Reze conosco a Sequência de Pentecostes, um belíssimo hino litúrgico que entoamos para suplicar a vinda do Espírito Santo.
A Sequência de Pentecostes é um hino tradicionalmente entoado no domingo em que celebramos a solenidade de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa. Na liturgia, ele é cantado logo após a aclamação do Evangelho (Aleluia), como uma extensão dela. Por isso é conhecida como “sequência”.
A beleza litúrgica da Sequência de Pentecostes
A “Sequência de Pentecostes”, também chamada Veni, Sancte Spiritus, é uma das mais belas composições litúrgicas da Igreja. Recitada ou cantada na Solenidade de Pentecostes, ela sucede o Aleluia como uma súplica poética à terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
Escrita no século XIII, é tradicionalmente atribuída a Stephen Langton, arcebispo de Canterbury. Sua profundidade teológica e linguagem inspirada fizeram com que fosse chamada aurea – isto é, “dourada”. Entre as sequências que permaneceram na liturgia após o Concílio Vaticano II, esta é a mais celebrada e universalmente conhecida.
O que é uma sequência litúrgica?
Na tradição da Igreja, uma sequência é um hino que prolonga e medita o mistério proclamado no Evangelho, especialmente em solenidades. Sua função é preparar os corações para a escuta da Palavra e para a plenitude da celebração. No Pentecostes, a sequência é proclamada ou cantada solenemente logo antes do Evangelho.
Além do Pentecostes, temos sequências na Páscoa (Victimae paschali laudes), em Corpus Christi (Lauda Sion) e na festa de Nossa Senhora das Dores (Stabat Mater).
Reze a Sequência de Pentecostes
Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.
Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons
Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna!
Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
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