias Biográficas

Na noite de 17 de fevereiro, referem as “Memórias Biográficas”, Dom Bosco assim falou aos seus meninos: “Amanhã começa ‘o mês de São José’ (18 de fevereiro-19 de março NdT) e desejo que todos se ponham sob a sua proteção: se vocês lhe rezarem de coração, ele lhes obterá qualquer graça de que precisarem, tanto espiritual quanto temporal”.

E no livrinho “Vida de São José”, por ele especialmente escrito, declara: “Por que, então, não deveríamos nós crer que, entre os Santos que são objeto do nosso culto religioso, São José é, depois de Maria, o mais poderoso de todos junto de Deus, e aquele que merece com maior razão a nossa confiança e as nossas homenagens?”.

Dom Bosco recorria a São José em todas as suas necessidades e exortava os outros a invocá-lo. Mais vezes recordava ao longo do ano a eficácia da sua intercessão; fazia celebrar a Festa do Patrocínio no terceiro domingo depois da Páscoa. Exultou de alegria quando, no dia 8 de dezembro de 1870, Pio IX o proclamou Patrono da Igreja Católica. Em 1871, declarou que em todas as suas casas salesianas se devia observar, como dia sem trabalho, o dia 19 de março.

Nas igrejas salesianas

Nas igrejas-que levantou, Dom Bosco quis que houvesse sempre um altar dedicado a São José. De fato, os peregrinos que, nas pegadas de Dom Bosco, visitam a Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim, e a do Sagrado Coração de Jesus ('Sacro Cuore'), em Roma, ainda hoje podem admirar duas esplêndidas telas que o representam sempre junto com Maria e Jesus.

Na de Turim, de Tommaso Lorenzone, o Menino entrega rosas a São José, rosas que ele deixa cair como graças sobre a casa de Valdocco.

Na tela romana, de Giuseppe Rollini, o Patrono da Igreja Católica manifesta de modo majestoso esta sua função, custodiando, do alto, com a mão, a Basílica de São Pedro, que um Anjo genuflexo lhe apresenta.

Em ambas as telas figuram no alto alguns querubins, que mostram uma faixa em que se explicita a mensagem para os observadores: “Ite ad Joseph” (Ide a José)!

Leia também: O Escapulário de São José

Dom Bosco e São José

 


São João Bosco foi grande devoto e promotor de São José, pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo e esposo de Maria Santíssima.

    Em 1867, Dom Bosco publicou um opúsculo de 22 capítulos sobre a Vida de São José. Na introdução, ele escrevia: “No mesmo silêncio no qual é envolta a sua vida, encontramos algo de misterioso e de grande. S. José tinha recebido de Deus uma missão totalmente oposta àquela dos apóstolos. Esses deviam por tarefa fazer Jesus conhecido; José deveria mantê-lo escondido; esses deveriam ser tochas que o mostrassem ao mundo; aquele um véu que o cobrisse. Portanto, São José não era para si, mas para Jesus Cristo”.

Devoção
Assim como Santa Teresa D’Ávila, Dom Bosco desenvolveu uma amizade espiritual com São José. Santa Teresa costumeiramente chamava São José como o “despenseiro do céu” e recorria ao santo em todas as suas necessidades, também naquelas materiais. Dom Bosco, igualmente, vai recorrer ao santo Patriarca em tantas necessidades do Oratório e colocá-lo como modelo para os artesãos, aprendizes e, ao fundar a Congregação Salesiana, tem São José como um dos seus Patronos.

Dom Bosco acreditava muito na intercessão de São José. Costumava dizer aos seus oratorianos: “Desejo que todos vocês se coloquem sob a sua proteção: se vocês rezarem de coração, ele vos obterá qualquer graça, seja espiritual, seja temporal, daquelas que possais mais necessitar. Entre as práticas de piedade a este grande Patriarca, esposo de Maria, Pai adotivo e guarda de Jesus Cristo, Santa Teresa muito recomenda, como eficaz para obter a sua proteção, a dedicação a ele do mês de março, no qual ocorre a sua festa”.

Quadro em Turim
Quando Dom Bosco construiu a Basílica de Maria Auxiliadora em Turim, fez questão de consagrar um dos altares laterais em honra de São José, e encomendou ao famoso pintor Lorenzone um quadro especial em sua honra. Esse altar permanece intacto, do jeito que Dom Bosco o inaugurou. Mesmo com a reforma e ampliação que ocorreu na Basílica, feita de 1934 a 1938, o altar não foi modificado.

As Memórias Biográficas narram um episódio muito tocante na noite em que o quadro foi desvelado. A Basílica estava lotada, com os salesianos e os alunos do Oratório. Quando se descerra o quadro, há um murmúrio de admiração que percorre toda a igreja. Muitos comentam sobre a beleza dos traços da Sagrada Família, a delicadeza de Jesus nos braços de São José, o semblante doce de Maria... e chama a atenção de todos que o Menino Jesus passava para as mãos de São José rosas brancas e vermelhas, que ele fazia cair sobre a Basílica de Maria Auxiliadora e o Oratório de Valdocco, que aparecia como era em 1870.

Dom Bosco está visivelmente emocionado. Começam então a se perguntar qual seria o significado das rosas que Jesus concede a São José fazer cair sobre o Oratório. “Certamente representam as graças que Jesus concede pela intercessão de São José”, alguém comenta. Dom Bosco então toma a palavra e diz: “As rosas brancas e vermelhas são as graças que Deus nos concede: também as rosas vermelhas, aquelas que são acompanhadas de dores, sofrimentos e sacrifícios, vêm de Deus e são as melhores”.

Como Família Salesiana, cresçamos, com os nossos destinatários da missão, na devoção, imitando as virtudes de São José. 

Conheça as Curiosidades sobre São José


 


Conheça as curiosidades sobre São José

Nome - O nome José – Yosef em hebraico – significa “Deus cumula de bens” ou “Deus acrescentará”.

Ano Jubilar – O Papa Francisco anunciou, em 2021, a celebração do Ano de São José. O objetivo é comemorar os 150 anos desde que o santo foi declarado padroeiro da Igreja Católica.

Patrono – São José é também padroeiro dos trabalhadores, dos migrantes e das famílias.

Salesianos – São José é um dos patronos da Congregação Salesiana.

Celebrações – São José é celebrado em três datas durante o ano: no dia 19 de março; na Festa de São José Operário, em 1º de maio; e na Festa da Sagrada Família, em 30 de dezembro.

Pai adotivo – Ele é o pai adotivo de Jesus. José soube que Maria estava grávida quando estavam noivos e pensou em abandoná-la, mas, durante um sonho, um anjo do Senhor lhe disse que a gravidez de Maria era obra do Espírito Santo. Ele, então, casou-se com ela.

Bíblia – Além de pouco mencionado na Bíblia, São José não apresenta nenhuma fala nos Evangelhos. Acredita-se que isso se deva ao fato de ter morrido quando Jesus tinha aproximadamente 20 anos.

Presença discreta – O Papa Francisco diz que São José representa “o homem que passa despercebido, o homem da presença cotidiana discreta e escondida”.

Ofício – José era carpinteiro e ensinou esse mesmo ofício a Jesus.

Nomes – O Papa Francisco deu sete nomes para São José: Pai amado, Pai na ternura, Pai na obediência, Pai no acolhimento, Pai com coragem criativa, Pai trabalhador e Pai na sombra.

Popularidade - A São José em todo mundo lhe é atribuído associações, empresas, hospitais, comércios, capelas, Igrejas e Santuários. São José é quase tão popular quanto a Santíssima Virgem Maria, na hierarquia das devoções e culto São José está em terceiro lugar.



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terça-feira, 28 de janeiro de 2025

São José

 

Festa Litúrgica                                                                            19 de Março


A
menção mais antiga sobre o culto a São José, no Ocidente, deu-se por volta do ano 800, no norte da França. No dia 19 de março, lê-se: “Ioseph sponsus Mariae”. A referência a José, esposo de Maria, tornou-se cada vez mais frequente entre os séculos IX e XIV. No século XII, os Cruzados construíram uma igreja em sua honra, em Nazaré. No entanto, no século XV, o culto a São José começou a se difundir graças a São Bernardino de Sena e, sobretudo, a João Gerson (+1420), chanceler da basílica de “Notre Dame” de Paris: ele manteve o desejo de dedicar, de modo oficial, uma festa a São José. Todavia, já havia algumas celebrações, em Milão, junto aos Agostinianos, e em muitos lugares da Alemanha. Entretanto, a partir de 1480, com a aprovação do Papa Sisto IV, começou-se a celebrar a sua festa em 19 de março, que, depois, passou a ser obrigatória, em 1621, com o Papa Gregório XV. O Papa Pio IX, em 1870, declarou São José padroeiro da Igreja Católica. Por sua vez, João XXIII, em 1962, inseriu seu nome no Cânon Romano da Santa Missa. Enfim, o Papa Francisco aprovou sete novas invocações na Ladainha de São José: Guardião do Redentor, Servo de Cristo, Ministro da salvação, Amparo nas dificuldades, Patrono dos exilados, Patrono dos aflitos, Patrono dos pobres.



"Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado” (Mt 1,16,18-21,24). A liturgia também propõe Lc 2,14-21).

Pai amado
José pôs-se a serviço do plano de salvação, cuidando da Sagrada Família, que Deus lhe confiou: foi um servo atencioso no momento da Anunciação; um servo prudente ao cuidar de Maria e do Menino, que carregava no seu seio; defensor da Família no momento de perigo. Estes são apenas alguns aspectos da figura de São José, que explicam por que o povo santo o venera com particular devoção.

Pai na ternura
José ensinou Jesus a andar, segurando-o pela mão. Jesus viu a ternura de Deus em José, homem justo. Em José, Jesus viu um homem de fé, que sabia encarar a vida com esperança, porque, em meio às tempestades, Deus permanece firme no leme do barco da vida.

Pai na obediência
O desígnio de Deus foi revelado a José em sonhos e a sua resposta sempre foi pronta: no momento da Anunciação do Senhor; quando Herodes queria matar o Menino; após a morte de Herodes. José era guiado por Deus e obedecia. Jesus respirou esta "submissão" filial a Deus e aprendeu a obedecer a seus pais.

Pai no acolhimento
A figura de José é apresentada como um homem respeitoso, delicado, capaz de colocar a dignidade e a vida de Maria acima de tudo, até mesmo da sua reputação. José aceita tudo, ciente de que é guiado pela providência de Deus; entende que a vida se revela na medida em que acolhe o plano de Deus e se reconcilia com seus desígnios. Eis o realismo cristão: acolher em Deus a própria história, para acolher o próximo.

Pai na coragem criativa
Diante das dificuldades, José sempre encontrou recursos mais inesperados. Ele é o homem através do qual Deus desenvolve os primórdios da história da salvação; os obstáculos não impedem a audácia e a obstinação deste homem, justo e sábio. Deus confia neste homem, como confiou em Maria. Por isso, ele foi o Custódio da Sagrada Família: a de Nazaré e a de hoje, que é a Igreja.

Pai trabalhador
O trabalho, entendido como participação na obra de Deus, foi desempenhado por José na sua vida e o ensinou ao seu filho Jesus: a importância do trabalho é a origem de uma nova "normalidade", da qual ninguém está excluído. A obra de São José recorda que o próprio Deus, feito o homem, não deixou de trabalhar, pois o trabalho é a garantia da dignidade humana.

Pai na sombra
Ser pai significa preparar o Filho às experiências da vida, à realidade, sem o prender, deter, tomar posse dele, mas fazer com que ele seja capaz de fazer suas escolhas, ser livre e poder partir. A lógica do amor é sempre a lógica da liberdade: a alegria de José é doar-se. Ele se tornou inútil e viveu na sombra, para que seu Filho pudesse emergir.

(cf. citações extraídas da Carta Apostólica “Patris Corde” do Papa Francisco)





segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

O Escapulário de São José, Origem e como usar este Sacramental

O Escapulário de São José

    Esta devoção deve a sua origem à Madre Maria da Cruz, uma religiosa terciária regular franciscana, superiora geral da sua congregação, ajudada na sua obra por um religioso de santa memória, o R. P. Pierre Baptiste, capuchinho. Este escapulário foi aprovado a 23 de janeiro de 1893, na festa do Casamento da Santíssima Virgem e de São José, pelo Papa Leão XIII, confiando a sua difusão aos Frades Menores Capuchinhos. 

Detalhes do Escapulário de São José

    Sobre os quadrados amarelos do escapulário são cosidas duas imagens. A imagem do primeiro lado lembra a missão de São José como Protetor do Divino Menino na sua infância sobre a terra e para todos os fiéis da Igreja de Cristo. É uma imagem de São José levando o Menino Jesus no seu braço direito e um lírio na sua mão esquerda. Por baixo da imagem está escrito: "São José, Protetor da Igreja, rogai por nós".

No segundo lado encontra-se uma imagem lembrando o papel de São José como muralha dos Papas e protetor da Igreja. É a visão de uma pomba que sobrevoa as Chaves de São Pedro. Por baixo da imagem está escrito: "O Espírito do Senhor o conduz".

O escapulário de São José tem três objetivos:

1. ELE OBTÉM-NOS O SOCORRO NECESSÁRIO NAS NOSSAS LUTAS QUOTIDIANAS FAZENDO-NOS LEMBRAR AS TRÊS PRINCIPAIS VIRTUDES DE SÃO JOSÉ: A HUMILDADE, A MODÉSTIA E A PUREZA.

2. A COR AMARELA SIGNIFICA A JUSTIÇA E A SANTIDADE DE SÃO JOSÉ, O ROXO A SUA MODÉSTIA E HUMILDADE E O BRANCO SUA PUREZA PERFEITA.

3. INVOCAR SÃO JOSÉ COMO PROTETOR DA IGREJA PARA QUE ELE A FORTIFIQUE E PROTEJA.

É também um grande socorro para o fiel no momento da sua última agonia, pois São José é o padroeiro da boa morte.

Para obter as graças desta devoção, é preciso que um sacerdote abençoe e imponha o escapulário segundo o ritual; que se traga dia e noite, exceto em casa de impossibilidade, e que se diga cada dia a invocação:

São José, nosso protetor, rogai por nós!

Se já se trouxer outro escapulário (assim como o de Nossa Senhora do Carmo), não se devem cozer os dois juntos de tal forma que fiquem como sendo um único. Para conservar seus privilégios, apenas se poderá prender por dois pontos de costura as extremidades dos dois cordões.

No caso de não mais se poder trazer esse escapulário por uma causa razoável poder-se-á substituí-lo por uma medalha (benta) de São José.

Bênção e imposição do escapulário


(Decreto da Sagrada Congregação dos Ritos de 18 de Abril de 1893)

Recebe-se o escapulário de joelhos, o sacerdote, revestido de sobrepeliz e da estola branca, começa assim:

O nosso auxilio está no nome do Senhor.
R. Que fez o Céu e a Terra.

O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

V. Oremos: 
Senhor Jesus Cristo, que quiseste ser confiado à guarda de São josé, o esposo de Maria Vossa Mãe Imaculada, dignai-vos abençoar este vestido instituído para proteger os fiéis da Vossa Igreja, para que o seu servo (a sua serva) Vos possa servir piedosamente e em segurança sob a proteção do mesmo São José, Vós que viveis e reinais por todos os Séculos dos séculos.
R. Amém.

Depois, o Sacerdote asperge o escapulário com água benta e impõe-o dizendo:


Recebei, irmão (irmã), o Escapulário de São José, esposo da bem-aventurada Virgem Maria, para que debaixo da sua guarda e proteção, sejais ao abrigo das insidias do demônio, e chegais à vida Eterna. Por Jesus Cristo Nosso Senhor.
R. Amém.

São José, nosso Protetor, rogai por nós!


Pode-se ganhar uma Indulgência plenária (nas condições do costume, confissão nos oito dias, sagrada comunhão no mesmo dia, rogar pelas intenções do Santo Padre o Papa, a exaltação da igreja, a propagação da fé, a extirpação da heresia, a conversão dos pecadores, a concórdia entre os príncipes cristãos) no dia da recepção, assim como nas festas de Natal, da Sagrada Família, da Purificação de Nossa Senhora, e de São José (19 de Março e 1 de Maio), se trouxer habitualmente este escapulário, e renovando nesses dias seu compromisso na associação.

Saiba como adquirir o Escapulário de São José: 12 99639-5642

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

O Consolo do Pai das Misericórdias na vida de São José Operário



Não podemos deixar de seguir o exemplo de São José


Não é de estranhar que São José buscava no Senhor o consolo em todas as adversidades que colocavam em prova o seu amor e confiança no Deus de Israel. Ele [São José] não deixou de dar sinais de sua fidelidade, quando se viu atordoado com o fato da gravidez de Maria antes de coabitarem. Mal sabia José dos desígnios de Deus para sua vida, este fato o fez ir além das respostas humanas e da forma como a cultura da época tratava tais situações, buscou em Deus a resposta e como proceder em tal situação, e não é de estranhar, pois, como José sendo de linhagem real Davídica, esperava o consolo de Deus que não tardou em lhe visitar em sonho e lhe apresentar o plano de salvação da humanidade do qual ele aderiu com tanto empenho, que Deus não teve receio em continuar a falar com ele e lhe confiar muito mais. Em São José, Deus encontrou uma alma tão fiel e disposta a colocar em prática suas ordens e colaborar com o Seu plano de salvação para a humanidade, que lhe confiou o seu Filho unigênito, sabendo assim que José não mediria esforços nem se pouparia diante dos desafios.


São José

Sabemos que não é fácil para ninguém ver seus objetivos e planos alterados para um projeto maior, muito mais quando isso exige de nós um escondimento, sem aparecermos ou sermos notado por alguém, deixando de lado toda vaidade e glória própria de todo trabalho em que possa nos render bons aplausos, mas São José precisou viver assim escondido, no silêncio, longe dos aplausos e honrarias deste mundo, enfrentado de forma sábia e corajosa as dificuldades que a missão a ele confiada exigia, no escondimento, no silêncio, na confiança em Deus, no amor a Jesus e Maria. Como pai adotivo do Filho de Deus, poderia ter servos a seu dispor ou até mesmo reclamar os benefícios de sua linhagem real, mas não foi assim que José fez e nem desta forma que viveu, pois sabia que precisava formar e educar o Filho de Deus nos bons modos e costumes da sua religião e do seu povo, ele [São José] confiou tanto em Deus e tudo fazia para Deus que jamais lhe pesou qualquer esforço porque sabia que Deus viria em seu socorro e seria seu consolo.

Ora as tribulações que São José viveu foram inúmeras e não estão longe das que vivemos no dia a dia, mas que graça olhar para o nosso santo e ver seu exemplo e dedicação em tudo fazer para Deus e não para si mesmo. São José não teve receio em viver a lei comum do trabalho, de ganhar o pão de cada dia com o suor de seu rosto, de honrar a Deus sustentando o Seu Filho, talvez São José tenha vivido as dificuldades de todo trabalhador em dimensão muito maior ao tentar empreender, falta de matéria prima, carestia, economia fraca e pouca procura de seus serviços, talvez algum problema de saúde o afligisse e o deixasse muitas vezes longe de suas atividades e com o coração aflito em pensar no tamanho de sua responsabilidade em prover ao Filho de Deus o necessário para uma vida digna, mas isso não abalou a fé de José de Nazaré em seu Deus, pois em seu coração carregava os grandes feitos de Deus na história de seu povo, na vida de Davi e como sempre ficava a esperar a intervenção Divina, o consolo do Pai das Misericórdias que ao lhe confiar uma Missão também lhe daria os meios de executá-la.

Muitas vezes, pensamos que servir e aderir aos planos de Deus é a melhor forma de não passarmos por tribulações, aflições, provas e dificuldades ou que até mesmo estamos nos protegendo dos desafios que a própria vida humana enseja. Estar perto de Deus é a forma mais sábia de viver a vida e saber suportar e passar pelas por todas as dificuldades. Com São José foi assim, ele não foi poupado de nada, mas teve em Deus um refúgio seguro para transmitir a Jesus e Maria o consolo do Pai das Misericórdias. Nos Evangelhos, Deus envia uma única vez o Anjo a Virgem Maria para anunciar-lhe que seria a Mãe do Salvador e ouvir dela “faça-se em mim segundo a tua palavra” já a São José o Anjo lhe falou 4 vezes ou seja lhe era garantida a assistência constante de Deus para que ele [São José] fosse o consolo constante de Deus na vida de Jesus e Maria, que abençoada deve ter sido esta experiência de José em contar sempre com a presença de Deus por meio de seus sonhos proféticos.

Não podemos deixar de seguir o exemplo de São José que, com seu trabalho simples e humilde, glorificou a Deus em todas as situações de bonança ou adversidade, nos confiemos a ele [São José] todos os dias e busquemos o imitar no em suas virtudes para assim atrair a presença de Deus em nossas vidas e ter o consolo do Pai das Misericórdias que nos ama infinitamente.





Ato de Devoção a São José

“Ó bem-aventurado José! Pai adotivo de Jesus, digno esposo de Maria, Rainha das Virgens, consagro-me à vossa veneração e me entrego inteiramente a vós. Sede meu pai, meu protetor e meu guia nos caminhos da salvação; obtende para mim uma grande pureza de corpo e de alma, e a graça de fazer, a vosso exemplo, todas as minhas ações para a maior glória de Deus, em união com vosso puríssimo coração e os sagrados corações de Jesus e de Maria,; assisti-me todos os dias, e sobretudo na hora de minha morte. Amém.”

Deus abençoe!
José João

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

1º Dia - 33 Dias de Preparação - Consagração a São José

                     


Consagração a São José


1º Dia - “Por que uma consagração a São José?”


Roteiro


Com este Roteiro você tem todo o conteúdo necessário para se Consagrar a São José, estão as meditações de cada dia, a leitura e as orações para te ajudar, basta apenas clicar nos vídeos e os mesmos serão reproduzidos sem necessitar sair desta página. Caso deseje pode acompanhar com o livro os textos.


1 - Reflexão sobre o TEMA de hoje, acompanhe no livro página 27



2 - Orações para este dia

Vem, Espírito Santo


Ladainha de São José 



3 - Encerramento

Encerre rezando uma Ave Maria suplicando a Virgem Maria que te ajude a ser um filho espiritual de seu esposo São José.


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém


Outras orações se desejar fazer.

Terço de São José



Memorare a São José (Lembrai-vos)



quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Um Testemunho da Trintena de São José

A oração dos 30 dias a São José, uma poderosa devoção católica



A oração dos 30 dias a São José é uma especial devoção que consiste em honrar o santo pai adotivo do Menino Jesus ao longo de trinta dias consecutivos, elevando-lhe uma oração que o louva pela sua completa fidelidade a Deus por meio da total entrega à missão de cuidar da Sagrada Família de Nazaré.


Um poderoso testemunho sobre a oração dos 30 dias a São José

Antes, porém, compartilhamos o depoimento de um sacerdote a respeito do poder da intercessão de São José, que ele testemunhou ao longo de mais de trinta anos.

O sacerdote em questão é o pe. Gonzalo Mazarrasa, espanhol, que vinha rezando essa oração já fazia quase 30 dias quando seu irmão Jaime, que era piloto de avião, sofreu um grave acidente aéreo junto com outras 98 pessoas a bordo de uma aeronave que se partiu ao meio durante a aterrissagem na cidade de Granada, no sul da Espanha.

Era 30 de março de 1992. O avião McDonnell Douglas DC-9, da companhia Aviaco, tinha decolado de Madri perfazendo o voo 231. Em condições de chuva intensa e fortes rajadas de vento, o trem de pouso atingiu o solo do aeroporto de destino com grande força, fazendo o avião voltar a se elevar como efeito do impacto e cair novamente sobre a pista, rachando-se em duas partes que acabaram se rompendo completamente enquanto a aeronave se arrastava com velocidade. As partes do avião chegaram a se afastar cerca de 100 metros uma da outra. Apesar de toda a violência desse impacto, porém, todos os 94 passageiros e os 5 tripulantes sobreviveram. O caso foi descrito como “o do avião do milagre”.


Eis o depoimento do pe. Gonzalo:

"Eu estava estudando em Roma em 1992 e morava no Colégio Espanhol de São José, que, naquele ano, celebrava o seu centenário (…) Estava terminando uma oração de 30 dias para pedir ‘coisas impossíveis’ ao Santo Patriarca, quando um avião se partiu em dois ao pousar numa cidade da Espanha com quase cem pessoas a bordo. O piloto era meu irmão. Houve apenas uma pessoa gravemente ferida, que, depois, se recuperou. Naquele dia, eu soube que São José tem muito poder diante do Trono de Deus. Neste ano, voltei a fazer a oração dos 30 dias ao Esposo de Maria, neste mês de março. Já faço essa oração há 30 anos e ele nunca me decepcionou. Pelo contrário, sempre superou em muito as minhas esperanças. Eu sei em quem confio. Para entrar neste mundo, Deus só precisou de uma mulher. Mas também era necessário que um homem cuidasse dela e do Seu Filho, e Deus pensou num filho da Casa de Davi: José, o Esposo de Maria, de quem nasceu Jesus, chamado Cristo".

A oração dos 30 dias a São José

Apresento, a seguir, um modelo de oração de 30 dias a São José. O fiel pode rezá-la ao longo de trinta dias consecutivos, apresentando a São José, no final da oração, os pedidos pelos quais gostaria que ele intercedesse junto a Deus, na qualidade de pai adotivo do Seu Filho, esposo de Nossa Senhora e padroeiro universal da Igreja.


Amado São José,
Do abismo da minha pequenez, ansiedade e sofrimento, eu te contemplo com emoção e alegria no céu, mas também como pai dos órfãos sobre a terra, consolador dos tristes, amparo dos desvalidos, regozijo e amor dos teus devotos perante o trono de Deus, do teu Jesus e de Maria, tua santa Esposa.

Por isso, pobre e necessitado, a ti dirijo hoje e sempre as minhas lágrimas, meus rogos e clamores da alma, meus arrependimentos e esperanças; e hoje, especialmente, trago a ti uma dor para que a alivies, um mal para que o remedies, uma desgraça para que a impeças, uma necessidade para que a socorras, uma graça para que a obtenhas para mim e para as pessoas que amo.

E, para comover-te, durante trinta dias contínuos te pedirei e te rogarei, em reverência aos trinta anos que viveste na terra com Jesus e Maria, e te pedirei urgente e confiadamente, invocando as diversas etapas e sofrimentos da tua vida. Sobram-me motivos para ter a confiança de que não tardarás em ouvir o meu pedido e remediar minha necessidade; tão firme é minha fé na tua bondade e no teu poder que tenho a certeza de que me conseguirás o que necessito e até mais do que te peço e desejo.

1 – Peço-te pela bondade divina que levou o Verbo Eterno a se encarnar e nascer na pobre natureza humana, como Deus de Deus, Deus Homem, Deus do Homem, Deus com o Homem.

2 – Suplico-te pela tua obediência ao Espírito ao não abandonares Maria, mas a tomares como esposa e ao seu filho como teu, tornando-te pai adotivo de Jesus e protetor de ambos.

3 – Rogo-te pelo teu sofrimento quando buscavas um estábulo para berço de Deus, nascido entre os homens; pela tua dor ao vê-lo nascer entre animais, sem lhe poderes conseguir lugar melhor.

4 – Peço-te pela abertura do teu coração ao te deixares comover com o louvor dos pastores e com a adoração dos reis do Oriente; pela tua incerteza ao pensares no que seria desse Menino, tão especial e, ao mesmo tempo, tão igual a todos os outros.

5 – Suplico-te pelo teu sobressalto ao escutares do anjo a morte decretada contra o teu filho, o próprio Deus; pela tua obediência e pela tua fuga até o Egito, pelos medos e perigos do caminho, pela pobreza do desterro e pelas tuas ansiedades ao voltares do Egito a Nazaré.

6 – Peço-te pelas tuas aflições dolorosas de três dias ao perderes Jesus e pelo teu alívio ao encontrá-lo no templo; pela tua felicidade nos trinta anos que viveste em Nazaré com Jesus e Maria confiados à tua autoridade e providência.

7 – Rogo-te e espero pelo heroico sacrifício e aceitação da missão do teu filho na cruz, de morrer por nossos pecados e pela nossa redenção.

8 – Peço-te pelo desprendimento com que todos os dias contemplavas as mãos de Jesus, a serem um dia perfuradas pelos pregos da cruz; aquela cabeça, que se reclinava ternamente sobre o teu peito, a ser coroada de espinhos; aquele corpo inocente que abraçavas sobre o teu coração, a ser sangrado nos braços da cruz; aquele momento último em que o verias expirar e morrer, por mim, pela minha alma, pelos meus pecados.

9 – Peço-te pela tua doce passagem desta vida nos braços de Jesus e Maria, e pela tua entrada no céu dos justos, onde tens o teu trono de poder.

10 – Suplico-te pelo teu regozijo e alegria quando contemplavas a ressurreição de Jesus, sua ascensão e entrada nos céus e seu trono de Rei.

11 – Peço-te pela tua felicidade quando viste Maria ser assunta aos céus pelos anjos e coroada pelo Eterno, entronizada junto contigo como mãe, senhora e rainha dos anjos e homens.

12 – Rogo e espero confiantemente, pelos teus trabalhos, dores e sacrifícios na terra e pelos teus triunfos e glória, a feliz bem-aventurança no céu, com teu filho Jesus e tua esposa Maria Santíssima.

Ó meu bom São José! Sinto em mim uma força misteriosa, que me alenta e obriga a te pedir e suplicar e a esperar que me obtenhas de Deus a grande e extraordinária graça que vou depositar perante o teu altar e imagem e perante o teu trono de bondade e poder no céu: confio em ti, querido São José.

Neste momento, elevando o coração ao alto, apresentar a Deus, com a ajuda de São José e com amorosa instância, a graça que se deseja.


Boa jornada nestes 30 dias que se seguem.

Deus o abençoe!
José João






A Trintena de São José



A  Trintena a São José é uma devoção recomendada por Santa Teresa D’Ávila como fonte de inúmeras graças. A trintena deve ser rezada durante trinta dias contínuos com piedade, devoção e terna confiança filial, suplicando uma graça específica ao Glorioso São José, Patrono da Igreja Católica.

    Se as disposições do teu coração estiverem alargada recomendo durante este período buscar o sacramento da confissão e oferecer uma penitência ou mortificação durante estes 30 dias. O importante é termos o desejo de verdadeira mudança interior e sermos mais agradáveis a Deus. Boa jornada nestes 30 dias.


Comece a Rezar a Trintena de São José durante 30 dias.

    Ó Amabilíssimo Patriarca São José! Do abismo da minha pequenez e miséria, contemplo-Vos, com emoção e alegria da minha alma, no Vosso Trono do Céu, como glória e gozo dos bem aventurados, mas também como Pai dos órfãos na terra; Consolador dos tristes; Amparador dos desvalidos; Auxiliador dos Anjos e Santos, diante do Trono de Deus, do Vosso Jesus e da Vossa Santa Esposa.

    Por isso, eu, pobre, desvalido, triste e necessitado, a Vós dirijo, hoje e sempre, minhas lágrimas e penas, minhas súplicas e clamores da alma, meus arrependimentos e minhas esperanças, e hoje, especialmente, trago-Vos, diante do Vosso altar e da Vossa imagem, uma pena para que consoleis; um mal para que remedieis; uma desgraça para que a impeçais; uma necessidade para que me socorrais; uma graça para que obtenhais para mim e para os meus entes queridos.

    E para Vos comover e Vos obrigar a me escutar e me obter estas graças, Vo-las pedirei e demandarei durante trinta dias contínuos, em reverência aos trinta anos que vivestes na terra com Jesus e Maria, e o farei urgente e confiantemente, invocando todos os títulos que tendes para compadecer-Vos de mim, e todos os motivos que tenho para esperar que não tardareis a ouvir minha súplica e remediar a minha necessidade e remediar a minha necessidade. Sendo tão certa a minha fé em Vossa bondade e poder que, ao senti-la, Vos sentireis também obrigado a me obter e me dar ainda mais do que Vos peço e desejo.

    Ó São José, peço-Vos esta graça pela Bondade Divina que obrigou o Verbo Eterno a se encarnar e nascer na pobre natureza humana, como Filho de Deus, Deus homem e Deus do homem. Suplico-Vos, ainda, pela Vossa ansiedade imensa ao sentir-Vos obrigado a abandonar a Vossa Santa Esposa. 

    Rogo-Vos pela Vossa resignação dolorosíssima para buscar um estábulo e um presépio como palácio e berço de Deus nascido entre os homens. Imploro-Vos, também, pela dolorosa e humilhante circuncisão do Vosso Jesus, e pelo Santo, Glorioso e Dulcíssimo Nome que Lhe impusestes por ordem do Eterno Pai. Demando-Vos esta graça pelo Vosso sobressalto ao ouvir do Anjo a morte decretada por Herodes contra o Vosso Filho Deus, e pela Vossa obedientíssima fuga para o Egito; pelas penalidades e perigos do caminho; pela pobreza extrema do desterro e pelas Vossas ansiedades ao voltar do egito a Nazaré.

    Peço-Vos pela Vossa aflição dolorosíssima de três dias, ao perder o Vosso Filho, e pela Vossa consolação suavíssima ao encontrá-lo no templo.
Peço-Vos pela Vossa felicidade inefável dos trinta anos que vivestes em Nazaré com Jesus e a Virgem Maria, sujeitos à Vossa autoridade e providência.

    Rogo-Vos e espero pelos méritos infinitos do heroico sacrifício com que oferecestes a Vítima do Vosso Jesus ao Deus Eterno, para a cruz e para a morte, pelos nossos pecados e nossa Redenção.

    Demando-Vos, pela dolorosa previsão que Vos fazia contemplar todos os dias aquelas Mãozinhas Infantis cravadas depois na Cruz por agudos pregos; aquela cabeça que se reclinava dulcissimamente sobre Vosso peito, coroada de espinhos; aquele divino corpo que estreitáveis contra o Vosso coração, despido, ensanguentado e estendido sobre os braços da Cruz; aquele último momento em que O víeis expirar e morrer.

    Peço-Vos pela Vossa dulcíssima passagem desta vida nos braços de Jesus e de Maria Santíssima, pela Vossa entrada no Limbo dos Justos e, enfim, nos Céus. Suplico-Vos pelo Vosso gozo e pela Vossa glória, quando contemplastes a Ressurreição do Vosso Jesus, sua Ascensão e entrada nos Céus e seu trono de Rei imortal dos séculos.

    Demando-Vos, enfim, pela Vossa alegria inefável, quando vistes sair do sepulcro a Vossa Santíssima Esposa Ressuscitada e ser Assunta aos Céus pelos Anjos, Coroada pelo Eterno e entronizada num sólio junto ao Vosso.

    Peço-Vos, rogo-Vos e espero confiantemente pelos Vossos trabalhos, penas e sacrifícios na terra, e pelos Vossos triunfos, glórias e feliz bem-aventurança nos Céus, com o Vosso Filho Jesus e a Vossa Esposa Santa Maria.

    Ó meu Bom Patriarca São José, eu, inspirado nos ensinamentos da Santa Igreja, dos seus Doutores e Teólogos, e no senso de fé comum e universal do povo cristão, sinto em mim uma força misteriosa, que me alenta e me obriga a Vos pedir, suplicar e esperar que me obtenhais de Deus a grande e extraordinária graça que estou apresentando diante da Vossa imagem e do Vosso trono de bondade e poder nos Céus: 
(Aqui, elevando o coração ao alto, pede-se a São José, com amorosa insistência e confiança, a graça que se deseja alcançar)
Obtende-me também para os meus e para os que me pediram que rogasse por eles, tudo quanto desejam e lhes for conveniente e para a sua salvação. Rogai por nós, ó Glorioso Patriarca São José. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!

    Ó Deus, que em Vossa inefável Providência escolhestes São José para Esposa de Maria Santíssima e Pai do Vosso Filho, fazei que, venerando-O na terra como Protetor, mereçamos tê-lo como Intercessor no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!



Boa oração nestes 30 dias em que você se dispôs a estar unido a São José.


Deus o abençoe!
José João





sábado, 28 de dezembro de 2024

Como fazer uma Carta á São José?

 


Como fazer uma carta a São José? Eu não sabia como iniciar, como escrever, mas já conhecendo a muito tempo sua poderosa intercessão, rezando todos os meses a Novena Perpétua a São José e a partir de tudo aquilo que os santos escreveram sobre ele como: Santo Agostinho, Santa Teresa D´Ávila, Santo Tomás de Aquino, São Pedro Julião Eymard, Santa Teresinha do Menino Jesus e tantos outros, resolvi escrever este texto para ajudar as pessoas a escrever esta carta com base nos testemunhos de pessoas que já escreveram e alcançaram os milagres pedidos.

 A grande intercessão de São José está intimamente ligado ao fato de ser escolhido por Deus para o ser o pai legal de Seu Filho Jesus e esposo castíssimo da Virgem Maria. Se Jesus honrou a paternidade de São José sendo-lhe obediente neste mundo, São José glorificou a Deus sendo um verdadeiro pai ao Filho de Deus que teve em São José o exemplo de servo bom e fiel aos desígnios de Deus o plano da Redenção da humanidade. No céu temos certeza que a intercessão de São José é poderosa. Sendo da vontade de Deus o que pedimos a São José para interceder, receberemos do bom Deus as graças necessárias a nossa santificação.



    Como São José é invocado pela Igreja Católica como o protetor das Famílias, padroeiro dos trabalhadores, Patrono da Igreja Universal, dos moribundos, terror dos demônios entre outros, não nos negará nada porque Deus o constituiu a
"nos socorrer em todas as nossas necessidades" como nos afirma Santa Teresa D´Ávila. Interessante que a Igreja nos leva a afirmar nas orações finais da Ladainha dedicada a ele [São José] que Deus o fez senhor de sua casa e fê-lo príncipe de todos os seus bens. 

    A intenção de escrever uma carta a São José deve ser o desejo de ser agradável a Deus como ele [São José] o foi. É importante fazer a Carta para São José durante uma Novena a ele dedicada (todos os meses costumo rezar a "Novena Perpetua a São José", de 10 a 18 de cada mês no Youtube), sendo sincero em suas intenções e neste tempo da Novena procurar os meios necessários a sua conversão e santificação, a própria Novena o ajudará a viver bem os nove dias que antecedem o dia 19 de cada mês dedicado a São José. Abaixo segue um modelo de carta do qual você pode fazer conforme seu desejo e intenção.

Carta a São José (modelo)

“Querido São José,
modelo de pai, esposo e trabalhador, homem que Deus confiou para proteger e nutrir o menino Jesus.
Escrevo essa carta para lhe pedir ajuda,
(descreva resumidamente o seu problema)
Peço-lhe que interceda por nós nessa causa diante do trono de Deus nos abençoando com…
(escreva o seu pedido)
Rogo por este milagre e agradeço-lhe por tudo, ó protetor da Sagrada Família e Terror dos Demônios.
Valei-me São José.
Com carinho,
(seu nome)”



A pós a escrita da carta a coloque debaixo de uma imagem de São José que tenha em sua casa ou na Igreja/Capela mais próxima de sua casa.


Deus abençoe!
José João






História da Devoção à Carta a São José

 


A história da devoção à Carta a São José é uma prática piedosa que envolve a escrita de uma carta ao pai adotivo de Jesus, pedindo sua intercessão junto a Deus. São José, conhecido por sua humildade, pureza, bondade, trabalho árduo e profunda fé em Deus, é um dos santos mais venerados na Igreja Católica.

História da Devoção a carta a São José

A devoção a São José remonta aos primeiros séculos do cristianismo, mas ganhou mais popularidade ao longo dos séculos. Foi especialmente promovida por grandes santos e papas. São José é frequentemente invocado como patrono das famílias, dos trabalhadores, da boa morte e terror dos demônios.

A prática específica de escrever uma carta a São José não possui uma origem clara e documentada, mas está enraizada na tradição católica de oração e intercessão. Muitas pessoas sentem um chamado especial para suplicar a intercessão de São José de forma pessoal, escrevendo cartas que expressam suas necessidades, agradecimentos e pedidos de graças impossíveis a olhos humanos.

Esta devoção da Carta a São José tornou-se mais conhecida por meio das Missionárias da Divina Revelação do qual nos relata a irmã Rebecca Nazzaro, superiora das Missionárias da Divina Revelação.


Quando no fim do mês de Dezembro de 2006 entrei no estacionamento do imóvel situado em Roma, na Via Delle Vigne Nuove, não pensei que estava se cumprindo a profecia de São José.

Me chamo Irmã Rebecca Nazzaro, superiora das Missionárias da Divina Revelação. A nossa comunidade nasceu na diocese de Roma em 11 de Fevereiro de 2001, depois de uma longa gestação de consagração laical com caráter religioso. Nascemos espiritualmente na gruta de Tre Fontane, onde a Virgem Maria apareceu com o título de Virgem da Revelação, a um homem, Bruno Cornacchiola, que combatia a Igreja Católica e queria assassinar o Papa Pio XII. A nossa missão é dedicada a nova evangelização com o propósito específico de tornar amada a Igreja Católica nos seus “Três Amores Brancos”: A Eucaristia, a Imaculada e o Santo Padre.

Quando iniciamos, a nossa sede era um pequeno apartamento emprestado à nós por caros amigos devotos da Virgem da Revelação. Do primeiro núcleo de 7 irmãs, passamos para 9, 10... O Vicariato de Roma, reconhecendo neste crescimento o sinal da bênção de Deus, nos confiou um apartamento de propriedade da Diocese, no centro de Roma, no último piso, onde no terraço se podiam admirar todas as cúpulas das igrejas do centro histórico alternadas a sofisticadas antenas parabólicas.

Parecia que tínhamos atingido uma decorosa organização para o nosso crescimento e desenvolvimento do nosso apostolado. O terraço era o nosso salão de visitas, as igrejas vizinhas, o nosso oratório, o jardim era o Circo Máximo e os nossos passeios dominicais aconteciam na Ilha Tiberina. O Senhor, na Sua infinita bondade, continuava a enviar moças que, devotas da Virgem da Revelação, pediam para fazer experiência conosco. Como acolhê-las? A nossa hospedagem era um quarto usado como sacristia e sala de reuniões... Precisávamos de alguns quartos a mais!

Então tornamos às nossas orações e às nossas procuras... Claro, as condições econômicas eram muito escassas, mesmo se muitas pessoas, incluindo os nossos pais, se dispusessem a pagar um eventual financiamento.

Junto com a Vigária, Irmã Daniela, iniciei a ver muitos imóveis de institutos religiosos, pequenos e grandes, esperando com fé pela Providência. A procura durou mais de 3 anos sem nenhum sucesso. Tínhamos já invocado São José muitas vezes, dedicando a ele as orações do mês, as novenas, o sacro manto (devoção a São José de 30 dias com ladainha e orações), mas... nada!

Um dia encontro uma religiosa, “Filha de São José”, lhe confio a nossa amargura por não ter ainda encontrado uma solução adequada para a nossa comunidade em crescimento e pergunto se teria uma oração “especial” para me sugerir.

Com muita determinação me sugere de escrever uma carta a São José. Dizer que fiquei maravilhada pela proposta é pouco... e pedi mais explicações. Ela me confirma a sugestão de escrever uma carta a São José elencando nos detalhes as necessidades da nossa comunidade, porque São José nos atenderia exatamente nos detalhes. Se despede de mim dizendo que era segura que receberíamos tudo aquilo que precisávamos.

Eu não era nem um pouco convencida deste tipo de “oração” e reuni a comunidade para escrevermos juntas a carta a São José. Nos sentamos entorno da mesa e perguntei às irmãs como elas queriam o convento, porque São José responderia com precisão. Falava com elas em tom de brincadeira para esconder a minha incredulidade. As irmãs, cheias de fé e com tanta devoção, começaram a enumerar seus pedidos: de uma bela capela a um grande refeitório, do jardim a quarto de hóspedes, de uns 30 dormitórios a salas de estudos e conferência, sem faltar a estátua de São José e eu, para concluir, acrescento o pedido de uma minivan do tipo “Serena” da marca Nissan. O pedido foi escrito em 7 de Junho de 2006 em uma simples folha que colocamos atrás de um quadro de São José, a única imagem que havíamos do santo.


Nenhuma de nós se lembrava daquela carta e quando, em Dezembro de 2006 fomos convidadas a visitar o edifício que nos foi proposto, não pensávamos minimamente que São José o tinha preparado especialmente para nós.
Surpresas pelo tamanhos do edifício, eu e a Irmã Daniela, procuramos acabar imediatamente com o encontro porque já sabíamos que não tínhamos a possibilidade econômica para um aluguel, e muito menos para uma compra!

A irmã, comissária pontifícia encarregada de encontrar uma solução para a precedente comunidade que habitava neste edifício, a qual estava terminando, retificou o meu pensamento me dizendo que deveríamos somente que cuidar das últimas irmãs idosas que permaneceram e que tudo um dia seria nosso. Não! Não podíamos crer! Saímos do portão e na garagem vejo uma minivan... Nissan... Serena... Não conseguíamos crer nos nossos olhos! Voltamos para casa e contamos tudo às irmãs. Uma semana depois, em 6 de Janeiro de 2007, demos a confirmação que aceitávamos a proposta.

Em 11 de Fevereiro de 2007, memória da Bem-aventurada Virgem de Lourdes e 6º aniversário da nossa aprovação pela Igreja, com todas as irmãs, fui no imóvel para almoçar com as irmãs idosas da outra comunidade em declínio. Todas, de ambas as comunidades, estávamos plenas de alegria e dos nossos corações um hino de agradecimento se elevava ao Senhor.


Finalmente, em 25 de Junho de 2007, nos transferimos ao nosso novo ninho, nos doado pelo Senhor, por intercessão de São José, para iniciar uma nova aventura.  Em 1º de Julho, fizemos celebrar uma Missa Solene de agradecimento ao Senhor, cheias de gratidão pelo grande dom recebido, mas conscientes também da responsabilidade de tal dom.

Logo, dissemos umas às outras: “ se o Senhor nos deu uma casa tão grande é porque quer que a abramos para acolher quem deseja encontrá-lo, quem aspira viver momentos de alegria e paz, aquela alegria e aquela paz que somente Jesus nos pode dar”.

Desde então São José é invocado por nós com tanta fé e amor, certas de que ele saberá escutar o nosso grito de ajuda em meio as provas que a vida sempre reserva. Devo acrescentar que tantas vezes pedi perdão a São José pela minha inicial incredulidade, quando quase de brincadeira encorajei as minhas irmãs à escrever a nossa carta dos desejos. Obrigada São José, obrigada Jesus que sempre escuta aquele que em vida não Vos negou nada!


    A Devoção a São José é marcada pela vida dos homens e mulheres da Igreja que assumem a paternidade espiritual de São José em suas e descobrem nesta devoção uma via de encontro com Deus por meio de pequenos Atos. Agora que temos um lindo testemunho desta prática devocional, podemos enriquecer nossa experiência com São José por meio deste ato de devoção.



Deus te abençoe!
José João