domingo, 11 de maio de 2025

A Vida de Francisco Possenti, conheça São Gabirel da Virgem Dolorosa


A Devoção Mariana de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores.

Nascido Francisco Possenti, no dia 01 de Março de 1838 em Assis. Recebeu desde o berço a fé católica de sua mãe, católica muito piedosa, que sempre se esforçou em educar os filhos no amor a Jesus e Maria.

Em decorrência de sua entrada para o colégio na cidade de Spoleto, teve contato com distrações mundanas, o que lhe foram motivos de empecilho para realizar sua vocação. Tinha como atividades ir a teatros, caçar e até bailes, adquirindo fama na região pelas suas habilidades na dança e na caça.

Entretanto, desde cedo já tinha grande devoção a Nossa Senhora e também noção de que sua vocação era a vida religiosa, mas a mera cogitação em entrar em uma ordem religiosa foi adiada. Mesmo após cair enfermo e prometer entrar em uma ordem caso conseguisse se curar, ele tornou a adiar a realização de sua vocação.

Quando, então, na oitava da Festa da Assunção Gloriosa de Nossa Senhora, São Gabriel avistou o ícone da Virgem Santíssima, famoso na região por muitos milagres, ouviu em seu interior as palavras que lhe deram a firmeza para seguir sua vocação: “Francisco, o que fazes no mundo? Tu não foste feito para ele. Segue tua vocação!”


Com efeito, no ano 1856, abandonou tudo para adentrar a augusta Congregação da Paixão de Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, com a intenção de concretizar sua vocação, viver a perfeição da vida cristã e ter uma vida de oração e penitência. Em suas cartas à família e amigos, percebe-se o mais íntimo da personalidade e piedade de São Gabriel. Logo que entrou para o noviciado, escreve ao pai pedindo-lhe perdão pelas vezes em que foi desobediente e que lhe causou problemas.

Nas suas primeiras cartas percebe-se a grande lástima por ter demorado tanto a realizar sua vocação, por ter perdido tanto tempo com vaidades e distrações mundanas. Por estes erros, se arrepende profundamente e propõe-se a viver uma vida de penitências e sacrifícios. Com o mesmo vigor, demonstra grande gratidão a Deus e Nossa Senhora, pela grande graça dada a ele de viver a vida monástica. No domingo após a profissão de seus votos, escreveu ao pai: “Pela Graça de Deus e proteção de Nossa Senhora das Dores, e para minha indescritível felicidade, minha vontade foi realizada e fiz minha santa profissão. Tamanha graça não pode ser adequadamente avaliada e, portanto, como fui favorecido por Deus Todo Poderoso com tamanho privilégio, sinto-me sujeito a uma obrigação cada vez maior de corresponder a este privilégio”.

Em suas cartas, São Gabriel não hesita em admoestar os irmãos para que se afastem das más companhias, que evitem as ocasiões de pecado, maus livros, espetáculos teatrais e que mantenham os exercícios de piedade e devoção à Virgem Santíssima. Conselhos muito importantes e atuais. A um irmão, descreve sua rotina muito corrida de orações, cantos e estudos no mosteiro: “Com alegria, rapidez e boa vontade, cada dia chega ao fim. Oh, como é agradável colocar-se para descansar tendo servido a Deus (mesmo que indignamente) durante todo o dia!”

Sua vida religiosa era marcada pela devoção a Nosso Senhor Crucificado e a Nossa Senhora das Dores, cujos ícones ele tinha em sua cela e contemplava em suas orações. As graças que obtivera, atribuiu a Nossa Senhora das Dores, que lhe acompanhou durante toda a vida. Vivia diariamente propósitos que ele havia feito a si mesmo. Alguns deles podemos inclusive por em nossos exercícios de piedade:

Não negligenciarei meus exercícios espirituais;

Mortificarei meus olhos e língua;

Não perguntarei por coisas movido pela curiosidade;

Subjugarei meu apetite à razão;

Não me felicitarei por elogios recebidos;

Não permitirei interesses em coisas vãs ou frívolas;

“Ser fiel às coisas pequenas”, este será meu lema;

Darei meu melhor a Deus.
 

Sua firmeza nos princípios, disciplina e devoção a Nossa Senhora eram admiráveis. Movido pelo amor à Mãe de Nosso Senhor, escreveu um credo proclamando as virtudes e glórias da Virgem Mãe de Deus:

“[…] eu confesso com São Bernardino que não há criatura cuja humildade se compare com a sua, e que não há nada no mundo que se compare com o menor degrau de sua humildade.

[…] Creio que vós somente completais perfeitamente o preceito ‘Amarás o Senhor teu Deus’, que vós superais todos os homens e todos os anjos no amor a Deus, desde o primeiro momento de vossa vida, e que mesmo os santos serafins aprendem de Vosso Coração como amar a Deus.

[…] E que se unissem o amor de todas as mães pelos seus filhos, de todas as esposas pelos seus maridos e de todos os anjos e santos pelos seus devotos, ainda não chegaria nem perto do amor que Vós tendes por apenas uma alma e que o amor de todas as mães pelos seus filhos é apenas uma mera sombra do amor que tendes por nós.

[…] Creio que Vós sois nossa vida, ‘e depois de Deus, nossa única esperança’, como disse Santo Agostinho.

[…] Creio que Vós desejais ajudar todos os que Vos invocam, e que Vós sois ‘a salvação dos que Vos invocam’, e que ‘vossa vontade de nos fazer bem é maior do que nosso desejo de o receber’. […] Creio com Santo Antônio de Pádua que no vosso nome está a mesma docilidade que São Bernardo encontrou no nome de Jesus: ‘Vosso Nome, oh Maria, é júbilo para o coração, mel para os lábios e música para os ouvidos’.

[…] Creio que ‘Deus decidiu conceder nada, a não ser por Vós’, que ‘nossa salvação encontra-se em vossas mãos’ e que ‘aqueles que estão sem vossa ajuda são como os que tentam voar sem asas’.

[…] Creio que Vós sois a tesoureira de Jesus e que ‘ninguém recebe qualquer coisa de Deus a não ser por Vós’ e que ‘em Vós encontra-se todo o bem’.” 

Seguindo a espiritualidade passionista, uma característica marcante de São Gabriel é sua compaixão pelas dores de Nossa Senhora. A grande confiança na Santa Mãe de Deus lhe acompanhou durante toda sua vida, como no dia em que se deu a graça de visitar a Santa Casa em Loreto, quando foi avidamente abatido pelo chamado de sua vocação enquanto contemplava o ícone de Nossa Senhora e quando foi investido nos Passionistas, no dia de Nossa Senhora das Dores.


Seu grande amor e devoção por Nossa Senhora, inspiram ainda muitos jovens que desejam crescer na devoção à Virgem Santíssima e na prática das virtudes. Entregou sua alma a Deus no dia 27 de fevereiro de 1862. Foi beatificado por São Pio X em 1908 e canonizado por Bento XV, em 1920.

Oração de São Gabriel Possenti a Nossa Senhora das Dores

Ó Senhora das Dores, pela aflição e amor, com os quais vos colocastes à Cruz de Jesus, permanecei junto a mim em minha última agonia. Ao Vosso Maternal Coração recomendo as últimas três horas de minha vida. Oferecei estas horas ao Eterno Pai, em união com a agonia de nosso amável Senhor, em expiação de meus pecados. Oferecei ao Eterno Pai o Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor junto a vossas lágrimas no Calvário, para que eu obtenha a graça de receber o Santíssimo Sacramento com o mais perfeito amor e contrição antes de minha morte, e que eu possa expirar minha alma na adorável presença de Jesus. Querida Mãe, quando finalmente vier a hora de minha morte, apresentai-me como vosso filho a Jesus. Rogai a Jesus que me perdoe por Lhe haver ofendido, pois eu não sabia o que fazia. Pedi-Lhe que me receba no seu reino de glória para que eu possa me unir a Ele eternamente. Amém.


Assista ao Filme produzido pela Equipe de Dramaturgia da TV Canção Nova:





sexta-feira, 9 de maio de 2025

O Brasão do Papa Leão XIV

 


O brasão do Papa Leão XIV consiste em um escudo dividido em dois setores, cada um carregando uma mensagem profunda.

No lado esquerdo, sobre fundo azul, destaca-se um lírio branco estilizado, símbolo tradicional de pureza e inocência.

Esta flor, frequentemente associada à Virgem Maria, evoca imediatamente a dimensão mariana da espiritualidade do Papa.

Este não é um chamado puramente devocional, mas uma indicação precisa da centralidade que Maria ocupa no caminho da Igreja: um modelo de escuta, humildade e doação total a Deus.

No lado direito do escudo, sobre fundo branco, está representado o Sagrado Coração de Jesus, trespassado por uma flecha e deitado sobre um livro fechado.

Esta imagem, intensa e cheia de significado, remete ao mistério do sacrifício redentor de Cristo, um coração trespassado pelo amor à humanidade, mas também à Palavra de Deus, representada pelo livro fechado.

Esse livro fechado sugere que a verdade divina às vezes é velada e deve ser acolhida com fé, mesmo quando não é totalmente revelada.

É um convite à confiança e ao abandono, a perseverar na busca do significado profundo da Escritura, mesmo nos momentos de escuridão.

O lema escolhido pelo Papa Leão XIV, “In Illo uno unum” – retirado de um comentário de Santo Agostinho sobre o Salmo 127 – resume o cerne da sua mensagem:

“Nele que é Um, nós somos um.”

Essas palavras refletem o ideal de uma Igreja unida, apesar das diferenças e tensões que inevitavelmente a atravessam.

É uma expressão de comunhão fundada não na uniformidade, mas no encontro no amor de Cristo, que torna possível a fraternidade e a reconciliação mesmo nos contextos mais complexos.

Não é por acaso que, na sua saudação à Igreja e ao mundo, o Papa Leão XIV falou precisamente disto: de uma Igreja como ponte, chamada a superar as divisões, a fazer-se espaço de encontro, de escuta e de misericórdia.

Em última análise, por meio de seu brasão e lema, o novo Pontífice propõe uma visão de uma Igreja missionária e mariana, profundamente enraizada no amor de Cristo.

Uma Igreja disposta a sofrer e a comprometer-se inteiramente ao serviço do povo de Deus, consciente de que só na unidade com o Senhor toda a diversidade pode encontrar harmonia.


Quem é o Papa Leão XIV, acesse e saiba mais:




quinta-feira, 8 de maio de 2025

Saudação do Papa Leão XIV no Balcão da Basílica de São Pedro.


"A paz esteja com todos vocês!

Caríssimos irmãos e irmãs, esta é a primeira saudação de Cristo Ressuscitado, o Bom Pastor que deu a vida pelo rebanho de Deus. Eu também gostaria que esta saudação de paz entrasse em seus corações, chegasse às suas famílias, a todas as pessoas, onde quer que estejam, a todos os povos, a toda a terra. A paz esteja com vocês!

Esta é a paz de Cristo Ressuscitado, uma paz desarmada e uma paz desarmante, humilde e perseverante. Ela vem de Deus, Deus que nos ama a todos incondicionalmente. Ainda conservamos em nossos ouvidos aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do Papa Francisco que abençoava Roma!

O Papa que abençoava Roma concedia a sua bênção ao mundo, ao mundo inteiro, naquela manhã do dia de Páscoa. Permitam-me prosseguir com essa mesma bênção: Deus nos ama, Deus ama a todos vocês, e o mal não prevalecerá! Estamos todos nas mãos de Deus. Portanto, sem medo, unidos de mãos dadas com Deus e entre nós, sigamos em frente. Somos discípulos de Cristo. Cristo nos precede. O mundo precisa de sua luz. A humanidade precisa dele como ponte para ser alcançada por Deus e seu amor. Ajudai-nos também vós, e depois uns aos outros, a construir pontes, com o diálogo, com o encontro, unindo-nos a todos para sermos um só povo, sempre em paz. Obrigado, Papa Francisco!

Quero também agradecer a todos os meus irmãos cardeais que me escolheram para ser o Sucessor de Pedro e caminhar junto com vocês, como Igreja unida, sempre buscando a paz, a justiça, buscando sempre trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho, para sermos missionários.

Sou filho de Santo Agostinho, um agostiniano, que disse: “com vocês sou cristão e para vocês bispo”. Nesse sentido, podemos todos caminhar juntos rumo àquela pátria que Deus nos preparou.

À Igreja de Roma, uma saudação especial! [Aplausos] Devemos buscar juntos como ser uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes, dialoga, sempre aberta para receber como esta praça com os braços abertos. A todos, a todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do diálogo e do amor.


E se também me permitem, uma palavra, uma saudação a todos aqueles, e em particular à minha querida Diocese de Chiclayo, no Peru, onde um povo fiel acompanhou seu bispo, compartilhou sua fé e deu muito, muito para continuar sendo Igreja fiel de Jesus Cristo.

A todos vocês, irmãos e irmãs de Roma, da Itália, do mundo inteiro, queremos ser uma Igreja sinodal, uma Igreja que caminha, uma Igreja que sempre busca a paz, que sempre busca a caridade, que sempre busca estar próxima, especialmente daqueles que sofrem.

Hoje é o dia da Súplica a Nossa Senhora de Pompeia. Nossa Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar próxima, ajudar-nos com sua intercessão e seu amor.

Por isso, gostaria de rezar junto com vocês. Rezemos juntos por esta nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo e peçamos esta graça especial a Maria, nossa Mãe."

Conheça o Papa Leão XIV, Cardeal Robert Francis Prevost, eleito 267º Papa

 


O Cardeal Robert Francis Prevost nasceu em Chicago, tornou-se padre aos 27 anos e dedicou um doutorado a Santo Agostinho, o doutor da Igreja; eleito Papa, escolheu como nome Leão XIV

O Cardeal Robert Francis Prevost, O.S.A., foi eleito como 267º Sucessor de Pedro e escolheu como nome Leão XIV.

Prefeito do Dicastério para os Bispos, Arcebispo-Bispo emérito de Chiclago, nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago (Illinois, Estados Unidos). Em 1977, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (O.S.A.) na província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Saint Louis. Em 29 de agosto de 1981, emitiu seus votos solenes. Estudou na União Teológica Católica de Chicago, onde se formou em Teologia.

Aos 27 anos, foi enviado pela Ordem a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Recebeu a ordenação sacerdotal em 19 de junho de 1982. Obteve sua licenciatura em 1984 e, em seguida, foi enviado para trabalhar na missão de Chulucanas, em Piura, Peru (1985-1986).

Doutorado

Em 1987, doutorou-se com a tese: “O papel do prior local na Ordem de Santo Agostinho”. No mesmo ano, foi eleito diretor de vocações e diretor das missões da província agostiniana “Mãe do Bom Conselho” de Olympia Fields, Illinois, Estados Unidos da América. Em 1988, foi enviado à missão de Trujillo como diretor do projeto de formação conjunta para aspirantes agostinianos nos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Lá, atuou como prior da comunidade (1988-1992), diretor de formação (1988-1998) e professor dos professos (1992-1998). Na arquidiocese de Trujillo, foi vigário judicial (1989-1998) e professor de direito canônico, patrístico e moral no Seminário Maior “San Carlos e San Marcelo”.

Em 1999, foi eleito prior provincial da província “Mãe do Bom Conselho”, Chicago. Após dois anos e meio, o Capítulo Geral Ordinário o elegeu prior geral, ministério que lhe foi novamente confiado no Capítulo Geral Ordinário de 2007. Em outubro de 2013, retornou à sua província (Chicago) para servir como professor dos professos e vigário provincial, funções que ocupou em 3 de novembro de 2014, quando o Papa Francisco o nomeou administrador apostólico da diocese de Chiclayo, Peru, elevando-o à dignidade de bispo e atribuindo-lhe a diocese titular de Sufar. Em 7 de novembro, tomou posse canônica da diocese na presença do núncio apostólico James Patrick Green; foi ordenado bispo em 12 de dezembro, Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na catedral de sua diocese. Serviu como bispo de Chiclayo a partir de 26 de novembro de 2015. Em março de 2018, tornou-se segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana. O Papa Francisco o nomeou membro da Congregação para o Clero em 2019 e membro da Congregação para os Bispos em 2020.

Em 15 de abril de 2020, o Papa o nomeou administrador apostólico da diocese de Callao.

Em 30 de janeiro de 2023, o Papa Francisco nomeou o Cardeal Prevost prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. Foi criado e proclamado Cardeal pelo Papa Francisco no Consistório de 30 de setembro de 2023, da Diaconia de Santa Mônica.

Saudação do Papa Leão XIV aos fiéis na Praça São Pedro no Vaticano.





sexta-feira, 25 de abril de 2025

O Espírito Santo escolhe os Papas? A madura resposta de Ratzinger


Francisco Vêneto - publicado em 15/06/22

"Existem exemplos demais de Papas que evidentemente o Espírito Santo não teria escolhido", declarou o então prefeito para a Doutrina da Fé


É literalmente o Espírito Santo quem escolhe os Papas? Esta pergunta, bastante delicada e talvez até capciosa, foi feita em 1997 ao então cardeal Joseph Ratzinger, futuro Papa Bento XVI.

Conforme registrado pelos jornais católicos italianos Tempi e Avvenire, este último pertencente à Conferência Episcopal Italiana, o cardeal Ratzinger, que era na época o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, assim respondeu:

"Eu não diria desta forma, no sentido de que seja o Espírito Santo quem o escolhe. Eu diria que o Espírito Santo não toma exatamente o controle da questão, mas sim, como bom educador que é, nos deixa muito espaço, muita liberdade, sem nos abandonar completamente. Então o papel do Espírito deveria ser entendido num sentido muito mais elástico; não que ele dite o candidato em quem cada um tem que votar. Provavelmente, a única certeza que Ele oferece é que a coisa não possa ser totalmente arruinada. Existem exemplos demais de Papas que evidentemente o Espírito Santo não teria escolhido".

Livre arbítrio e Espírito Santo

A lúcida e madura resposta de Ratzinger é perfeitamente coerente com toda a doutrina católica sobre a liberdade humana de tomar decisões autônomas: cada pessoa é livre para escolher, diante da própria consciência, se quer ou não quer ouvir e seguir as inspirações do Espírito Santo. "O Espírito sopra onde quer", declarou Jesus Cristo, mas não impõe nada.

Deus, de fato, respeita o nosso livre arbítrio a ponto de acatar até mesmo a nossa decisão de rejeitá-Lo eternamente. Por que razão, então, não iria deixar os cardeais perfeitamente livres diante da sua consciência para tomarem as decisões que julgassem mais adequadas? Cada um prestará contas da própria retidão de consciência.

Fé e razão de mãos dadas

A fé madura é sempre coerente com a razão. Como sintetizou São João Paulo II na abertura da encíclica Fides et Ratio, "a fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade".

Reze a Ladainha do Espírito Santo para que ilumine os Cardeais na escolha do novo Papa.




Oração para o período de Sede Vacante


Oração em Português

Suplicamos, ó Deus, com humildade: que tua imensa piedade concedeu à Sacrossanta Igreja Romana um Pontífice; que, por seu zelo por nós, possa ser agradável a Vós, que seja assíduo no Governo da Igreja para a glória e reverência do Vosso nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Oração em Espanhol

Te suplicamos humildemente, ó Deus: que tu imensa misericordia conceda à Santíssima Iglesia Romana un Pontífice; que por su celo por nosotros, te mar agradable, y mar asiduo en el gobierno de la Iglesia para gloria e reverencia de tu nombre. Por nosso Senhor Jesucristo, teu filho, na unidade do Espírito Santo, Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.

Oração em Latim

Súpplici, Dómine, humilitáte depóscimus: ut sacrosánctae Románae Ecclésiæ concédat Pontíficem illum tua imménsa pietas; qui et pio in nos studio sempre tibi plácitus, et tuo pópulo pro salúbri regímine sit sídue ad gloriam tui nominis reveréndus. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. Amém.




quarta-feira, 23 de abril de 2025

A Paternidade espiritual de São José na vida de Santa Faustina

 

    Servo bom e fiel, foste fiel em pouca coisa, eu te constituirei sobre muito; vem alegrar-te com o teu Senhor” (Mt 25, 21). Esse versículo do evangelho de São Mateus muitos padres antigos da Igreja atribuem a São José. A citação é de quando Jesus conta aos seus discípulos a parábola dos talentos. Não é difícil de compreender e aceitar que tal versículo faça referência ao nosso pai espiritual. Visto que sua vida foi de total entrega e fidelidade a Jesus e a Maria, numa atitude de corresponder ao pedido que o Anjo lhe fez em sonho.

Nosso amado pai [São José] espiritual continua lá do céu a sonhar os planos de Deus!

Na verdade, José entendeu tudo e fez com que Ele [Jesus] crescesse e ele [São José] desaparecesse.  Esse desaparecer parece ter sido apenas em sua vida terrena, já que no Céu a sua missão continuaria e seria ampliada a tudo o que diz respeito aos planos de salvação de Deus para a humanidade. São Pedro Julião Eymard (1811-1868) grande devoto e adorador da Santíssima Eucaristia diz que:

“A devoção a São José é uma das graças mais excelentes que Deus pode conceder a uma alma, pois equivale a revelar todo o tesouro das bênçãos do Senhor. Quando Deus deseja elevar uma alma, Ele a une a São José, dando-lhe um forte amor por este santo.”

Não é de se assustar que muitos santos viveram apenas a propagar a devoção ao nosso pai espiritual. É o caso de Santo André Bessete, religioso da Congregação de Santa Cruz. Por ter assumido São José por seu pai (ficou órfão muito novo) decidiu por toda a sua vida falar dele e lhe construir um belíssimo oratório dedicado a São José, que até hoje recebe devotos de todo o mundo. Santo Afonso Maria de Ligório, o “doutor zelosíssimo”, nos diz o seguinte:

“São José não foi apenas destinado a servir de alívio a Mãe de Deus, que tantas tribulações teve na terra; nem era apenas o arrimo de Jesus Cristo, mas estava destinado também a cooperar de certa forma com a redenção do mundo.”

Nosso amado pai [São José] espiritual, de certo, continua lá do céu a sonhar os planos de Deus! E, ao despertar, vai colocando em prática. É impressionante como místicos, padres, monges, freiras e leigos buscam em São José o modelo perfeito de servir a Deus na escuta e obediência filial ao Senhor.

Santa Faustina e São José

Na vida de Santa Faustina (1905-1938) não foi diferente, pois como nos afirma São Pedro Julião Eymard o próprio Deus confiou a alma de Santa Faustina a São José. Após viagem a Rabka e uma pequena estadia nesta cidade no ano de 1937, Santa Faustina revela no número 1203 do seu Diário algo muito importante sobre São José. E nos faz ter certeza que tudo aquilo que diz respeito ao plano de salvação da humanidade e que está intimamente ligado a Jesus e Maria, São José é o primeiro servidor, olha o que nos escreveu em seu diário a santa:

São José pediu que eu tivesse incessante devoção a ele, ele mesmo me disse que eu rezasse diariamente três orações e uma vez o Lembrai-vos (Memorare a São José). Olhava com muita bondade e me fez conhecer o quanto é favorável a essa obra. Prometeu-me a sua especial ajuda e proteção. Todos os dias rezo as orações recomendadas e sinto sua especial proteção”. (Supõe-se que as outras orações sejam o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Glória ao Pai, conforme o apêndice de seu diário)

“São José não foi apenas destinado a servir de alívio a Mãe de Deus, que tantas tribulações teve na terra; nem era apenas o arrimo de Jesus Cristo, mas estava destinado também a cooperar de certa forma com a redenção do mundo.”

O que eu (José João) sinto no  meu coração em te dizer é que nosso pai espiritual está muito mais ativo do que nunca! Sua missão não terminou tão logo começou a vida pública de Jesus, mas como nos diz o evangelho de São Mateus, na “parábola dos talentos”, a São José foi confiado muito mais por sua obediência e fidelidade a Jesus.

Como na primeira vinda do Filho de Deus ao mundo, o Senhor lhe confiou seu bem mais precioso; neste momento da história da humanidade em que o próprio Jesus abre as entranhas de Sua misericórdia para nos salvar do pecado, e mostrar-nos como espera que nos aproximemos d’Ele com confiança em sua misericórdia. Esta é a “última tábua de salvação” a toda a humanidade.  São José não ficaria de fora, e como fez para proteger o Menino Jesus das loucuras de Herodes, também o fará para que todos aqueles que se dedicam e abraçam esta obra de misericórdia possam experimentar sua proteção e amparo. Lembremos do que escreveu Santa Teresa D’Ávila (1515-1582) sobre São José:

“Conhecendo por experiência a surpreendente influência de São José sobre Deus, gostaria de exortar a todos a honrá-lo com particular devoção. Sempre vi quem o honrou de maneira especial progredir em virtude, pois esse protetor celeste favorece de modo extraordinário o avanço espiritual das almas que a ele se entregam”.

Assim avançou Santa Faustina em perfeição espiritual unida a São José. De forma simples e eficaz, buscando seu auxílio, encontrou o seu favor na obra que Jesus lhe confiara. Não podemos imaginar uma obra tão grande como a da Divina Misericórdia sem o auxílio e a proteção de São José. É certo que São José não se fez presente na vida de Santa Faustina apenas no aspecto de levar em frente a Obra de Misericórdia. Desde sua infância, São José foi providenciando tudo para que Faustina pudesse cumprir a missão a qual estaria predestinada por Deus.  Até mesmo na contrariedade de seus pais em não lhe permitir se consagrar a Deus. Mais tarde, ela percebe que sua felicidade era a vontade de Deus, foi a paternidade espiritual de São José que a conduziu.

Muitos de nós nem imaginamos, mas de muitas coisas que somos livrados é São José quem está a cuidar. Da falta de crescimento e amadurecimento na vida espiritual, até mesmo para vencer esta desorganização interior, precisamos nos aproximar de São José sem medo e receio. Permita que ele seja o seu mestre de vida vida interior e pai espiritual! Esta tarefa é de São José! Ele cuidou da mais nobre alma que habitou este mundo, Jesus Cristo Nosso Senhor.

“Conhecendo por experiência a surpreendente influência de São José sobre Deus, gostaria de exortar a todos a honrá-lo com particular devoção. Sempre vi quem o honrou de maneira especial progredir em virtude, pois esse protetor celeste favorece de modo extraordinário o avanço espiritual das almas que a ele se entregam”.

Como não cuidará de nós,  se o pedirmos e nos aproximarmos dele? Quero lhe fazer o convite assim como Santa Faustina rezou todos os dias o Memorare a São José,  que você reze também confiando sua alma a São José para que conduza tua vida.

Memorare a São José (Lembrai-vos)

“Lembrai-vos, ó castíssimo Esposo da Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a vós recorro, ó pai espiritual, e imploro a vossa proteção. Não rejeiteis as minhas súplicas, ó pai adotivo do Redentor, mas dignai-vos de as ouvir precisamente e de me alcançar o que vos rogo. Amém.”

Reze o Terço da Misericórida



terça-feira, 22 de abril de 2025

São José Operário, padroeiro dos trabalhadores

 


Conheça a vida de São José Operário, sua importância para a Igreja e por que ele é considerado o padroeiro dos trabalhadores.

    A Mãe Igreja, que é sábia, oferece e indica aos seus filhos os meios de se santificar e também os modelos de santidade para lhes inspirar. Já temos um dia dedicado a São José, mas foi necessário também reservar uma data para recordar o habilidoso ofício do pai putativo de Jesus: São José Operário.

Neste texto, você vai descobrir o que essa festa litúrgica tem a nos ensinar e por que o grande santo é para nós um exemplo de trabalhador.

São José: um simples operário e o maior de todos os santos

“José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados.”Isto é o que o anjo do Senhor disse a São José em sonho, quando este, pensando não fazer parte de tal plano de Deus, decide abandonar Maria em segredo. No entanto, São José foi escolhido por Deus desde toda a eternidade. Além de ser um homem justo, ele era certamente viril e forte — o que se nota também pelo seu trabalho de carpinteiro —, assim foi chamado a ser protetor e guarda da Sagrada Família.

E como podemos afirmar a santidade de São José, se não há uma única palavra sua nas Sagradas Escrituras? Ora, que prova maior do que ser aquele a quem o próprio Deus confia a guarda de Sua Mãe Santíssima e do seu Filho Eterno? Homem justo e humilde guardou a virgindade de Maria e a vida de Cristo — não foi São José avisado em sonho para fugir com Maria e o Menino para o Egito e obedeceu no mesmo instante?2

Eis porque é São José o maior de todos os santos, depois de Jesus e de Maria. O humilde carpinteiro de Nazaré, um simples operário, torna-se aquele que ocupa um dos mais elevados tronos da glória — que bela contradição! No segredo e no silêncio foi quem mais esteve intimamente unido ao Verbo Encarnado, depois da Virgem Maria. Que alegria e honra de São José: conviver com o Cristo, dar a ele de comer, ensinar-lhe o ofício da carpintaria. Sem dúvida, recebeu de Deus as maiores graças e dons para realizar essa grande missão, de tal maneira que foi digno de ser o pai do Filho de Deus em sua vida terrena.

Por que São José Operário é o Padroeiro dos Trabalhadores?

Tamanha importância tem celebrar São José Operário, sua festa veio resgatar o verdadeiro sentido do trabalho e a sua dignidade. Sem dúvida, a oficina de São José era um lugar santo, pois foi onde Cristo redimiu o trabalho, assumindo nossa humanidade e trabalhando com as suas mãos humanas. Na ocasião da instituição da festa litúrgica de São José Operário, por Pio XII, em 1º de maio de 1955, o Papa disse: “[…] vocês aceitam este presente? Tenho certeza que sim, porque o humilde artesão de Nazaré não representa apenas, para Deus e a Santa Igreja, a dignidade de um trabalhador braçal, mas também e sempre o padroeiro de vocês e de suas famílias”.3

A Igreja reconhece no trabalho um caminho de santificação para os seus fiéis. São José, o escolhido para ser pai do Filho de Deus, era um artesão. Nas Sagradas Escrituras, uma das poucas coisas que se conta a respeito deste grande santo é a sua profissão — carpinteiro. No entanto, o seu ofício era mais amplo, “não competia apenas a produção de artefatos de madeira, como mesas, cadeiras e outros móveis, mas também a produção de vigas, pranchas e estruturas de madeira, necessárias para a construção das casas.”3

Com certeza, São José realizava o seu trabalho honesta e diligentemente; com esforço e zelo. E executar o ofício da melhor forma possível é parte fundamental na busca da santificação no trabalho; no entanto, santificou-se São José no seu trabalho especialmente porque amava mais que tudo a Jesus e a Santíssima Virgem, sua esposa: eram eles o sentido de seu trabalho. Uma vez que ambos tesouros lhes foram confiados pela Divina Providência, este homem justo e piedoso empenhava-se muito — e não temia o cansaço —, a fim de oferecer uma vida digna, ainda que modesta, à sua família.

O papel de São José na redenção do trabalho

A reta intenção de cumprir o seu dever e, unido a isso, o amor que tinha a Jesus e a Maria, santificaram São José dia após dia. Mas há ainda um outro aspecto que faz deste santo o modelo dos trabalhadores: o Cristo quis passar os primeiros trinta anos de sua vida oculta dedicando-se ao ofício de seu pai na terra. Sendo assim, o simples artesão de Nazaré, escolhido para a grande missão de ser o pai adotivo de Jesus, foi também destinado a ensinar-lhe o seu ofício de artesão. Foi São José quem ensinou Jesus a trabalhar — manejar ferramentas e construir mesas e portas.

O ofício de Jesus, o qual aprendeu com São José o valor e a dignidade do trabalho, redime o trabalho e o eleva. Além disso, indica para nós o que já está posto no Gênesis: Deus nos criou para que trabalhássemos. Portanto, o trabalho não é uma punição de Deus. Ao aprender de São José, Cristo nos ensina também a servir e amar os demais por meio de nosso trabalho, a fazer de cada atividade por menor que seja — e por humilde que seja — uma obra de salvação. Quanto de amor colocamos na realização de nosso trabalho cotidiano? É assim que santificamos cada tarefa que nos compete.

E, dessa maneira, São José, além de realizar de forma primorosa o seu ofício, participa da redenção do trabalho. A sua oficina é o lugar no qual Cristo assistiu o seu pai na terra e o imitou, a fim de mostrar a nós que o trabalho faz parte da vida humana e pode ser um meio de santificação. Não tenhamos medo de servir e de amar, ainda que venha o cansaço; pois “Qualquer trabalho, mesmo o mais escondido, mesmo o mais insignificante, oferecido ao Senhor, traz a força da vida de Deus!”4

Orações a São José Operário

“Ide a José” é a recomendação da Mãe Igreja. Como não recorrer àquele em quem o próprio Deus confiou? Se você procura um trabalho ou deseja realizar bem o seu ofício, “Ide a José”. Peçamos a São José a graça de cumprir a nossa vocação no trabalho cotidiano, realizando bem o nosso dever e amando e servindo a Deus na pessoa de nossos irmãos.

Oração a São José por um emprego

Amado São José, vós que tivestes que prover o sustento a Jesus e Maria, olhai com paternal compaixão para a minha angústia em prover o sustento de minha família. Rogo-vos, ajudai-me a encontrar o mais rápido possível um emprego, de modo que esta angústia seja tirada do meu coração e eu possa, o quanto antes, prover as necessidades daqueles que me foram confiados por Deus. Livrai-nos da amargura e do desânimo, de tal modo que possamos passar por esta prova espiritualmente fortalecidos e com ainda maiores bênçãos de Deus. Amém.

Oração a São José Operário

Dirigimo-nos a ti, ó bendito São José, nosso protetor na Terra como aquele que conhece o valor do trabalho e respondes prontamente a nossa invocação. Através de tua santa esposa, a Imaculada Virgem Mãe de Deus, e conhecendo o amor paternal que tu tiveste a Nosso Senhor Jesus, rogamos que nos assistas em nossas necessidades e nos fortaleças em nossos trabalhos. Pela promessa de realizar dignamente nossas tarefas diárias, livra-nos de cair no pecado, livra-nos da avareza, livra-nos de um coração corrompido. Sejas o solícito guardião de nosso trabalho, nosso defensor e fortaleza contra a injustiça e o erro. Seguimos teu exemplo e buscamos teu auxílio. Socorre-nos em nossos esforços, para assim podermos obter contigo o descanso eterno no Céu. Amém.

Oração a São José para antes do trabalho

Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtém-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação dos meus numerosos pecados; de trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações; de trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus; de trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades de trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus! Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo a tua imitação, ó Patriarca São José! Tal será a minha divisa na vida e morte. Amém.


Reze também a Novena a São José Operário!








Oração pedindo emprego a São José Operário

 



Conheça e reze esta bela oração pedindo emprego a São José Operário, padroeiro de todos os que trabalham e buscam um trabalho.


São José Operário é modelo dos trabalhadores. Não deixe de fazer esta oração pedindo emprego a São José Operário:

Ó Meu querido São José, santo trabalhador, que em vida fizestes a vontade de Deus através do trabalho, sustentando com o pão honesto a boca de vosso filho Jesus, abri as portas do comércio e das indústrias para que eu possa conseguir um emprego.

Dai-me forças e coragem para não desistir ao primeiro “não”, e que a cada “não” eu alimente minha fé para buscar um “sim”. Que eu tenha a disposição de Santa Teresa d’Ávila, a humildade de São Francisco de Assis, a força e a perseverança de Santo Antônio. 

Orientai os senhores do poder para que a distribuição dos bens de nosso país seja mais justa, dando trabalho e riqueza suficiente a toda a gente.

Protegei nossas famílias para que não se deixem vencer pela seca, pelo medo, pela violência, pela falta de trabalho e dai-nos esperança renovada a cada domingo da Ressurreição.

Meu São José, padroeiro dos trabalhadores, não me deixeis sem o pão de cada dia e sem perspectiva de trabalho para sustentar honestamente minha família.

Prometo, com o dinheiro do salário pago de meu futuro emprego, ajudar a quem necessita e divulgar minha devoção por vós. Amém.

Depois de fazer esta oração pedindo emprego a São José Operário, reze também sua Novena.








Novena a São José Operário

 

Reze a Novena a São José Operário pela santificação do nosso trabalho e por um novo emprego se for o seu caso.

Convide mais pessoas para Rezar conosco a Novena a São José Operário para suplicar ao nosso querido pai a nossa santificação por meio do trabalho, um novo emprego ou a superação de alguma dificuldade no nosso emprego atual.

Quem é São José Operário?

Se Cristo trabalhou como nós, foi em uma profissão ensina por seu pai, São José. Carpinteiro, marceneiro, trabalhava com o manuseio de madeira. E ensinou Cristo, que as Escrituras registram ter sido chamado de “filho de José, o carpinteiro”.

Sem dúvida, a oficina de São José era um lugar santo, pois foi onde Cristo redimiu o trabalho, assumindo nossa humanidade e trabalhando com as suas mãos humanas.

A Igreja reconhece no trabalho um caminho de santificação para os seus fiéis e na figura de São José encontra um modelo para os trabalhadores, por isso a devoção a São José Operário.

Quando celebramos o dia de São José Operário?

No dia 01 de Maio, dia do trabalhador, nós celebramos São José Operário.

A Novena a São José Operário (Oraçãoes para todos dos dias)

Oração inicial para todos os dias

São José, pelo trabalho das tuas mãos e pelo suor do teu rosto, sustentaste Jesus e Maria, e tiveste o Filho de Deus como teu aprendiz.

Ensina-me a trabalhar como você fez, com paciência e perseverança, por Deus e por aqueles a quem Deus me deu para sustentar.

Ensina-me a ver nos meus funcionários e colegas de trabalho o Cristo que deseja estar neles, para que eu seja sempre caridoso e tolerante com todos.

Concede-me que olhe para o trabalho com os olhos da fé, para que nele reconheça a minha participação na atividade criativa de Deus e na obra de Cristo para a nossa redenção, e assim me orgulhe dele.

Quando for agradável e produtivo, lembre-me de agradecer a Deus por isso. E quando for pesado, ensina-me a oferecê-lo a Deus, em reparação pelos meus pecados e pelos pecados do mundo.

Ó bom pai, São José! Rogo-lhe, com todos os seus sofrimentos, tristezas e alegrias, que obtenha para mim o que agora peço: (faça seu pedido). 

Obtenha para todos aqueles que pediram minhas orações tudo o que lhes for útil no plano de Deus. Esteja perto de mim nos meus últimos momentos para que eu cante eternamente louvores a Jesus, Maria e José. Amém.

Reze um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai

Oração a São José Operário pedindo um emprego (oração final)

Ó Meu querido São José, santo trabalhador, que em vida fizestes a vontade de Deus através do trabalho, sustentando com o pão honesto a boca de vosso filho Jesus, abri as portas do comércio e das indústrias para que eu possa conseguir um emprego. Dai-me forças e coragem para não desistir ao primeiro “não”, e que a cada “não” eu alimente minha fé para buscar um “sim”. Que eu tenha a disposição de Santa Teresa d’Ávila, a humildade de São Francisco de Assis, a força e a perseverança de Santo Antônio. Orientai os senhores do poder para que a distribuição dos bens de nosso país seja mais justa, dando trabalho e riqueza suficiente a toda a gente. Protegei nossas famílias para que não se deixem vencer pela seca, pelo medo, pela violência, pela falta de trabalho e dai-nos esperança renovada a cada domingo da Ressurreição. Meu São José, padroeiro dos trabalhadores, não me deixeis sem o pão de cada dia e sem perspectiva de trabalho para sustentar honestamente minha família. Prometo, com o dinheiro do salário pago de meu futuro emprego, ajudar a quem necessita e divulgar minha devoção por vós. Amém.





sábado, 19 de abril de 2025

Regina Caeli: uma oração para o Tempo Pascal


Regina Caeli (Rainha do Céu) é uma tradicional e piedosa oração que deve ser recitada durante o Tempo Pascal, no lugar do Angelus. Saiba como rezá-la.

    Conheça a oração Regina Caeli (ou Regina Coeli), uma tradicional antífona mariana rezada durante o Tempo Pascal. Recomenda-se aos católicos que, desde o Domingo da Ressurreição até o dia de Pentecostes, rezem-a no lugar do Angelus.

    Por meio desta oração, a Igreja se une à Nossa Senhora, em grande alegria, pela ressurreição do seu Filho. Além disso, o “Alegrai-vos!” nos recorda as palavras com as quais o Anjo Gabriel saudou a Santíssima Virgem, no dia da Anunciação: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo!”

Que este Tempo Pascal seja, portanto, uma grande oportunidade de nos alegrarmos verdadeiramente, todos os dias, porque o Senhor ressuscitou e está conosco.

Regina Caeli em português

℣. Rainha do Céu, alegrai-vos, aleluia.
℟. Porque quem merecestes trazer
em vosso seio, aleluia.

℣. Ressuscitou como disse, aleluia.
℟. Rogai a Deus por nós, aleluia.

℣. Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia.
℟. Porque o Senhor Ressuscitou verdadeiramente, aleluia.

Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso, concedei-nos, Vos suplicamos, que por Sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos as alegrias da vida eterna. 
Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.

Versão original, em latim

℣. Regina Caeli, laetare, alleluia.
℟. Quia quem meruisti portare, alleluia.

℣. Resurrexit, sicut dixit, alleluia;
℟. Ora pro nobis Deum, alleluia.

℣. Gaude et laetare, Virgo Maria, alleluia.
℟. Quia surrexit Dominus vere, alleluia.

Oremus: Deus, qui per resurrectionem Filii tui Domini nostri Jesu Christi mundum laetificare dignatus es: praesta, quaesumus; ut, per eius Genitricem Virginem Mariam, perpetuae capiamus gaudia vitae. 
Per eumdem Christum, Dominum nostrum. Amen.





segunda-feira, 31 de março de 2025

Celebração de São José e o cuidado com as Famílias


Celebração de São José e o cuidado com as família
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Na Carta Apostólica Patris Corde, o Papa Francisco apresenta a humanidade de José, sua presença e coragem ao assumir a paternidade de Jesus e as responsabilidades e funções na vida familiar.

A liturgia católica consagra a São José o dia 19 de março. Em virtude de sua função de carpinteiro que, com coragem e fé, assume Maria, grávida, como sua mulher e também a paternidade de Jesus.

Nesta ótica pode-se pensar os desafios de José: o primeiro foi aceitar Maria grávida de um filho que não era seu e que, segundo a justiça da época, deveria ser denunciada e como consequência a mulher seria apedrejada até a morte (cf. Dt 22, 23-24). Entretanto, a resposta de José após a visita do anjo Gabriel, é tomar Maria como sua esposa e assumir assim todos os desafios inerentes à criação de Jesus.

Um dado importante é que na Sagrada Escritura não tem uma palavra de José. Mas sua presença é notada e importante na condução da família e educação de Jesus. José é um homem simples que aceitou Maria como sua esposa e, com seu trabalho e suas mãos, foi o responsável por ensinar a Jesus o ofício de carpinteiro.

Na Carta Apostólica Patris Corde, o Papa Francisco apresenta a humanidade de José, sua presença e coragem ao assumir a paternidade de Jesus e as responsabilidades e funções na vida familiar. A Carta Apostólica é um documento curto; nela encontramos as virtudes de José, pai de Jesus: pai amável, pai de ternura, pai de obediência, pai de acolhida, pai de coragem criativa, pai trabalhador, pai na sombra. Desta maneira, José é aquele que, no silêncio, colocou-se atento aos desígnios de Deus.

Como um bom pai trabalhador, “São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho.” (PATRIS CORDE, 2020, n. 6). No exemplo de José, Jesus aprendeu o ofício de carpinteiro e também as tradições judaicas de seu povo. Aprendeu a cuidar e zelar pelo trabalho. Conheceu e aprendeu a manipular as ferramentas certas para cada tipo de madeira ou serviço. Conseguiu compreender a sua missão, atento ao que via na carpintaria de José, transformando um pedaço torto de madeira em lindos objetos.

Ao longo da vida de Jesus, José presenciou que o Menino crescia “em sabedoria, idade e graça diante do Senhor e das pessoas” (Lc 2,52). José, atento à realidade, buscava cumprir a sua missão de pai e protetor do Filho de Deus. Desta forma, José se fez presença na vida de Jesus e de sua família, desde o início ao ser corajoso com o parto de Maria, na fuga para o Egito, na região que moraria e nas tradições religiosas do seu povo. Por isso, Jesus viu seu pai trabalhando na carpintaria e se colocou ao serviço.

José é o fiel colaborador do Projeto de Deus! Assume a função de pai e esposo, além de ser responsável pela educação de Jesus, se coloca atento aos desígnios de Deus. Por isso em nossa realidade: “A pessoa que trabalha, seja qual for a sua tarefa, colabora com o próprio Deus, torna-se em certa medida criadora do mundo que a rodeia.” (PATRIS CORDE, 2020, n. 6).

De fato, diante da leitura atenta à Palavra de Deus, é possível observar o Pai da ternura que foi São José, como a carta Patris Corde nos apresenta: “A vontade de Deus, a sua história e o seu projeto passam também através da angústia de José. Assim, ele ensina-nos que ter fé em Deus inclui também acreditar que Ele pode intervir inclusive através dos nossos medos, das nossas fragilidades, da nossa fraqueza. E ensina-nos que, no meio das tempestades da vida, não devemos ter medo de deixar a Deus o timão da nossa barca. Por vezes queremos controlar tudo, mas o olhar d’Ele vê sempre mais longe.” (PATRIS CORDE, 2020, n. 2).

Francisco traz a imagem de José para os dias atuais como aquele pai que está atento à criação dos filhos e que sua ausência é sentida na formação dos indivíduos. Ressalta que as famílias estão comprometidas com a ausência do pai, por isso é preciso observar a figura paterna na formação da personalidade e do caráter de filhos e filhas. Por isso que, José, diante da realidade, é o pai do acolhimento.

Diante deste cenário, o Papa Francisco acrescenta que: “A crise do nosso tempo, que é econômica, social, cultural e espiritual, pode constituir para todos um apelo a redescobrir o valor, a importância e a necessidade do trabalho para dar origem a uma nova ‘normalidade’, em que ninguém seja excluído. O trabalho de São José lembra-nos que o próprio Deus feito homem não desdenhou o trabalho.” (PATRIS CORDE, 2020, n. 6).

A realidade social da época de José é bem diferente da nossa, mas a missão é a mesma: cuidar, acolher e proteger a família. Desta forma, na carpintaria de José, Jesus entendeu o que é lutar pelos fragilizados e pelos mais pobres. Com o suor de seu pai ele viu o alimento chegar até à mesa e, ao findar de cada dia, soube agradecer a Deus o dom da vida.

Jesus também atuou como membro de uma classe trabalhadora que levava o sustento da família para casa todos os dias. Desta maneira, a classe trabalhadora vê em José um exemplo de integridade e comprometimento com a família e o trabalho.

Hoje, José se apresenta na realidade de homens e mulheres que saem para trabalhar que cumprem os valores éticos e espirituais inerentes à função de pai e mãe, correndo riscos em defesa da família. São José é o santo das famílias, dos trabalhadores e, acima de tudo, dos pais que buscam, pela sua intercessão, um emprego, um conselho e a coragem para guiar a família.

José, como carpinteiro, sustentou a família com o suor de seu trabalho e, mais do que isso, foi mestre e guia para Jesus, ensinando-lhe o valor da profissão, da responsabilidade e da dignidade do trabalho. Recordar sua figura é fazer memória sobre a realidade dos trabalhadores e os desafios que ainda enfrentam na sociedade.

José não apenas trabalhava, mas transmitia seu conhecimento a Jesus, mostrando que o ofício é mais do que um meio de subsistência: é uma vocação, uma forma de contribuir para o bem comum. 

A lição de São José nos ensina que o trabalho deve ser digno e respeitoso, permitindo que cada pessoa sustente sua família com justiça e segurança. Como protetor dos trabalhadores, ele nos inspira a lutar por políticas públicas que garantam direitos, valorização profissional e condições justas de trabalho. A transmissão do ofício de pai para filho, como São José fez com Jesus, só é possível em uma sociedade que respeita e valoriza aqueles que constroem o presente e o futuro com suas mãos.

Que São José interceda por todos os trabalhadores, especialmente os mais vulneráveis. Que seu exemplo inspire governantes, empregadores e a sociedade a reconhecer que o trabalho não pode ser explorador, mas sim um caminho para a realização humana. Que sua proteção fortaleça aqueles que, com esforço e dedicação, constroem um mundo melhor.



As Sete Dores da Virgem Maria

 


As Sete Dores de Nossa Senhora 

        Costuma a piedade cristã venerar de modo especial as 7 (sete) dores de Maria Santíssima. Segundo uma antiga tradição, os cristãos recordam “as sete dores de Nossa Senhora”: momentos em que, perfeitamente unida ao seu Filho Jesus, pôde compartilhar de modo singular a profundidade de dor e de amor do Seu sacrifício. A Devoção às Sete Dores de Maria foi promovida pelas Servitas no século XIII. É uma poderosa prática espiritual que nos convida a meditar sobre os sofrimentos da Mãe de Deus. Ela consiste em rezar e meditar cada uma das dores, acompanhadas de um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.

            1. A profecia de Simeão 

            2. A perseguição de Herodes e a fuga da Sagrada Família para o Egito 

            3. A perda do Menino Jesus no Templo de Jerusalém 

            4. O encontro desta Mãe admirável com Seu Filho, carregando a Cruz, no caminho para o Calvário 

            5. A Crucifixão de Nosso Senhor 

            6. Quando recebeu nos seus braços o corpo de Jesus Cristo, descido da Cruz 

            7. Quando depositou Jesus no sepulcro, ficando Ela em triste solidão 


ORAÇÃO INICIAL 

        Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores. Vosso Divino Filho tem vinculado à devoção de vossas Dores, particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas necessidades e perigos. Alcançai-nos, Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos méritos de vossas Dores e Lágrimas a graça ... 


            1. Pela dor que sofrestes ao ouvir a profecia de Simeão, de que uma espada de dor transpassaria o vosso coração , Mãe de Deus, ouvi a nossa prece. 

Pai Nosso... Ave-Maria... 

            2. Pela dor que sofrestes quando fugistes para o Egito apertando ao peito virginal o Menino Jesus, para o salvar das fúrias do ímpio Herodes, Virgem Imaculada, ouvi a nossa prece. 

Pai Nosso... Ave-Maria... 

            3. Pela dor que sofrestes quando da perda do Menino Jesus por três dias, Santíssima Senhora, ouvi a nossa prece. 

Pai Nosso... Ave-Maria... 

            4. Pela dor que sofrestes Quando vistes o querido Jesus com a Cruz ao ombro, a caminho do Calvário, Virgem Mãe das Dores, ouvi a nossa prece. 

Pai Nosso... Ave-Maria... 

            5. Pela dor que sofrestes quando assististes à morte de Jesus, crucificado entre dois ladrões, Mãe da Divina Graça, ouvi a nossa prece. 

Pai Nosso... Ave-Maria... 

            6. Pela dor que sofrestes quando recebestes em vossos braços o corpo inanimado de Jesus, descido da cruz, Mãe dos pecadores, ouvi a nossa prece. 

Pai Nosso... Ave-Maria... 

            7. Pela dor que sofrestes quando o corpo de Jesus foi depositado no sepulcro, ficando Vós na mais triste solidão, Senhora de todos os Povos, ouvi a nossa prece. 

Pai Nosso... Ave-Maria...


ORAÇÃO FINAL 

 Dai-nos, Senhora, a graça de compreender o oceano de angústias que fizeram de Vós a "Mãe da Dores", para que possamos participar de vossos sofrimentos e Vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos convosco no céu. 


Medite também: As Sete Palavras de Cristo na Cruz

As Sete Palavras de Cristo na Cruz




O profeta Isaías mostra-nos que Jesus Cristo foi para a cruz “como um cordeiro que se conduz ao matadouro (Ele não abriu a boca)” (Is 53,7).

Mas o Senhor quis deixar-nos as suas últimas palavras, já pregado na Cruz. Sabemos que as últimas palavras de alguém, antes da morte, são aquelas que expressam as suas maiores preocupações e recomendações. A Igreja sempre guardou essas “Sete Palavras” com profundo amor, respeito e devoção, procurando tirar delas todo o seu riquíssimo significado.

1 – “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34)

Com essas palavras Jesus selava todo o seu ensinamento sobre a necessidade de “perdoar até os inimigos” ( Mt 5,44). Na Cruz o Senhor confirmava para todos nós que é possível, sim, viver “a maior exigência da fé cristã”: o perdão incondicional a todos. Na Cruz Ele selava o que tinha ensinado:

“Não resistais ao mau. Se alguém te feriu a face direita, oferece-lhe também a outra… Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis filhos do vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons” (Mt 5,44-48). “Se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”(Mt 6,14).

Certa vez Pedro perguntou-Lhe: “Senhor, quantas vezes devo perdoar meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18, 21-22).

2 – “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43)

Com essas palavras de perdão e amor ao “bom” ladrão, Jesus nos mostra de maneira inequívoca o oceano ilimitado de sua misericórdia. Bastou Dimas confiar no Coração Misericordioso do Senhor, para ter-lhe abertas, de imediato, as portas do Céu.
Não é à toa que a Igreja ensina que o pior pecado é o da desesperança, o de não confiar no perdão de Deus, por achar que o próprio pecado possa ser maior do que a infinita misericórdia do Senhor. Uma grande tentação sempre será, para todos nós, não confiar na misericórdia de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: “como a misericórdia e a bondade do coração de Jesus são pouco conhecidas”! “Jesus, eu confio em Vós”.

3 – “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mt 27,46)

Estas palavras, que também estão no Salmo 21, mostram todo o aniquilamento do Senhor. É aquilo que São Paulo exprimiu muito bem aos filipenses: “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fil 2,8). Jesus sofreu todo o aniquilamento possível de se imaginar: moral, psicológico, afetivo, físico, espiritual, enfim, como disse o profeta: “foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades…” (Is 53,5). Depois de tudo isto “ninguém tem mais o direito de duvidar do amor de Deus”. Será uma grande blasfêmia alguém dizer que Deus não lhe ama, depois que Jesus sofreu tanto para assumir em si o pecado de todos os homens e de cada homem. Paulo disse aos Gálatas: “Ele morreu por mim”(Gal 5,22).

4 – “Mulher, eis aí o teu filho”…“Filho, eis aí tua Mãe” (Jo19,26)

Tendo entregado-se todo pela nossa salvação, já prestes a morrer, Jesus ainda nos quiz deixar o que Ele tinha de mais precioso nesta vida, a sua querida Mãe. E como Jesus confiava nela! A tal ponto de querê-la para nossa Mãe também. Todos aqueles que se esquecem de Maria, ou, pior ainda, a rejeitam, esquecem e rejeitam também a Jesus, pois negam receber de Suas mãos, na hora suprema da Morte, o seu maior Presente para nós.

5 – “ Tenho sede! ” (Jo 19,28)

Dizem os Padres da Igreja que esta “sede” do Senhor mais do que sede de água, é sede de almas a serem salvas, com o seu próprio Sacrifício que se consumava naquela hora. E esta “sede” de Jesus continua hoje, mais forte do que nunca. Muitos ainda, pelos quais ele derramou o seu sangue preciosíssimo, continuam vivendo uma vida de pecado, afastados do amor de Deus e da Igreja. Quantos e quantos batizados, talvez a maioria, nem sequer vai à Missa aos domingos, não sabe o que é uma Confissão há anos, não comunga, não reza, enfim, vive como se Deus não existisse…

6 – “Tudo está consumado” (Jo 19,30)

Nos diz São João: “sabendo Jesus que tudo estava consumado…”, isto é, Jesus tinha plena consciência que tinha cumprido “toda” a sua missão salvífica, conforme o desígnio santo de Deus. Enquanto tudo não estava cumprido, Ele não “entregou” o seu espírito ao Pai. Assim, fica bem claro que a nossa salvação depende agora de nós, porque a parte de Deus já foi perfeitamente cumprida até às últimas consequências.

7 – “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46)

Confiando plenamente no Pai, que Ele fizera também nosso Pai ao assumir a nossa humanidade, Jesus volta para Aquele que tanto amava. É o seu destino, o coração do Pai; e é o nosso destino também. Ao voltar para o Pai, Jesus indica o nosso fim; o seio do Pai, o Céu.

“Vós sois cidadãos do Céu” (Fil 3,20), grita o Apóstolo; por isso, como diz a Liturgia, é preciso “caminhar entre as coisas que passam, abraçando somente as que não passam”.


Oração de Renúncia em Nome de Jesus


RENÚNCIA DO MAL E RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO


Senhor Jesus, por este sinal-da-cruz, envolva todos nós, nossos familiares e bens no Seu amor, no Seu poder e no Seu Sangue, para que o inimigo não nos possa prejudicar (fazer o sinal-da-cruz, Pelo sinal da Santa Cruz...).

    Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derrama-do, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente*

(
Repetir esta invocação antes de cada parágrafo)

... eu renuncio a satanás, autor de todo o mal, de todo pecado e pai de toda mentira!

... eu renuncio a todo espírito de impaciência e de raiva; de ressentimento e mágoa; de tensão nervosa e agressividade; de juízo temerário e presun-ção; de ira e ódio; de fofoca, mentira e calúnia!


... eu renuncio a todo espírito de desânimo e tristeza; de melancolia e solidão; de fracasso e frustração; de desconfiança do amor de Deus e do próximo; de auto-rejeição e autocondenação!

... eu renuncio a todo e qualquer espírito de medo: medo de Deus e de satanás; medo das pessoas, dos animais e das coisas; medo do futuro, da doença e da morte; medo de altura e
do escuro; medo de acidente e de assalto; medo de perder minha imagem e prestígio; medo de falar em público e testemunhar o Teu Evangelho; medo da perda de um familiar e da condenação eterna!

... eu renuncio a todo espírito de complexo e autopiedade; de ansiedade, angústia e preocu-pação; de traumas e doenças!

... eu renuncio a todo espírito de desequilíbrio emocional e psíquico; de autodestruição!

... eu renuncio a todo espírito de vingança; a todo desejo de fracasso e morte de meu irmão; a todo espírito de injustiça e exploração da pessoa humana!

... eu renuncio a todo espírito de revolta contra Deus, contra meu irmão e contra mim mesmo, não aceitando as minhas fraquezas!

... eu renuncio a todo espírito de avareza; de apego ao dinheiro, coisas, pessoas ou cargos!

... eu renuncio a todo espírito de gula, droga e fumo; a todo espírito de alcoolismo, blasfemia e sacrilégio!

... eu renuncio a todo espírito de ciúme e inveja; de preguiça e hipocrisia; de fingimento, falsi-dade e adulação!

... eu renuncio a todo espírito de palavrão e piada; de sexo e luxúria; de masturbação e fornicação; de prostituição e adultério; de homossexualismo e lesbianismo; de orgia e de farra!

... eu renuncio a todo espírito de auto-suficiência e egoísmo; de vaidade, orgulho e status; de materialismo e consumismo; de ambição e poder; de furto e roubo!

... eu renuncio a todo espírito de superstição e descrença; de dúvida e confusão religiosa; de horóscopo, sortista, cartomante, controle da mente, pirâmide, meditação transcendental!

... eu renuncio a todo espírito de idolatria e falsas religiões; de seicho-no-iê e igreja messiânica; de esoterismo, maçonaria e rosa-cruz!

... eu renuncio a todo espírito de magia negra e bruxaria; de espiritismo e umbanda; de macumba e saravá; de xangô e mesa branca de candomblé e congá; de curandeiro e benzedeira!

... eu renuncio a todos os espíritos e espíritos-guias, que invocaram sobre mim; a toda a he-rança de falsas religiões que trago dos meus antepassados!

... eu renuncio a todo espírito de exu e ogum; de oxóssi e iemanjá; ao espírito do caboclo e do preto velho; ao espírito do índio, sete flechas, pomba-gira; ao espírito de tranca-rua e São Jorge; ao espírito de São Cosme e Damião, ao espírito de São Cipriano e a todos os outros!

... eu renuncio, de todo o coração, a todo efeito de batismo, consagração ou cruzamento, relacionando minha pessoa ao espiritismo, à magia negra ou a outra falsa religião!

... eu renuncio a todos os remédios, passes espíritas, cirurgias e tratamentos feitos em cen-tros espíritas; a todos os trabalhos e despachos, maldições ou pragas e maus-olhados que lançaram sobre mim ou minha família

... eu renuncio a todos os objetos supersticiosos que trago comigo ou tenho em casa!

... eu renuncio a toda revista e filme pornográfico e a toda literatura, filmes e músicas contrários à să doutrina da salvação!

... eu renuncio a todo espírito do mundo e a todo modo de viver não cristão.

... eu ordeno a todo espírito mau do qual tenha sido libertado, que vá aos pés de Jesus, para que Ele disponha dele!

... eu proſbo a todo espírito mau que me tenha deixado, que torne a mim para me prejudicar!


Obrigado, Jesus, porque Você me libertou! Jesus Cristo é meu único Dono e Senhor! Deus é meu Pai! Maria é minha Mãe!

Crês em Deus Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra? - Creio.

Crês que Jesus Cristo é o Filho do Pai e morreu para te salvar? - Creio.

Crês que o Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, habita em teu coração? - Creio.

Crês que a Igreja Católica é a única e verdadeira? - Creio.

Crês que és membro vivo desta Igreja? - Creio.

Crês que és responsável por seu nome e pela expansão do seu reino? - Creio.

Crês que devemos ajudar preferencialmente os mais pobres? - Creio.

Crês que a Bíblia é a Palavra viva do Deus vivo? Creio.

Crês que a Palavra de Deus liberta, cura, ali-menta e perdoa os pecados? - Creio.

Crês que Deus, sendo amor infinito, não criou o inferno? - Creio.

Crês que cada um cria o seu inferno quando, livre e conscientemente, se afasta de Deus? - Creio.

Crês que Jesus Cristo condena o amor livre, as relações pré-matrimoniais, o aborto, o meretrício e o divórcio? - Creio.

Crês que todos os males mortes, doenças, guerras - não provêm de Deus, mas do abuso da nossa liberdade? - Creio.

Crês que de todos os males, até do pecado, quando arrependido e confessado, Deus tem poder de tirar um bem maior? - Creio. (Rezar o Credo.)

Pe. Bernardo Schuster, SSJ