quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Mês Dedicado a São José

 Março, mês de São José, padroeiro da Igreja Universal


“Todos podem encontrar em São José um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade” (Papa Francisco)

A tradição da Igreja atribuiu uma devoção especial a cada mês do ano, e o mês de março é dedicado em particular a São José, casto esposo da Virgem Maria e padroeiro da Igreja Universal.

São José é conhecido como o “santo do silêncio” porque não se conhece uma palavra pronunciada por ele, mas sim as suas obras, sua fé e amor que influenciaram em Jesus e em seu santo matrimônio.

Uma das pessoas que mais difundiu a devoção a São José foi santa Teresa d’Ávila, que através da intercessão do santo foi curada de uma doença que a deixou quase paralisada e que era considerada incurável.

Santa Teresa costumava repetir que “outros santos parecem ter um poder especial para resolver certos problemas. Mas Deus concedeu a São José um grande poder para ajudar em tudo”.

Até o final de sua vida, a santa carmelita disse que “durante 40 anos, todos os anos, na festa de São José, pedi-lhe alguma graça ou favor especial, e não falhou comigo nem uma vez. Eu digo àqueles que me escutam que façam o ensaio de rezar com fé a este grande santo, e verão os grandes frutos que conseguirão”.

O Papa Francisco também dedicou várias reflexões a São José. Através de um decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, decidiu fazer uma pequena modificação nas orações da missa para incentivar a devoção a este santo.

Com esta modificação, São José é mencionado nas Orações Eucarísticas II, III e IV da terceira edição típica do Missal Romano, colocando-se após o nome da Virgem Maria.

Em dezembro de 2017, na homilia da missa que presidiu na Casa Santa Marta, o papa disse sobre São José que “deste homem que assumiu a paternidade e o mistério afirma-se que era a sombra do Pai, a sombra de Deus Pai. E Jesus homem aprendeu da vida, do testemunho de José, a chamar ‘papá’, ‘pai’, ao seu Pai que conhecia como Deus: o homem que preserva, que faz crescer, o homem que leva em frente qualquer paternidade e qualquer mistério, mas nada conserva para si. Nada”.

O papa convocou um Ano de São José de 8 de dezembro de 2020 a 8 de dezembro de 2021, para comemorar os 150 anos do decreto Quemadmodum Deus, por meio do qual o Beato Pio IX declarou São José como Patrono da Igreja.

Para isso, Francisco escreveu a carta apostólica Patris Corde para que “todos os fiéis, seguindo o seu exemplo (de São José), possam fortalecer diariamente a sua vida de fé em plena realização da vontade de Deus”.

“Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença cotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade”, escreveu o papa em Patris Corde.

Viva intensamente o Mês de Março com São José acessando o conteúdo neste link: Hoje Começa o Mês de São José


Leia também: 10 Maneiras de honrar São José neste mês de Março

1º Dia - 1º Dia - Mês de Março com São José

2º Dia - 2º Dia - Mês de Março com São José

3º Dia - 3º Dia - Mês de Março com São José





10 Maneiras de honrar São José

 

O que o mês de março significa para os católicos e como honrá-lo em sua casa.

Você sabia que na Igreja Católica, cada um dos 12 meses do ano tem um tema devocional?Para os católicos, março é o mês dedicado a São José, padroeiro dos trabalhadores, famílias, lares e uma morte feliz. É interessante pensar assim: fevereiro é dedicado à Sagrada Família, seguido por março, dedicado a São José, que é o chefe dessa família. Nas palavras de São Tomás de Aquino: “Alguns santos têm o privilégio de estender-nos seu patrocínio com eficácia específica em determinadas necessidades, mas não em outras; mas nosso santo padroeiro São José tem o poder de nos ajudar em todos os casos, em todas as necessidades, em todos os empreendimentos. ”

Vamos as 10 dicas pra viver bem o mês de São José

1 – FAÇA ORAÇÕES ESPECÍFICAS A SÃO JOSÉ PELAS SUAS INTENÇÕES ESPECIAIS

Peça diretamente a ele que interceda pelas intenções mais vívidas do seu coração, dedicando especiais orações voltadas a ele.

     Ó São José, cuja proteção é tão grande, tão forte e tão imediata diante do trono de Deus, a vós confio todas as minhas intenções e desejos. Ajudai-me, São José, com a vossa poderosa intercessão, a obter todas as bênçãos espirituais por intercessão do vosso Filho adotivo, Jesus Cristo Nosso Senhor, de modo que, ao confiar-me, aqui na terra, ao vosso poder celestial, Vos tribute o meu agradecimento e homenagem. Ó São José, eu nunca me canso de contemplar-Vos com Jesus adormecido nos vossos braços. Não ouso aproximar-me enquanto Ele repousa junto do vosso coração. Abraçai-O em meu nome, beijai por mim o seu delicado rosto e pedi-Lhe que me devolva esse beijo quando eu exalar o meu último suspiro. São José, padroeiro das almas que partem, rogai por mim! Amém. 

2 – HONRE SEU PRÓPRIO PAI

Ofereça a São José um presente todo especial: trate o seu próprio pai com especial carinho neste mês, seja ele seu pai biológico ou adotivo, esteja ele neste mundo ou já tenha partido para a eternidade. Ah, também vale estender esse carinho ao avô, sogro, pai espiritual, tio… O mês de São José é uma excelente oportunidade para celebrar esses homens que tiveram ou têm impacto particular na sua vida, com suas virtudes e com seus defeitos. Olhe para eles com humanidade e magnanimidade: pense nas lutas interiores do seu pai, nos desafios que ele teve ou tem que viver, nas suas fraquezas e forças, na sua necessidade de desabafar num ombro amigo, que a cultura em que vivemos tantas vezes lhe nega… Olhe para o seu pai com olhos de amor, misericórdia, grandeza de alma, gratidão, compreensão, empatia, colaboração.

3 – TRABALHE COM MAIS FOCO NESTE MÊS

São José é o santo padroeiro do trabalho: ofereça o seu com especial empenho, amor e gratidão. Se possível, coloque em seu local de trabalho uma pequena imagem dele, como lembrete permanente de oferecimento, dedicação, confiança e responsabilidade. Ah, e lembre-se de respeitar o dia de descanso, evitando trabalhar no domingo! O domingo é dedicado todo ao Senhor, e homenagear Jesus certamente é também uma enorme homenagem ao pai adotivo d’Ele!

4 – TENHA EM CASA UM ÍCONE, ESTÁTUA OU IMAGEM DE SÃO JOSÉ

 E que tal colocá-la ao lado de uma foto de família? São José, afinal, é o pilar das famílias cristãs!

5 – FAÇA DA QUARTA-FEIRA UM DIA ESPECIAL

Na tradição católica, a quarta-feira é dedicada a São José, assim como o sábado a Maria e o domingo a Jesus. A quarta-feira, estando no meio da semana, é como se fosse o ponto de união entre os outros dois grupos de dias da semana, cada um dos quais é como um braço estendido. Que dia perfeito para honrar São José, cujos braços se estenderam na vida para confortar e proteger Jesus e Maria! Torne as quartas-feiras de março ainda mais especiais, se possível indo à Missa ou pelo menos dedicando a São José uma especial oração de diálogo, confiando a ele a sua família, agradecendo, pedindo pelas suas intenções… Aliás, março é também um mês excelente para começar a tradição das nove primeiras quartas-feiras em homenagem a São José!

6 – FAÇA UM ALTAR DOMÉSTICO PARA A FESTA DE SÃO JOSÉ

Na Itália existe a tradição do altar doméstico de São José, que pode ser muito simples de fazer em casa. Ele pode ter três níveis, simbolizando ao mesmo tempo as três Pessoa da Santíssima Trindade e os três membros da Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. A imagem de São José costuma ficar no nível superior, ladeada por velas, para representar que ele fica literalmente velando por Jesus e Maria, com a autoridade confiada a ele por Deus e que ele exerceu com grande humildade, responsabilidade e espírito de serviço.

7 – ADORNE A SUA CASA COM LÍRIOS

O lírio branco representa a pureza de São José. Caso não encontre lírios, você pode optar por outra flor semelhante para evocar o mesmo simbolismo.

8 – AJUDE UMA FAMÍLIA NECESSITADA

Como São José é o padroeiro das famílias, uma ótima homenagem a ele é seguir o seu exemplo amoroso e oferecer alguma forma de ajuda a famílias necessitadas, seja diretamente, seja através de organizações católicas locais ou internacionais, como a Pastoral da Família, a Caritas, a Ajuda à Igreja que Sofre…

9 – ORE PELOS QUE SOFREM, PELOS DOENTES E PELA ALMA DOS FALECIDOS

São José é consolador dos aflitos, esperança dos enfermos e padroeiro dos moribundos: neste mês, inclua de modo especial esses nossos irmãos na sua oração diária.

10 – AO SE DEITAR, CONFIE SUAS PREOCUPAÇÕES A SÃO JOSÉ QUE DORME

O Papa Francisco mantém em seu quarto uma bela e significativa imagem de São José dormindo! É uma representação da humanidade desse santo homem, que tanto trabalhava por amor a Deus e tanto cuidava de Maria e de Jesus: à noite, com a consciência tranquila e com plena confiança em Deus, ele descansava de alma leve, cheio de gratidão, alegria e esperança, apesar de tantos desafios do dia-a-dia. Diz a tradição popular que São José é o “terror dos demônios”, a tal ponto que os assusta até mesmo enquanto dorme, de tão grande que é o seu poder e sua força perante Deus. Peça a São José, que em sonhos ouviu a voz de Deus, para continuar apresentando a Ele as suas intenções, aliviando as suas preocupações, iluminando o seu pensamento, fortalecendo a sua vontade, para você poder descansar com mais leveza.


Que São José, Pilar das Famílias, abençoe você e sua família!

Leia também: Mês de Março com São José





Hoje começa o Mês de São José

 Esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria, Padroeiro da Igreja Católica 

O mês de Março é tradicionalmente dedicado a São José, esposo de Maria.

São José é conhecido como o “Santo do Silêncio” porque não se conhece uma palavra pronunciada por ele, mas sim as suas obras, sua fé e amor.

Em 19 de março, celebramos a Festa maior de São José.

O Patrono da Igreja Católica Universal, Homem Justo, da descendência de David, que exerceu a missão de pai do Filho de Deus, Jesus Cristo, que quis ser chamado filho de José, e Jesus foi submisso como um filho ao seu pai. A Igreja Católica venera, com especial honra, como seu patrono aquele a quem o Senhor constituiu chefe da sua família.

Que São José nos ajude a viver uma Quaresma que seja, de fato, uma grande Páscoa, uma fuga para o Egito, como renúncia às nossas paixões, e um retorno para a casa de Deus, como vida interior. Nessa jornada, devemos recorrer mais insistentemente à companhia de São José, a fim de que ele proteja a graça em nossos corações. 

“Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações o anjo não voa valeu, valei-me São José.


1º Dia - 1º Dia - Mês de Março com São José

2º Dia - 2º Dia - Mês de Março com São José

3º Dia - 3º Dia - Mês de Março com São José













segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

O Ministério Petrino dos Papas inspirado em São José

 


Uma ligação especial dos Papas dos últimos cem anos com a imagem de São José. O “estilo” do esposo de Maria e guardião silencioso de Jesus inspirou de vários modos o ministério petrino dependendo da época e da experiência pessoal.

A silhueta de São José estendida no sono, ao lado da mesa onde estuda e assegura as necessidades da Igreja universal, está ali para recordar que também em um sonho pode se esconder a voz de Deus. Papa Francisco tem ao seu lado, desde sempre, nos quartos onde morou e estudou a pequena estátua de São José dormindo.

O “solucionador”
Até hoje a estátua de São José está sobre a sua escrivaninha na Casa Santa Marta. Esta imagem, e a devoção de Francisco por aquilo que representa, teve uma imprevista popularidade mundial quando alguns anos atrás o próprio Papa falou durante o Encontro Mundial das Famílias em Manila.

Uma confidência que revelou uma confiança total na força mediadora do pai putativo de Jesus e uma admiração pelo papel e pelo estilo que José sempre encarnou:

“Amo muito São José, porque é um homem forte e silencioso. Na minha escrivaninha, tenho uma imagem de São José que dorme e, quando tenho um problema, uma dificuldade, escrevo um bilhetinho e meto-o debaixo de São José, para que o sonhe. Este gesto significa: reza por este problema! (Encontro com as famílias em Manila – 16 de janeiro de 2015).

Um nome para muitos Papas
Depois de Pedro, muitos Joãos, Bentos, Paulos, Gregórios, mas nenhum José. Nunca teve um Papa com este nome. Porém, muitos deles, especialmente no último século, o tiveram como nome de Batismo, como se os homens chamados para custodiar Jesus fosse um viático para os homens chamados para custodiar a Igreja. No início do século XX José Melchiorre Sarto torna-se Pio X e mais tarde sobem ao trono de Pedro Angelo José Rocalli, Karol Józef Wojtyla e Joseph Ratzinger. Francisco não se chama José, mas celebra, agradecido, a sua Missa de início de ministério dia 19 de março. Invocações que recordam o discreto modelo que inspira.

Muitos Papas por um nome
As etapas que levaram a Igreja a estabelecer o culto de São José foram muito longas, desde Sisto V que no final do século XV fixou a data da festa para 19 de março até a última decisão de Papa Francisco que, confirmando a vontade Bento XVI, no dia 1º de maio de 2013 decreta o acréscimo do nome de São José, Esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria, nas Orações eucarísticas II, III e IV (precedentemente João XXIII tinha estabelecido em 13 de novembro de 1962 a introdução no antigo Cânone romano da Missa, ao lado do nome de Maria e antes dos Apóstolos). Foi também João XXIII, que querendo confiar ao “pai” terreno de Jesus o Concílio Vaticano II, escreveu em 1961 a Carta Apostólica Le Voci, na qual faz um tipo de sumário da devoção a São José sustentada pelos seus predecessores. Não são opacas operações de “burocracia” litúrgica. Por trás de cada novo decreto colhe-se um sentimento e uma consciência eclesial cada vez mais enraizada como por exemplo, como aconteceu a Pio XII, podem chegar a marcar também na vida civil.

Um Santo que trabalha
No dia primeiro de maio de 1955, era um domingo e a Praça São Pedro estava repleta de fiéis. Pio XII faz um discurso enérgico aos presentes exortando todos a se orgulharem da sua identidade cristã frente às ideologias socialistas que pareciam dominar . No final surpreende a multidão com um “presente” que entusiasma todos:

“Para que todos entendam este significado (…) queremos anunciar a Nossa determinação de instituir – como de fato instituímos – a festa litúrgica de São José operário, marcando-a no dia 1º de maio. Trabalhadores e trabalhadoras, agrada-vos o nosso dom? Temos certeza que sim, porque o humilde artesão de Nazaré não só personifica junto a Deus e a Santa Igreja a dignidade do trabalhador, mas é também sempre providente guardião vosso e de vossas famílias” (Festa de S. José Operário – 1º de maio de 1955).

“Papa José” não é possível
Quatro anos mais tarde a Igreja estava sendo guiada por um homem que queria se chamar “Papa José”. Renunciou, disse, porque “não é usado entre os Papas”, mas a explicação revela a nostalgia e a forte devoção que João XXIII tinha por São José:

“Faça com que também os teus protegidos compreendam que não estão sós no seu trabalho, mas saibam descobrir Jesus ao seu lado, acolhê-lo com a graça, custodiá-lo com a fé como tu o fazes. E faça com que em cada família, em cada fábrica, oficina, onde quer que trabalhe um cristão, tudo seja santificado na caridade, na paciência, na justiça, na busca do fazer bem, para que desçam abundantes dons da celeste predileção” (19 de março de 1959)

O homem dos riscos
Paulo VI também não se chama José, mas de 1963 a 1969 em particular, não deixa de celebrar uma Missa na solenidade de 19 de março. Cada homilia torna-se uma peça que forma um retrato pessoal com o qual Paulo VI mostra-se fascinado pela “completa e submissa dedicação” de José à sua missão, do homem “talvez tímido” mas dotado “de uma grandeza sobre-humana que encanta”.

“São José, um homem ‘comprometido’ como se diz agora, por Maria, a eleita entre todas as mulheres da terra e da história, sempre sua virgem esposa, também fisicamente sua mulher, e por Jesus, em virtude da descendência legal, não natural, sua prole. A ele, os pesos, as responsabilidades, os riscos, as preocupações da pequena e singular sagrada família. A ele o serviço, a ele o trabalho, a ele o sacrifício, na penumbra do quadro evangélico, no qual nos agrada contemplá-lo, e certamente, sem dúvida, agora que tudo conhecemos, chamá-lo feliz, bem-aventurado. Isso é Evangelho. Nele os valores da existência humana assumem medidas diferentes daquela que somos acostumados a apreciar: aqui o que é pequeno torna-se grande” (Homilia de 19 de março de 1969).

O esposo sublime
Em 26 anos de pontificado João Paulo II falou de São José em infinitas ocasiões e, sempre disse que rezava intensamente pelo santo todos os dias. Essa devoção se resume no documento que lhe dedica em 15 de agosto de 1989, com a publicação da Exortação Apostólica Redemptoris Custos, escrita 100 anos depois da Quamquam Pluries de Leão XIII. No documento Papa Wojtyla aprofunda a vida de José em vários aspectos principalmente o do matrimônio cristão no qual oferece uma profunda leitura da relações entre os dois esposos de Nazaré.

“A dificuldade de se aproximar ao mistério sublime da sua comunhão esponsal levou todos, desde o século II, a atribuir a José uma idade avançada e a considerá-lo guardião, mais do que esposo de Maria. É o caso de supor, ao invés, que na época ele não fosse um homem idoso, mas que a sua perfeição interior, fruto da graça, o levasse a viver com afeto virginal a relação esponsal com Maria” (Audiência Geral de 1996).

O pai silencioso
De São José não se conhecem as palavras, apenas os silêncios. Bento XVI aprofunda-se na aparente ausência de São José e extrai dela a riqueza de uma vida completa, de um homem fundamental que com seu exemplo sem proclamações marcou o crescimento de Jesus o homem-Deus:

“Um silêncio graças ao qual José, em união com Maria, custodia a Palavra de Deus (…) um silêncio marcado pela oração constante, oração de bênção do Senhor, de adoração da sua santa vontade e de confiança sem reservas à sua providência. Não se exagera quando se pensa que do próprio “pai” José, Jesus tenha tomado – no plano humano – a robusta interioridade que é pressuposto da autêntica justiça, a “justiça superior”, que ele um dia ensinará aos seus discípulos”. (Angelus de 2005)

 O Santo da ternura
Da pequena “paróquia” de Santa Marta, Papa Francisco refletiu muito sobre o Santo ao qual confia todas suas preocupações. “O homem que custodia, o homem que faz crescer, o homem que leva adiante toda paternidade, todo mistério, mas não pega nada para si”, disse um uma das Missas matutinas. Por fim, em 20 de março de 2017 sublinha que José é o homem que age também quando dorme porque sonha o que Deus quer.

“Hoje gostaria de pedir que nos conceda a todos a capacidade de sonhar, porque quando sonhamos coisas grandes, bonitas, aproximamo-nos do sonho de Deus, daquilo que Deus sonha sobre nós. Que conceda aos jovens — porque ele era jovem — a capacidade de sonhar, de arriscar e de cumprir as tarefas difíceis que viram nos sonhos. E conceda a nós a fidelidade que em geral cresce numa atitude correta, cresce no silêncio e na ternura que é capaz de guardar as próprias debilidades e as dos outros”.

São José, Valei-nos.




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Um oração antiga a São José e tão necessária aos nosso dias

                                               


Reze com fé e peça por um benefício espiritual

Embora São José nunca tenha falado uma palavra nas Escrituras, seu silencioso exemplo de fidelidade, obediência e cuidado para com a Sagrada Família durante os anos de formação de Jesus o tornou um dos mais queridos santos do Cristianismo.

Estima-se que a devoção ao pai adotivo de Jesus tenha começado no 3.º ou 4.º século. Mas, de acordo com o livro de oração Pietá, há uma prece a São José que data do ano 50:

 “Esta oração foi encontrada no 50.º ano de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Em 1505, foi enviada do papa para o imperador Carlos, quando ele estava indo para a batalha [de Lepanto]. Aquele que ler esta oração, ouvi-la ou guardá-la consigo nunca morrerá de morte súbita ou se afogará, nem será atingido por veneno ou cairá nas mãos do inimigo, nem será queimado em qualquer fogo ou rendido na batalha. Reze esta oração durante nove manhãs por qualquer intenção. Ela é conhecida por nunca ter falhado.”

Reze com fé e peça por um benefício espiritual
Embora São José nunca tenha falado uma palavra nas Escrituras, seu silencioso exemplo de fidelidade, obediência e cuidado para com a Sagrada Família durante os anos de formação de Jesus o tornou um dos mais queridos santos do Cristianismo.

Estima-se que a devoção ao pai adotivo de Jesus tenha começado no 3.º ou 4.º século. Mas, de acordo com o livro de oração Pietá, há uma prece a São José que data do ano 50:

 “Esta oração foi encontrada no 50.º ano de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Em 1505, foi enviada do papa para o imperador Carlos, quando ele estava indo para a batalha [de Lepanto]. Aquele que ler esta oração, ouvi-la ou guardá-la consigo nunca morrerá de morte súbita ou se afogará, nem será atingido por veneno ou cairá nas mãos do inimigo, nem será queimado em qualquer fogo ou rendido na batalha. Reze esta oração durante nove manhãs por qualquer intenção. Ela é conhecida por nunca ter falhado.”
Eis aqui a oração que “é conhecida por nunca ter falhado, que providencia o pedido para o benefício espiritual de quem está rezando ou para quem se está rezando”:

Ó São José, cuja proteção é tão grande, tão forte e tão imediata diante do trono de Deus, a vós confio todas as minhas intenções e desejos.
Ajudai-me, São José, com a vossa poderosa intercessão, a obter todas as bênçãos espirituais por intercessão do vosso Filho adotivo, Jesus Cristo Nosso Senhor, de modo que, ao confiar-me, aqui na terra, ao vosso poder celestial, Vos tribute o meu agradecimento e homenagem.
Ó São José, eu nunca me canso de contemplar-Vos com Jesus adormecido nos vossos braços. Não ouso aproximar-me enquanto Ele repousa junto do vosso coração. Abraçai-O em meu nome, beijai por mim o seu delicado rosto e pedi-Lhe que me devolva esse beijo quando eu exalar o meu último suspiro.
São José, padroeiro das almas que partem, rogai por mim! Amém. 

Lembre-se: Deus sempre atende as nossas orações. Mas nós nem sempre esperamos pelas respostas que recebemos.

Viva um Mês na Companhia de São José: Um Mês com São José

Leia também: Quem é São José




segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

São José e a mortificação da Vontade


Não basta apenas rezar a São José, é preciso aprender com ele a humildade

Quero começar este texto com um belíssimo pensamento de Santa Teresa Benedita da Cruz sobre São José e seu auxílio a seus filhos espirituais:

“São José não abandona aos seus; São José nosso Pai, sabe ajudar em todas as necessidades, dos aflitos é conselheiro, na morte, refúgio. Por isso nunca desanimar se vos ameaçam ou se vos envolvem as tormentas. Sede atrevidos na prece. A confiança terá sua recompensa.”

É de impressionar a quantidade numerosa de santos e beatos que, em sua vida, se entregaram a São José, na certeza e confiança de seu poderoso patrocínio. E de onde vem este patrocínio e São José tão forte e imponente? O relato do Evangelho de São Mateus, no capítulo primeiro, com o Anúncio do Anjo a São José, nos dá a entender e nos faz pensar que como ele se submeteu em tudo à vontade de Deus, tenho certeza que José já tinha em mente sobre seu casamento, como seria e conduziria sua família. Mas, se pararmos para observar o que nos relata o evangelista, a vida de São José, mesmo sendo oculta, foi uma vida de submissão à Missão do Cristo Salvador e de tamanho desprendimento aos seus projetos pessoais, basta-nos olhar quando, depois de ir ao recenseamento, tenho certeza que ele [São José] e a Virgem Maria não pensaram outra coisa senão voltar para sua casa e poder ali viver tranquilamente em função do Menino Deus.

Olhando um pouco adiante, vemos que Deus intervém de novo por meio do Anjo, para livrar o Menino da morte. Neste fato, vemos a intervenção Divina não como prova, e sim como um acréscimo na vida de José, pois, como Deus já conhecia o coração de José, Ele sabia que José não negaria esta ação, a ponto que o relato do Evangelho é de que: logo após despertar do sono, José acorda Maria e toma o Menino e vão para o Egito. Só alguém que não vive para si tem atitudes de desprendimento e coragem sobremaneira grandiosas, só o amor a Deus pode expiar atitudes assim de abandono de projetos pessoais.

Este São José que veneramos com tanto amor e para o qual invocamos o seu patrocínio em nossa vida quer nos ensinar a olhar mais para o Alto, a deixar de pousar nosso olhar sobre o que está à nossa volta. Se não tivermos, assim como São José, um olhar voltado para o Alto, poderemos ignorar o que Deus coloca em nosso coração e deixar a vontade de Deus em último plano e seguirmos apenas olhando nosso umbigo.

Não basta apenas rezar a São José, é preciso aprender  com ele a humildade, o desprendimento, a submissão e a ousadia de confiar no Senhor. Só quem confia no Senhor é surpreendido com alegria inefável.

Não sei se você sabe, mas São José é um dos santos mais invocados em todo mundo, não por causa de seu poder de intercessão, e sim porque este humilde servo do Senhor soube, em tudo, buscar a glória do Senhor, e não só a sua, pois entendeu a escolha que Deus fez em sua vida e realizou a sua missão de esposo e pai sem querer em nada aparecer, mas apenas servir, porque sabia quem deveria crescer.

Peçamos a São José que saibamos imitar a sua humildade. Que, em tudo, possamos olhar para Deus e não para nós. Rezemos juntos esta oração a São José:

Oração
São José, tu foste a árvore abençoada por Deus, não para dar frutos, mas para dar sombra; sombra protetora de Maria, tua esposa; sombra de Jesus, que te chamou de pai e ao qual tu te entregaste totalmente; tua vida, feita de trabalho e de silêncio, me ensina a ser eficaz em todas as situações; me ensina, acima de tudo, a esperar na obscuridade firmeza na fé, as sete dores e sete alegrias resumem tua existências: foram as alegrias de Cristo e de Maria, expressão de tua dedicação sem limites. Que teu exemplo me acompanhe em todos os momentos: florescer onde a vontade do Pai me colocou; saber esperar, entregar-me sem reservas, até que a tristeza e a alegria dos outros sejam minha própria tristeza e minha própria alegria. Amém!

Meu Glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações, o Anjo do Senhor não vos valeu. Valei-me, São José!

Deus te abençoe!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

As Quartas-feiras, dia da semana "Dedicado a São José"

É costume ente os devotos de São José, dedicar-lhe um dia na semana; e assim como se consagra a Nossa Senhora o sábado, assim os devotos de São José dedicam a nosso Santo as quartas-feiras. Além da missa e comunhão, com que costumam honrar o Santo Patriarca fazem-lhe também algumas orações e devoções particulares. É muito própria, entre outras devoções, a tocante COROA DE SÃO JOSÉ que escreveu e costumava rezar o Pe. José Xifré, (séc. XIX) Superior geral dos Missionários do Coração de Maria (Claretianos), e que morreu em opinião de santidade.


Outras orações também são apropriadas para este dia dedicado a São José na devoção popular, podemos lhe fazer durante o dia vários atos de devoção, reze também o Ofício de São José.


São diversas as formas de honrarmos São José neste dia, reze o Terço de São José por sua família.


A Ladainha de São José, rezada neste dia nos concede indulgência cumprindo o que nos pede a Igreja.



Ouça e reze com o Canto Gregoriano "José Filho de David".


Reze os Mistérios Gozosos do Santo Rosário, momentos da vbida de Jesus em que São José este presente com sua paternidade.




Leia também: Celebração de São José e o cuidado com as Famílias



sábado, 1 de fevereiro de 2025

Os Sete Domingos de São José (Dores e Alegrias)

 

Os Sete Domingos de São José são um costume da Igreja para preparar a festa de 19 de março. A meditação das “dores e alegrias de São José” ajuda a conhecer melhor o santo Patriarca e a recordar que também ele enfrentou alegrias e dificuldades.

Esta devoção manifestada pelo mesmo São José a dois religiosos franciscanos, foi confirmada e indulgenciada pelos Sumos Pontífices, principalmente por Pio IX. 


A Igreja, seguindo um costume antigo, prepara a festa de São José, dia 19 de março, dedicando ao Santo Patriarca os Sete Domingos anteriores a essa festa, lembrando as principais alegrias e dores da vida de São José.

Mais precisamente, foi o Papa Gregório XVI que fomentou a devoção dos Sete Domingos de São José, concedendo-lhe muitas indulgências, mas o Santo Padre Pio IX outorgou-lhes atualidade perene com o seu desejo de que se recorresse a São José para acudir à então situação aflitiva da Igreja universal.


Como incentivo a esta prática de piedade, reproduzimos aqui o pensamento que Santa Teresa d’Ávila, grande doutora da Igreja, expressou certa vez em relação a São José:

Não me lembro de até hoje lhe ter pedido alguma coisa que não me tenha concedido, nem posso pensar sem admiração nas graças que Deus me tem concedido por sua intercessão e nos perigos de que me tem livrado, tanto para a alma como para o corpo. Parece-me que Deus concede aos outros santos a graça de nos auxiliar nesta ou naquela necessidade, mas sei por experiência que São José nos socorre em todas, como se Nosso Senhor quisesse fazer-nos compreender que, assim como Ele lhe era submisso na terra, porque estava no lugar de pai e como tal era chamado, também no céu não pode recusar-lhe nada.


1º Domingo de São José

2º Domingo de São José

3º Domingo de São José

4º Domingo de São José

5º Domingo de São José

6º Domingo de São José

7º Domingo de São José


Leia também: O Escapulário de São José, origem e como usar este Sacramental

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Os salesianos e a devoção a São José

 


Os salesianos e a devoção a São José


São José é um santo universal. Ele é amado e venerado pela grande missão de ser o pai adotivo de Jesus, mas também por suas inúmeras virtudes reveladas pelo Espírito Santo aos seus queridos devotos. Entre eles, grandes personalidades da história da Igreja.

É fato que os Papas deram a São José grandes títulos, por exemplo:

O Papa Pio IX declarou São José Padroeiro da Igreja Universal com o decreto “Quemadmodum Deus”.
Leão XIII, na Encíclica “Quanquam Pluries”, propôs a São José o título de “advogado dos lares cristãos”.
Pio XII fixou o dia 1º de maio como festa de São José Trabalhador.
Já o Beato Pio IX declarou-o “Padroeiro da Igreja Católica”.
E, por fim, São João Paulo II, como “Guardião do Redentor”.
Além disso, o povo invoca-o como “padroeiro da boa morte” e os agricultores esperam ansiosamente a chuva para garantir uma boa colheita durante o ano no dia de sua festa.

E entre esses ilustres homens, encontramos São João Bosco e a Obra Salesiana. Dom Bosco tinha São José como amigo pessoal, administrador das obras e serviços da congregação Salesiana. Por isso, conheça aqui esta bela história.


São José marca a espiritualidade salesiana
A espiritualidade, para uma congregação religiosa, caracteriza o seu jeito de ser e de viver. Ela mostra o caminho do encontro com Deus e com a missão.

E o grande amor que Dom Bosco cultivou por São José também imprimiu nos Salesianos uma confiança em Deus que o pai adotivo de Jesus inspirava.


Então, não é à toa que o fundador dos Salesianos escreveu um pequeno livro sobre a vida deste querido santo onde ele diz:

“No mesmo silêncio no qual é envolta a sua vida, encontramos algo de misterioso e de grande. São José tinha recebido de Deus uma missão totalmente oposta àquela dos apóstolos. Esses deviam por tarefa fazer Jesus conhecido; José deveria mantê-lo escondido; esses deveriam ser tochas que o mostrassem ao mundo; aquele, um véu que o cobrisse. Portanto, São José não era para si, mas para Jesus Cristo”.

As palavras demonstram a profundidade com que a vida do Patriarca era vista, e essa contemplação espalhou-se por toda a Obra Salesiana, desde a vida religiosa às obras sociais, uma vez que Dom Bosco consagrou todas elas ao glorioso São José.

Porém não apenas as palavras reverenciam o santo, mas há Igrejas, que foram restauradas por Dom Bosco, com um altar em honra a São José: a Basílica de Maria Auxiliadora e a do Sagrado Coração, em Roma. Ambas com belos quadros da imagem da Sagrada Família.

São José e seus poderosos benefícios à Obra Salesiana
Há um episódio nas memórias biográficas de Dom Bosco que explicam bem o porquê de sua confiança nos benefícios a este santo tão especial.

Conta-se que, em um dia de dedicação de um altar a São José, quando o quadro foi descoberto na presença de muitas pessoas, todos se admiraram com a beleza da pintura. No entanto, o que mais chamou a atenção das pessoas foi a figura de Jesus que passava para as mãos de São José rosas brancas e vermelhas.

Essas rosas caiam sobre a imagem da Basílica de Maria Auxiliadora e o Oratório de Valdocco, pintados no quadro como era em 1870. Diante dos comentários de todos, São João Bosco diz:

“As rosas brancas e vermelhas são as graças que Deus nos concede: também as rosas vermelhas, aquelas que são acompanhadas de dores, sofrimentos e sacrifícios, vêm de Deus e são as melhores”.

Sendo assim, a imagem e as palavras apenas confirmavam o que já acontecia na obra salesiana, uma vez que as necessidades das casas, as oficinas profissionalizantes e o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora são confiadas aos cuidados de São José! E todas experimentaram a Providência em tudo.

“Ite to Joseph!”
São João Bosco recomenda a devoção a São José a todos os jovens e aos seus filhos(as) espirituais. São suas as palavras:

“Não deveríamos crer que entre os bem-aventurados que são objeto de nosso culto religioso, São José, depois de Maria, é o mais poderoso de todos com Deus e o que mais justamente merece a nossa confiança e a nossa homenagem? ”.

A devoção é um transbordamento da confiança experimentada nas pequenas e grandes situações da vida. E quando se trata da obra de Deus, quando os desafios são enormes, exigentes e enfrentam grandes batalhas, ninguém melhor que São José à frente.

Por isso, Dom Bosco insistia com os seus filhos: “ Ite to Joseph ”, “Siga São José”! Coloquem tudo sob a sua proteção! De forma que São José é um dos patronos da Obra Salesiana.

E sob esta poderosa intercessão, cresceu e cresce a Família Salesiana com os seus destinatários da missão, na devoção e na imitação das virtudes de São José, principalmente as mais escondidas, que apenas o céu é testemunha.


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São José: O Patrono da Providência e da Devoção Salesiana

 



No coração da fé católica, São José permanece como um símbolo poderoso de confiança, devoção e proteção.


os Salesianos de Dom Bosco (SDB) e as Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) se unem em reverência a esse humilde carpinteiro, proclamado por Pio IX como Patrono da Igreja Universal em 1870.

A devoção dos Salesianos de Dom Bosco (SDB) a São José tem início com o próprio fundador da Congregação. Dom Bosco estabeleceu a celebração solene de sua festa em todas as casas salesianas. Sua fé era tão certa que ele introduziu práticas especiais em memória das dores e alegrias do Santo, visando inspirar a pureza e a busca pela santidade entre os jovens. “Em 1871 estabeleceu que em todas as suas casas devia ser celebrada pelos estudantes e pelos aprendizes a festa no dia 19 de março com recesso de todas as atividades [...]. Desta sua devoção constante deu provas em 1859, quando introduziu no livro ‘O Jovem Instruído’ uma prática em memória das sete dores e das sete alegrias de São José. Uma oração para obter a santa virtude da pureza”. (Memórias Biográficas de São João Bosco, Volume VI, p. 204).

A devoção a São José é uma tradição também no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). Para Madre Mazzarello e as primeiras irmãs Salesianas, São José não é apenas um modelo de fé, mas um verdadeiro protetor e provedor. Em meio às dificuldades econômicas e às incertezas do início da congregação, São José era invocado como o "ecônomo" da casa, aquele que providenciava as necessidades essenciais e intercedia nas horas de aflição. A confiança das irmãs em São José transcendeu os limites materiais, encontrando conforto e solução mesmo nos momentos mais desafiadores.

Os relatos da Cronistória das FMA testemunham o poder da intercessão de São José. Em um episódio marcante, durante uma epidemia de varíola, São José foi invocado como protetor do Instituto e sua intercessão foi reconhecida como fundamental para a preservação da comunidade. Em outro momento, diante da necessidade de expansão do Colégio de Nizza, a confiança em São José foi reforçada, resultando em graças inesperadas e no fortalecimento da fé e da alegria na comunidade.

“Com esta bela função fica aberto o mês de São José, já invocado como ‘ecônomo’ do Instituto e, neste ano, também como enfermeiro e médico, porque em Nizza como em todo o Piemonte continua a grassar a varíola.

São já mais de 300 as vítimas na cidade; entre nós se verificou o caso de algumas Irmãs e alunas atacadas por simples varicela, tanto que as pessoas externas não se persuadem de que o Colégio de Nossa Senhora tenha ficado ileso e algumas chegam ao absurdo de pensar que também entre nós tenha havido mortes pela epidemia e que as vítimas tenham sido sepultadas em casa! Não sabem como é potente o nosso protetor São José, ao qual confiamos todas as pessoas da casa”. (Cronistória do Instituto das FMA, volume 3 - p. 115)

A devoção a São José não é apenas uma expressão de piedade, mas uma fonte de inspiração e proteção para os Salesianos e Salesianas. Em seus momentos de necessidade e na busca por orientação espiritual, São José é invocado como um guia e amigo fiel. Sua vida de humildade, obediência e serviço ressoa profundamente nos corações dos membros da Congregação Salesiana, inspirando-os a seguir seu exemplo no trabalho de educação e evangelização das juventudes.


Em 1870, o papa Pio IX declarou São José como Patrono da Igreja Universal. Recentemente, em 2020, com a Carta Apostólica Patris corde (Com coração de Pai), do Papa Francisco, celebrou-se os 150 anos da declaração de São José como padroeiro da Igreja. Nesse contexto, os Salesianos e as Filhas de Maria Auxiliadora renovam sua devoção ao Santo, confiando em sua intercessão constante e em seu exemplo de fé inabalável.


O QUADRO DE SÃO JOSÉ NA BASÍLICA DE MARIA AUXILIADORA (TURIM-ITÁLIA)





Memórias Biográficas de São João Bosco, Volume X, p. 1053-1055

“No dia 26 de abril, festa do Patrocínio de São José, finalmente se pôde contemplar em seu altar no Santuário de Maria Auxiliadora o quadro do Santo Patriarca, solenemente abençoado por Dom Bosco. Ele próprio quis realizar a sagrada cerimônia, da qual, muitos anos depois, o P. Francisco Picollo, escrevia as seguintes recordações:

Os olhares de todos se concentravam sobre o grande pano que cobria o quadro; enorme era a ansiedade para constatar se de fato o quadro era tão belo como tinha sido descrito. Quando a suave imagem de São José apareceu tal como Dom Bosco a tinha sugerido ao pintor Lorenzone, em cores tão bem equilibradas, ouviu-se no templo um murmúrio geral:
todos comentavam em voz baixa as próprias impressões.
- Como é bonito São José!, dizia um colega, veja como é suave o Menino Jesus que apoia sua cabeça sobre o peito do Santo...
- Está vendo o cestinho de rosas, dizia outro, sobre os joelhos do Menino? Ele entrega as rosas a São José que as deixa cair sobre o Oratório...
- São o símbolo das graças que nos quer conceder, acrescentava um terceiro...
- Não é um quadro o que estamos vendo; disse alguém, é alguma coisa que fala..., é uma pregação: basta olhar para logo compreender o que é a devoção a São José e quanto ele se interessa por nós!
Um som de campainha restituiu o silêncio entre os fiéis, enquanto a voz clara de Dom Bosco entoava: - Deus, in adiutorium meum intende... e invocava os sagrados carismas com que Deus enriquece as imagens dos Santos quando, pela bênção do sacerdote, deixam de ser coisa profana para se tornarem coisa sagrada. Dom Bosco abençoou o quadro que parecia sorrir a toda aquela multidão de jovens que nele depositavam sua própria confiança; depois cantou também a Missa solene.

Eu estava perto do altar e pude admirar o devoto elá do Servo de Deus que com frequência voltava os olhos para o quadro e que cantava com que comovida as orações ao Santo. Também o coral de mais de cem vozes juvenis que, do coro, cantaram: Como une roo-iris, refulge José entre as nuvens da glória, é como um ramalhete de rosas nos dias de inverno.., despertou na multidão de jovens secretas elevações espirituais. As rosas na mão de São José e os cânticos das vozes argentinas de centenas de jovens davam a impressão de estarmos num jardim embelezado pelo esplendor da majestade de São José e perfumado pelo aroma das virtudes do grande apóstolo da juventude, que estava a seus pés, concentrado no êxtase da sua piedade.


Dom Bosco mandou fazer fotografia do quadro que foram largamente difundidas pela livraria pela livraria do Oratório, e o Unità Cattolica, no dia 7 de maio, fazia este elogio:

Ite ad Joseph. Temos diante dos olhos uma bela fotografia, representando o Patrocínio de São José, do quadro a óleo posto num dos altares laterais de igreja de M. Santíssima Auxilium Christianorum no Oratório de S. Francisco de Sales em Turim.
O quadro é mais um trabalho do Sr. Lorenzone, cuja arte, particularmente em obras de caráter religioso, não precisa das nossas palavras para ser conhecida. Amigos e inimigos do excelente artista reconhecem concordemente que em questão de sentimentos, isto é, de expressão do afeto religioso, daquele não sei quê que fala à alma e que desperta vívidos e variados afetos do coração de quem admira a pintura, mesmo sem ser conhecedor da arte, o pintor não fica atrás de ninguém atualmente.
O conceito que domina o trabalho é simples, mas, especialmente devoto, adaptado à capacidade do povo, a fim de fazer-lhe captar, num simples olhar, a sublimidade e o poder do gloriosíssimo Esposo da Mãe de Deus. O Santo, ereto, em pé sobre uma nuvem, rodeado de anjos em atitudes variadas e muito devotas, traz nos braços o Menino Jesus, que apoia sobre os joelhos um cestinho cheio de rosas.
O Menino toma as rosas e as oferece a São José, que, aos poucos, vai deixando cair sobre a igreja de Maria Auxiliadora, que aparece na base do quadro. A atitude do Menino Jesus é muito graciosa, porque, voltado para seu Pai adotivo, lhe sorri com infinita doçura. Diante daquele sorriso divino, o Santo Patriarca parece extasiado, e poderíamos dizer que a alegria celestial do Divino Infante se duplica ao refletir-se na do amado semblante de São José.


A completar o delicioso grupo, ao lado do Menino Jesus, ereta, em pé, em atitude envolvente, a Santíssima Mãe Maria Virgem, como que arrebatada em contemplação daquele doce e inefável intercâmbio amoroso do seu Divino Filho e de seu puríssimo Esposo, parece fora de si pela infinita doçura que inunda seu coração.
Ainda um particular. O P. Francisco Giacomelli, ex-colega de Seminário do Santo, e depois da morte do Teól. Golzio, seu confessor, narrava que, ao notar que as rosas que São José deixava cair de suas mãos eram vermelhas e brancas, perguntou a Dom Bosco: - O que significam essas rosas brancas e vermelhas? Ele não respondeu. Então eu lhe disse - A mim parece que as rosas brancas representam as graças que agradam a nós, e as vermelhas as que agradam a Deus. Que acha? - Muito bem, ele respondeu, as rosas vermelhas são as melhores!”

O que fez são José antes de morrer, segundo dom Bosco e são Francisco de Sales

 


O que fez são José antes de morrer, segundo dom Bosco e são Francisco de Sales

Segundo dom Bosco, o santo patriarca teve uma experiência mística sem igual antes de sua morte, em que Jesus e Maria lhe disseram algumas palavras emocionantes. São Francisco de Sales também relatou o que são José teria dito a Cristo antes de morrer.

No livro Vida de São José, dom Bosco narra quais teriam sido os últimos momentos do pai adotivo de Jesus. O santo salesiano diz que são José “estava chegando aos oitenta anos”, quando um anjo o visitou para avisar que iria morrer.

No seu leito de morte, o santo custódio da Sagrada Família entrou em êxtase durante 24 horas e “testemunhou em espírito as dores da paixão do Salvador”. Ao acordar seu rosto estava iluminado, como se transfigurado, e havia um aroma agradável.

Dom Bosco descreve então como teria sido a despedida. “E parece-me que Maria dizia: 'Ó José, como te agradeço pela doce companhia que me fizeste, pelos bons exemplos que me deste, pelo cuidado que tiveste comigo e com as minhas coisas e pelas mais dolorosas dores que você sofreu por minha causa! Ah, você me deixa, mas sempre viverá na minha memória e no meu coração’”.

Dom Bosco diz que lhe parece que Jesus chamou seu pai adotivo de “meu José” e lhe disse que também morreria. Depois, o Senhor enfatizou a são José que este momento de escuridão seria breve e pediu-lhe que fosse anunciar a Abraão, Isaac e outros grandes do Antigo Testamento que deveriam esperar apenas alguns anos.

Depois, Jesus profetizou-lhe que viria a ressurreição, onde Ele ressuscitaria cheio de triunfo. “Alegra-te, querido guardião da minha vida, você foi bom e generoso comigo, mas ninguém pode me ganhar com a gratidão”, teria dito Cristo.

Dom Bosco não narra nenhuma resposta de são José, mas o seu santo padroeiro, são Francisco de Sales, apresenta quais seriam as suas últimas palavras. Em seu livro Tratado sobre o Amor de Deus, o Doutor da Igreja diz que são José teria se dirigido a Deus Pai com estas palavras: “Oh, Pai, eu cumpri a tarefa que me confiaste”.

Então, voltando-se para Cristo, ele disse: "Meu filho, assim como seu Pai celestial colocou seu corpo em minhas mãos no dia de sua vinda ao mundo, neste dia de minha partida deste mundo, coloco meu espírito nas suas”. 

Os últimos momentos e sepultura

Continuando o relato de dom Bosco, são José, antes de morrer, procurou levantar-se com muito esforço para adorar o Salvador. Ele queria se ajoelhar diante de Jesus para pedir perdão pelas suas faltas, mas Cristo não permitiu e o abraçou.

“Assim, apoiando a venerável cabeça no peito divino de Jesus, com os lábios próximos daquele adorável coração, José expirou, dando aos homens um último exemplo de fé e humildade. Era o décimo nono dia de março do ano romano de 777, o vigésimo quinto desde o nascimento do Salvador”, diz dom Bosco.

Depois, Jesus e Maria choraram diante do corpo de são José e o próprio Cristo lavou o corpo de seu pai adotivo, fechou os olhos e cruzou as mãos sobre o peito.

Ele o abençoou para que seu corpo não fosse corrompido e colocou “os anjos do paraíso” para guardá-lo.

Por fim, dom Bosco diz que o santo patriarca foi sepultado no Vale de Josafá, no túmulo de seus pais, situado perto do Monte das Oliveiras.


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Por quê Dom Bosco recorria ao Patrocínio de São José?


 Por quê Dom Bosco recorria ao Patrocínio de São José?

A partir de muitos escritos de Dom Bosco se pode verificar como era grande o amor do Santo a São José: Dom Bosco nomeou-o entre os patronos do seu Oratório; pôs os seus aprendizes nas oficinas sob a Sua proteção; e proclamou-o protetor nos exames, para os estudantes.

No texto “O jovem instruído”, Dom Bosco escreve: “São José, tendo tido a invejável felicidade de morrer assistido por Jesus e Maria, é-nos dado como Protetor dos moribundos. Manifestemos em nossa vida devoção a São José, para tê-lo como auxílio na hora da nossa morte”.

Memórias Biográficas

Na noite de 17 de fevereiro, referem as “Memórias Biográficas”, Dom Bosco assim falou aos seus meninos: “Amanhã começa ‘o mês de São José’ (18 de fevereiro-19 de março NdT) e desejo que todos se ponham sob a sua proteção: se vocês lhe rezarem de coração, ele lhes obterá qualquer graça de que precisarem, tanto espiritual quanto temporal”.

E no livrinho “Vida de São José”, por ele especialmente escrito, declara: “Por que, então, não deveríamos nós crer que, entre os Santos que são objeto do nosso culto religioso, São José é, depois de Maria, o mais poderoso de todos junto de Deus, e aquele que merece com maior razão a nossa confiança e as nossas homenagens?”.

Dom Bosco recorria a São José em todas as suas necessidades e exortava os outros a invocá-lo. Mais vezes recordava ao longo do ano a eficácia da sua intercessão; fazia celebrar a Festa do Patrocínio no terceiro domingo depois da Páscoa. Exultou de alegria quando, no dia 8 de dezembro de 1870, Pio IX o proclamou Patrono da Igreja Católica. Em 1871, declarou que em todas as suas casas salesianas se devia observar, como dia sem trabalho, o dia 19 de março.

Nas igrejas salesianas

Nas igrejas-que levantou, Dom Bosco quis que houvesse sempre um altar dedicado a São José. De fato, os peregrinos que, nas pegadas de Dom Bosco, visitam a Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim, e a do Sagrado Coração de Jesus ('Sacro Cuore'), em Roma, ainda hoje podem admirar duas esplêndidas telas que o representam sempre junto com Maria e Jesus.

Na de Turim, de Tommaso Lorenzone, o Menino entrega rosas a São José, rosas que ele deixa cair como graças sobre a casa de Valdocco.

Na tela romana, de Giuseppe Rollini, o Patrono da Igreja Católica manifesta de modo majestoso esta sua função, custodiando, do alto, com a mão, a Basílica de São Pedro, que um Anjo genuflexo lhe apresenta.

Em ambas as telas figuram no alto alguns querubins, que mostram uma faixa em que se explicita a mensagem para os observadores: “Ite ad Joseph” (Ide a José)!

Leia também: O Escapulário de São José

Dom Bosco e São José

 


São João Bosco foi grande devoto e promotor de São José, pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo e esposo de Maria Santíssima.

    Em 1867, Dom Bosco publicou um opúsculo de 22 capítulos sobre a Vida de São José. Na introdução, ele escrevia: “No mesmo silêncio no qual é envolta a sua vida, encontramos algo de misterioso e de grande. S. José tinha recebido de Deus uma missão totalmente oposta àquela dos apóstolos. Esses deviam por tarefa fazer Jesus conhecido; José deveria mantê-lo escondido; esses deveriam ser tochas que o mostrassem ao mundo; aquele um véu que o cobrisse. Portanto, São José não era para si, mas para Jesus Cristo”.

Devoção
Assim como Santa Teresa D’Ávila, Dom Bosco desenvolveu uma amizade espiritual com São José. Santa Teresa costumeiramente chamava São José como o “despenseiro do céu” e recorria ao santo em todas as suas necessidades, também naquelas materiais. Dom Bosco, igualmente, vai recorrer ao santo Patriarca em tantas necessidades do Oratório e colocá-lo como modelo para os artesãos, aprendizes e, ao fundar a Congregação Salesiana, tem São José como um dos seus Patronos.

Dom Bosco acreditava muito na intercessão de São José. Costumava dizer aos seus oratorianos: “Desejo que todos vocês se coloquem sob a sua proteção: se vocês rezarem de coração, ele vos obterá qualquer graça, seja espiritual, seja temporal, daquelas que possais mais necessitar. Entre as práticas de piedade a este grande Patriarca, esposo de Maria, Pai adotivo e guarda de Jesus Cristo, Santa Teresa muito recomenda, como eficaz para obter a sua proteção, a dedicação a ele do mês de março, no qual ocorre a sua festa”.

Quadro em Turim
Quando Dom Bosco construiu a Basílica de Maria Auxiliadora em Turim, fez questão de consagrar um dos altares laterais em honra de São José, e encomendou ao famoso pintor Lorenzone um quadro especial em sua honra. Esse altar permanece intacto, do jeito que Dom Bosco o inaugurou. Mesmo com a reforma e ampliação que ocorreu na Basílica, feita de 1934 a 1938, o altar não foi modificado.

As Memórias Biográficas narram um episódio muito tocante na noite em que o quadro foi desvelado. A Basílica estava lotada, com os salesianos e os alunos do Oratório. Quando se descerra o quadro, há um murmúrio de admiração que percorre toda a igreja. Muitos comentam sobre a beleza dos traços da Sagrada Família, a delicadeza de Jesus nos braços de São José, o semblante doce de Maria... e chama a atenção de todos que o Menino Jesus passava para as mãos de São José rosas brancas e vermelhas, que ele fazia cair sobre a Basílica de Maria Auxiliadora e o Oratório de Valdocco, que aparecia como era em 1870.

Dom Bosco está visivelmente emocionado. Começam então a se perguntar qual seria o significado das rosas que Jesus concede a São José fazer cair sobre o Oratório. “Certamente representam as graças que Jesus concede pela intercessão de São José”, alguém comenta. Dom Bosco então toma a palavra e diz: “As rosas brancas e vermelhas são as graças que Deus nos concede: também as rosas vermelhas, aquelas que são acompanhadas de dores, sofrimentos e sacrifícios, vêm de Deus e são as melhores”.

Como Família Salesiana, cresçamos, com os nossos destinatários da missão, na devoção, imitando as virtudes de São José. 

Conheça as Curiosidades sobre São José


 


Conheça as curiosidades sobre São José

Nome - O nome José – Yosef em hebraico – significa “Deus cumula de bens” ou “Deus acrescentará”.

Ano Jubilar – O Papa Francisco anunciou, em 2021, a celebração do Ano de São José. O objetivo é comemorar os 150 anos desde que o santo foi declarado padroeiro da Igreja Católica.

Patrono – São José é também padroeiro dos trabalhadores, dos migrantes e das famílias.

Salesianos – São José é um dos patronos da Congregação Salesiana.

Celebrações – São José é celebrado em três datas durante o ano: no dia 19 de março; na Festa de São José Operário, em 1º de maio; e na Festa da Sagrada Família, em 30 de dezembro.

Pai adotivo – Ele é o pai adotivo de Jesus. José soube que Maria estava grávida quando estavam noivos e pensou em abandoná-la, mas, durante um sonho, um anjo do Senhor lhe disse que a gravidez de Maria era obra do Espírito Santo. Ele, então, casou-se com ela.

Bíblia – Além de pouco mencionado na Bíblia, São José não apresenta nenhuma fala nos Evangelhos. Acredita-se que isso se deva ao fato de ter morrido quando Jesus tinha aproximadamente 20 anos.

Presença discreta – O Papa Francisco diz que São José representa “o homem que passa despercebido, o homem da presença cotidiana discreta e escondida”.

Ofício – José era carpinteiro e ensinou esse mesmo ofício a Jesus.

Nomes – O Papa Francisco deu sete nomes para São José: Pai amado, Pai na ternura, Pai na obediência, Pai no acolhimento, Pai com coragem criativa, Pai trabalhador e Pai na sombra.

Popularidade - A São José em todo mundo lhe é atribuído associações, empresas, hospitais, comércios, capelas, Igrejas e Santuários. São José é quase tão popular quanto a Santíssima Virgem Maria, na hierarquia das devoções e culto São José está em terceiro lugar.



Leia também: A Devoção de Dom Bosco a São José

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

São José

 

Festa Litúrgica                                                                            19 de Março


A
menção mais antiga sobre o culto a São José, no Ocidente, deu-se por volta do ano 800, no norte da França. No dia 19 de março, lê-se: “Ioseph sponsus Mariae”. A referência a José, esposo de Maria, tornou-se cada vez mais frequente entre os séculos IX e XIV. No século XII, os Cruzados construíram uma igreja em sua honra, em Nazaré. No entanto, no século XV, o culto a São José começou a se difundir graças a São Bernardino de Sena e, sobretudo, a João Gerson (+1420), chanceler da basílica de “Notre Dame” de Paris: ele manteve o desejo de dedicar, de modo oficial, uma festa a São José. Todavia, já havia algumas celebrações, em Milão, junto aos Agostinianos, e em muitos lugares da Alemanha. Entretanto, a partir de 1480, com a aprovação do Papa Sisto IV, começou-se a celebrar a sua festa em 19 de março, que, depois, passou a ser obrigatória, em 1621, com o Papa Gregório XV. O Papa Pio IX, em 1870, declarou São José padroeiro da Igreja Católica. Por sua vez, João XXIII, em 1962, inseriu seu nome no Cânon Romano da Santa Missa. Enfim, o Papa Francisco aprovou sete novas invocações na Ladainha de São José: Guardião do Redentor, Servo de Cristo, Ministro da salvação, Amparo nas dificuldades, Patrono dos exilados, Patrono dos aflitos, Patrono dos pobres.



"Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado” (Mt 1,16,18-21,24). A liturgia também propõe Lc 2,14-21).

Pai amado
José pôs-se a serviço do plano de salvação, cuidando da Sagrada Família, que Deus lhe confiou: foi um servo atencioso no momento da Anunciação; um servo prudente ao cuidar de Maria e do Menino, que carregava no seu seio; defensor da Família no momento de perigo. Estes são apenas alguns aspectos da figura de São José, que explicam por que o povo santo o venera com particular devoção.

Pai na ternura
José ensinou Jesus a andar, segurando-o pela mão. Jesus viu a ternura de Deus em José, homem justo. Em José, Jesus viu um homem de fé, que sabia encarar a vida com esperança, porque, em meio às tempestades, Deus permanece firme no leme do barco da vida.

Pai na obediência
O desígnio de Deus foi revelado a José em sonhos e a sua resposta sempre foi pronta: no momento da Anunciação do Senhor; quando Herodes queria matar o Menino; após a morte de Herodes. José era guiado por Deus e obedecia. Jesus respirou esta "submissão" filial a Deus e aprendeu a obedecer a seus pais.

Pai no acolhimento
A figura de José é apresentada como um homem respeitoso, delicado, capaz de colocar a dignidade e a vida de Maria acima de tudo, até mesmo da sua reputação. José aceita tudo, ciente de que é guiado pela providência de Deus; entende que a vida se revela na medida em que acolhe o plano de Deus e se reconcilia com seus desígnios. Eis o realismo cristão: acolher em Deus a própria história, para acolher o próximo.

Pai na coragem criativa
Diante das dificuldades, José sempre encontrou recursos mais inesperados. Ele é o homem através do qual Deus desenvolve os primórdios da história da salvação; os obstáculos não impedem a audácia e a obstinação deste homem, justo e sábio. Deus confia neste homem, como confiou em Maria. Por isso, ele foi o Custódio da Sagrada Família: a de Nazaré e a de hoje, que é a Igreja.

Pai trabalhador
O trabalho, entendido como participação na obra de Deus, foi desempenhado por José na sua vida e o ensinou ao seu filho Jesus: a importância do trabalho é a origem de uma nova "normalidade", da qual ninguém está excluído. A obra de São José recorda que o próprio Deus, feito o homem, não deixou de trabalhar, pois o trabalho é a garantia da dignidade humana.

Pai na sombra
Ser pai significa preparar o Filho às experiências da vida, à realidade, sem o prender, deter, tomar posse dele, mas fazer com que ele seja capaz de fazer suas escolhas, ser livre e poder partir. A lógica do amor é sempre a lógica da liberdade: a alegria de José é doar-se. Ele se tornou inútil e viveu na sombra, para que seu Filho pudesse emergir.

(cf. citações extraídas da Carta Apostólica “Patris Corde” do Papa Francisco)





segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

O Escapulário de São José, Origem e como usar este Sacramental

O Escapulário de São José

    Esta devoção deve a sua origem à Madre Maria da Cruz, uma religiosa terciária regular franciscana, superiora geral da sua congregação, ajudada na sua obra por um religioso de santa memória, o R. P. Pierre Baptiste, capuchinho. Este escapulário foi aprovado a 23 de janeiro de 1893, na festa do Casamento da Santíssima Virgem e de São José, pelo Papa Leão XIII, confiando a sua difusão aos Frades Menores Capuchinhos. 

Detalhes do Escapulário de São José

    Sobre os quadrados amarelos do escapulário são cosidas duas imagens. A imagem do primeiro lado lembra a missão de São José como Protetor do Divino Menino na sua infância sobre a terra e para todos os fiéis da Igreja de Cristo. É uma imagem de São José levando o Menino Jesus no seu braço direito e um lírio na sua mão esquerda. Por baixo da imagem está escrito: "São José, Protetor da Igreja, rogai por nós".

No segundo lado encontra-se uma imagem lembrando o papel de São José como muralha dos Papas e protetor da Igreja. É a visão de uma pomba que sobrevoa as Chaves de São Pedro. Por baixo da imagem está escrito: "O Espírito do Senhor o conduz".

O escapulário de São José tem três objetivos:

1. ELE OBTÉM-NOS O SOCORRO NECESSÁRIO NAS NOSSAS LUTAS QUOTIDIANAS FAZENDO-NOS LEMBRAR AS TRÊS PRINCIPAIS VIRTUDES DE SÃO JOSÉ: A HUMILDADE, A MODÉSTIA E A PUREZA.

2. A COR AMARELA SIGNIFICA A JUSTIÇA E A SANTIDADE DE SÃO JOSÉ, O ROXO A SUA MODÉSTIA E HUMILDADE E O BRANCO SUA PUREZA PERFEITA.

3. INVOCAR SÃO JOSÉ COMO PROTETOR DA IGREJA PARA QUE ELE A FORTIFIQUE E PROTEJA.

É também um grande socorro para o fiel no momento da sua última agonia, pois São José é o padroeiro da boa morte.

Para obter as graças desta devoção, é preciso que um sacerdote abençoe e imponha o escapulário segundo o ritual; que se traga dia e noite, exceto em casa de impossibilidade, e que se diga cada dia a invocação:

São José, nosso protetor, rogai por nós!

Se já se trouxer outro escapulário (assim como o de Nossa Senhora do Carmo), não se devem cozer os dois juntos de tal forma que fiquem como sendo um único. Para conservar seus privilégios, apenas se poderá prender por dois pontos de costura as extremidades dos dois cordões.

No caso de não mais se poder trazer esse escapulário por uma causa razoável poder-se-á substituí-lo por uma medalha (benta) de São José.

Bênção e imposição do escapulário


(Decreto da Sagrada Congregação dos Ritos de 18 de Abril de 1893)

Recebe-se o escapulário de joelhos, o sacerdote, revestido de sobrepeliz e da estola branca, começa assim:

O nosso auxilio está no nome do Senhor.
R. Que fez o Céu e a Terra.

O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

V. Oremos: 
Senhor Jesus Cristo, que quiseste ser confiado à guarda de São josé, o esposo de Maria Vossa Mãe Imaculada, dignai-vos abençoar este vestido instituído para proteger os fiéis da Vossa Igreja, para que o seu servo (a sua serva) Vos possa servir piedosamente e em segurança sob a proteção do mesmo São José, Vós que viveis e reinais por todos os Séculos dos séculos.
R. Amém.

Depois, o Sacerdote asperge o escapulário com água benta e impõe-o dizendo:


Recebei, irmão (irmã), o Escapulário de São José, esposo da bem-aventurada Virgem Maria, para que debaixo da sua guarda e proteção, sejais ao abrigo das insidias do demônio, e chegais à vida Eterna. Por Jesus Cristo Nosso Senhor.
R. Amém.

São José, nosso Protetor, rogai por nós!


Pode-se ganhar uma Indulgência plenária (nas condições do costume, confissão nos oito dias, sagrada comunhão no mesmo dia, rogar pelas intenções do Santo Padre o Papa, a exaltação da igreja, a propagação da fé, a extirpação da heresia, a conversão dos pecadores, a concórdia entre os príncipes cristãos) no dia da recepção, assim como nas festas de Natal, da Sagrada Família, da Purificação de Nossa Senhora, e de São José (19 de Março e 1 de Maio), se trouxer habitualmente este escapulário, e renovando nesses dias seu compromisso na associação.

Saiba como adquirir o Escapulário de São José: 12 99639-5642