quarta-feira, 30 de outubro de 2024

7º Dia - 33 Dias de Preparação - Consagração a São José

 

Consagração a São José


7º Dia - “Santa Maria, rogai por nós”


Roteiro


Com este Roteiro você tem todo o conteúdo necessário para se Consagrar a São José, estão as meditações de cada dia, a leitura e as orações para te ajudar, basta apenas clicar nos vídeos e os mesmos serão reproduzidos sem necessitar sair desta página. Caso deseje pode acompanhar com o livro os textos.


1 - Reflexão sobre o TEMA de hoje, acompanhe no livro página 45


2 - Leitura "O cavaleiro consagrado" acompanhe na página 184

3 - Orações para este dia

Ladainha de São José


Veni, Sancte Spiritus (Vinde, Espírito Santo)



4 - Encerramento

Encerre rezando uma Ave Maria suplicando a Virgem Maria que te ajude a ser um filho espiritual de seu esposo São José.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém



Outras orações se desejar fazer.

Terço de São José


Livrai-nos de São José











6º Dia - 33 Dias de Preparação - Consagração a São José

 

Consagração a São José


6º Dia - “Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós”


Roteiro


Com este Roteiro você tem todo o conteúdo necessário para se Consagrar a São José, estão as meditações de cada dia, a leitura e as orações para te ajudar, basta apenas clicar nos vídeos e os mesmos serão reproduzidos sem necessitar sair desta página. Caso deseje pode acompanhar com o livro os textos.


1 - Reflexão sobre o TEMA de hoje, acompanhe no livro página 43


2 - Leitura "O Oratório de São José" acompanhe na página 143


3 - Orações para este dia

Ladainha de São José


4 - Encerramento

Encerre rezando uma Ave Maria suplicando a Virgem Maria que te ajude a ser um filho espiritual de seu esposo São José.


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém


Outras orações se desejar fazer.

Terço de São José


Ofício de São José








terça-feira, 29 de outubro de 2024

5º Dia - 33 Dias de Preparação - Consagração a São José

 

Consagração a São José


5º Dia - “Deus Espírito Santo, tende piedade de nós”


Roteiro


Com este Roteiro você tem todo o conteúdo necessário para se Consagrar a São José, estão as meditações de cada dia, a leitura e as orações para te ajudar, basta apenas clicar nos vídeos e os mesmos serão reproduzidos sem necessitar sair desta página. Caso deseje pode acompanhar com o livro os textos.


1 - Reflexão sobre o TEMA de hoje, acompanhe no livro página 39


2 - Leitura "Os dons do Espírito Santo" acompanhe na página 162

3 - Orações para este dia

Ladainha de São José


Veni, Sancte Spiritus (Vinde, Espírito Santo)



4 - Encerramento

Encerre rezando uma Ave Maria suplicando a Virgem Maria que te ajude a ser um filho espiritual de seu esposo São José.


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém


Outras orações se desejar fazer.

Terço de São José


Sob a Proteção de São José










segunda-feira, 28 de outubro de 2024

6⁰ Dia - Novena a São José

6º Dia - Novena de São José



Oração preparatória para todos os dias


Deus e Senhor meu, Uno e Trino, Pai, Filho e Espírito Santo, creio que estou em Vossa soberana presença agora, quando pretendo consagrar a São José esta novena.

    Adoro-Vos com todo o meu coração, porque sois infinitamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas.

Adoro-Vos com a intensidade que sou capaz, e arrependo-me dos muitos pecados que fiz contra a Vossa Divina Majestade.

Quero nesta novena, aprender as virtudes que, com tanta perfeição, praticou o glorioso patriarca São José, e alcançar, por sua intercessão, as graças de que tanto preciso. Senhor, quem sou eu para atrever-me a comparecer diante de Vossa presença?

Conheço a deficiência de meus méritos e a multidão de meus pecados, pelos quais não mereço ser ouvido em minhas orações; mas o que eu não mereço, merece-o o pai nutrício de Jesus; o que eu não posso, ele pode. Venho, portanto, com toda confiança, implorar a divina clemência, não fiado em minha fraqueza, mas no poder e valimento de São José. Amém


Oração a Santíssima Virgem


    Virgem Imaculada, Esposa castíssima de São José, assisti-me nestes momentos que dedico ao culto de vosso gloriosíssimo Esposo. e como, sem vosso auxílio, poderia eu honrar dignamente o varão justo, a quem dedicastes trinta anos de vossa vida? Como, se nem posso honrá-lo como ele merece? Por isso venho a vós para que completeis o que a mim me falta e façais por ele o que não sei fazer.

Ajudai-me, Senhora, em minhas orações, para que sejam favoravelmente despachadas, pela intercessão e valimento de vosso santo Esposo. Amém.


A São José


    Ó meu querido São José, ofereço-vos esta novena, com todo o fervor e reverência e me consagro a vós, que merecestes o respeito e os favores de Jesus e de Maria, dedicados ao vosso serviço.

    Desejo obsequiar-vos dignamente, porque preciso ardentemente conseguir, por vossa intercessão, minha salvação eterna e as graças particulares que rezando esta novena, desejo alcançar. Não olheis as minhas faltas, mas vossa grande misericórdia e o muito amor que-me professais.

    Ó meu amável protetor, em vós ponho minha confiança, atendei-me bondosamente. Amém.


15 de Março - Sexto Dia - 


Rezaremos pelas mães.


    Ó meu boníssimo São José, protetor e amparo dos desvalidos! Por aquela alegria que experimentou o vosso coração, ouvindo os louvores que os doutores da lei fazem ao Cristo Menino, peço-vos que não vos esqueçais de mim, fazei que Jesus, meu Salvador, seja sempre para mim ocasião de ressurreição.

    Confraternizo-me convosco, pacientissimo José, pela ferida que em vosso Coração fizeram as palavras do Santo Simeão, com que anunciara a Maria que uma espada de dor havia de atravessar Seu delicadíssimo e amorosíssimo Coração.

    Em tão tremenda ocasião para Maria, vós nem poderieis remediar essas dores, nem ao menos ser testemunha de tão terrível padecer, para consolar vossa esposa com vossa presença humana a Paixão de Cristo!

Eu, assim, posso e devo, com minha vida e bons costumes, consolar a Maria, porque culpado, por meus pecados, na morte de Jesus e nas dores de Maria, quero e devo evitar e reparar esses pecados.

Ajudai, José poderosíssimo, minha pobreza espiritual e poucas forças, alcançando-me de Nosso Senhor a graça de nunca ser, por minha culpa, causa das penas de Jesus e das dores de Maria. Alcançai-me, também, a graça que desejo conseguir rezando esta novena, (pede-se agora a graça que necessita conseguir) se forem para maior glória de Deus e salvação de minha alma. Amém.

   

(Não mencionar) Para melhor alcançar as graças pedidas, rezaremos sete Pai-nosso, sete Ave-Marias e sete Glórias ao Pai… em honra das alegrias e dores do glorioso Patriarca.


Oração final para todos os dias.

Lembrai-vos, ó puríssimo Esposo da Virgem Maria, ó meu doce Protetor São José, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado vossa proteção, implorado vosso socorro e não fosse por vós consolado.

Com grande confiança, venho, a vossa presença, recomendar-me fervorosamente a vós. Não desprezeis a minha súplica, ó pai adotivo do redentor, mas dignai-vos acolhê-la piedosamente. Assim seja.

-José, filho de Davi, não temas receber Maria, vossa Esposa Santíssima, em vossa companhia, porque o que ela leva em suas puríssimas entranhas é por obra do Espírito Santo.

    Rogai por nós, José santíssimo.

    Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos - Ó Jesus, que por uma inefável providência, vos dignastes escolher o bem aventurado José para esposo de vossa Mãe Santíssima; concedei-nos que aquele mesmo que veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém


domingo, 27 de outubro de 2024

4º Dia - 33 Dias de Preparação - Consagração a São José

 

Consagração a São José


4º Dia - “Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós”


Roteiro


Com este Roteiro você tem todo o conteúdo necessário para se Consagrar a São José, estão as meditações de cada dia, a leitura e as orações para te ajudar, basta apenas clicar nos vídeos e os mesmos serão reproduzidos sem necessitar sair desta página. Caso deseje pode acompanhar com o livro os textos.


1 - Reflexão sobre o TEMA de hoje, acompanhe no livro página 35


2 - Leitura "Os privilégios da devoção a São José" página 303


3 - Orações para este dia

Ladainha de São José


Veni, Sancte Spiritus (Vinde, Espírito Santo)



4 - Encerramento

Encerre rezando uma Ave Maria suplicando a Virgem Maria que te ajude a ser um filho espiritual de seu esposo São José.


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém


Outras orações se desejar fazer.

Terço de São José


Memorare de São José (Lembrai-vos)











sábado, 26 de outubro de 2024

3º Dia - 33 Dias de Preparação - Consagração a São José

 

Consagração a São José


3º Dia - “Deus, Pai dos Céus, tende piedade de nós”


Roteiro


Com este Roteiro você tem todo o conteúdo necessário para se Consagrar a São José, estão as meditações de cada dia, a leitura e as orações para te ajudar, basta apenas clicar nos vídeos e os mesmos serão reproduzidos sem necessitar sair desta página. Caso deseje pode acompanhar com o livro os textos.


1 - Reflexão sobre o TEMA de hoje, acompanhe no livro página 33



2 - Leitura "Nosso pai espiritual" acompanhe na página 162


3 - Orações para este dia

Ladainha de São José


Vem, Espírito Santo


4 - Encerramento

Encerre rezando uma Ave Maria suplicando a Virgem Maria que te ajude a ser um filho espiritual de seu esposo São José.


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém


Outras orações se desejar fazer.

Oficio de São José


Terço de São José






sexta-feira, 25 de outubro de 2024

2º Dia - 33 Dias de Preparação - Consagração a São José

 


Consagração a São José


2º Dia - “A Ladainha São José”


Roteiro


Com este Roteiro você tem todo o conteúdo necessário para se Consagrar a São José, estão as meditações de cada dia, a leitura e as orações para te ajudar, basta apenas clicar nos vídeos e os mesmos serão reproduzidos sem necessitar sair desta página. Caso deseje pode acompanhar com o livro os textos.


1 - Reflexão sobre o TEMA de hoje, acompanhe no livro página 29



2 - Orações para este dia

Ladainha a São José



Memorare a São José (Lembrai-vos)




3 - Encerramento

Encerre rezando uma Ave Maria suplicando a Virgem Maria que te ajude a ser um filho espiritual de seu esposo São José.


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém


Outras orações se desejar fazer.

Terço de São José



Oficio de São José






domingo, 6 de outubro de 2024

Quem é São Bruno de Colónia celebrado a 06 de outubro


São Bruno, fundador da Ordem da Cartuxo, conheçasua história e a linda vocação Cartesiana.

Mestre Bruno era alemão. Nasceu por volta de 1030, na ilustre cidade de Colónia, de pais famosos. Ainda jovem, foi nomeado cónego da igreja de São Cuniberto. Muito cedo, veio para Reims para estudar na sua famosa escola catedral, recentemente tornada célebre pelo sábio Gerberto d’Aurillac (futuro Papa Silvestre II). Ali, recebeu uma sólida formação tanto nas letras profanas como na literatura sagrada.

Bruno converte-se em cónego da catedral de Reims, que se situava no primeiro lugar entre as Igrejas das Gálias. Em 1056, foi nomeado reitor de estudos da sua escola, uma das mais prestigiadas do seu tempo. Dirigiu ali o ensino durante mais de vinte anos, distinguindo-se pela sua cultura, as suas qualidades pedagógicas e o afeto que tinha pelos seus alunos.

Em 1069, um arcebispo indigno que tinha comprado algumas consciências, foi eleito, Manassés de Gournay, que se mostrou com uma avidez insaciável pelos bens temporais, sobretudo por aqueles sobre os quais não tinha nenhum direito. Começou então entre alguns cónegos íntegros – entre eles Bruno – e Manassés uma longa luta. Gregório VII pôs fim a esta desordem em Dezembro de 1080 e depôs o arcebispo, dando a ordem para o expulsar e eleger outro no seu lugar.

Bruno, mestre totalmente honesto da Igreja de Reims foi um dos candidatos mais destacados, ele que tinha sido julgado digno de sofrer perseguição pelo Nome de Jesus6. Mas para ele tinha chegado a hora de responder a um chamamento mais elevado e de deixar o mundo.
Chartreuse
Bruno abandonou então todos os seus bens, as honras associadas ao seu ofício, as falsas atrações e as riquezas perecíveis deste mundo. Ardendo em amor divino, deixou as sombras fugazes do século para pôr-se a buscar bens eternos e receber o hábito monástico.

Em Junho de 1084, ao jovem bispo Hugo de Grenoble apresenta-se Mestre Bruno, muito célebre pela sua piedade e sua cultura, imagem ideal da nobreza de alma, da seriedade e de uma completa perfeição.

Tinha como companheiros o mestre Landuino, que depois dele foi Prior da Chartreuse; os dois Estevão, o de Bourg e o de Die – tinham sido cónegos de São Rufo, mas por desejo da vida solitária, com a autorização do seu abade, juntaram-se a Bruno -; Hugo, que foi chamado o capelão, porque era o único entre eles a exercer as funções sacerdotais; e dois leigos, a quem chamamos conversos, André e Guérin. Procuravam um lugar adequado para a vida eremítica, não tendo ainda encontrado um.

Chegaram movidos por esta esperança e atraídos pelo doce perfume da vida santa do jovem bispo. Ele recebeu-os com alegria e mesmo com respeito, falou com eles e cumpriu os seus desejos. Debaixo do seu conselho, com a sua ajuda e na sua companhia, eles foram para o deserto de Chartreuse e ali construíram um mosteiro. Pouco antes, Hugo tinha visto num sonho Deus construir no deserto uma morada para a sua glória; tinha visto igualmente sete estrelas mostrando-lhe o caminho. Ora, eles eram sete, e foi por isso que abraçou de bom grado o seu projet.
Vida em Chartreuse
Na sua bondade infinita, que nunca deixa de prover às necessidades e aos interesses da sua Igreja, Deus tinha portanto escolhido Bruno, homem de uma eminente santidade, para devolver à vida contemplativa o brilho da sua pureza original. Foi para este fim que fundou e governou o eremitério de Chartreuse durante seis anos, penetrando-o profundamente com o seu espírito e dando na sua pessoa uma regra viva aos seus filhos

São Pedro o Venerável, ilustre abade de Cluny e grande amigo dos Cartuxos, dá uma descrição deste tipo de vida semelhante à àquele dos Padres do Deserto: “Ali, nunca deixam de se dedicar ao silêncio, à leitura, à oração e também ao trabalho manual, especialmente à cópia de livros. É nas suas celas que, ao sinal dado pelo sino da igreja, levam a cabo uma parte da oração canónica. Para Vésperas e Matinas, reúnem-se todos na igreja. De este ritmo de vida se apartam em certos dias de festa… tomam então duas refeições, cantam na igreja todas as Horas regulares e todos, sem exceção, tomam a sua comida no refeitório”.

Desta vida inteiramente consagrada a Deus, no retiro do mundo, São Bruno deixou algumas impressões inflamadas:

“O que a solidão e o silêncio do deserto trazem de utilidade e de divino gozo àqueles que os amam, só o sabem os que já fizeram a experiência disto. (…) Aqui nos esforçamos por adquirir este olho cujo claro olhar fere de amor o esposo divino e cuja pureza nos concede ver a Deus”.

Roma
Porém ocorreu um acontecimento inesperado: seis anos após a chegada de Bruno a Chartreuse, em 1090, o Papa Urbano II, seu antigo aluno, chamou-o para junto de si a fim de que o assistisse com a sua colaboração e os seus conselhos na gestão dos assuntos eclesiásticos. Bruno obedeceu, com dor na alma, deixou os seus irmãos e foi para a Cúria Romana.

Os seus irmãos, não acreditando ser capazes de continuar sem ele, dispersaram-se, mas Bruno encorajou-os e conseguiu fazê-los voltar. No entanto, Bruno não pôde suportar a agitação e os costumes da Cúria.

Ansioso por reencontrar a solidão e a tranquilidade perdidas, deixou a corte pontifícia. Tendo recusado o arcebispado de Reggio, para o qual tinha sido nomeado por vontade do Papa, retirou-se para um deserto de Calábria chamado La Torre.

Calábria
Graças ao apoio generoso do Conde Roger, príncipe normando de Calábria e de Sicília, Bruno pôs em execução o seu projeto de vida solitária, passando o resto da sua vida rodeado por um grande número de leigos e de clérigos.

Bruno escreveu ao seu amigo Raul, preboste do Cabido de Reims, uma carta notável, na qual evocava o novo eremitério, chamado Santa Maria da Torre: “Habito num deserto situado na Calábria e bastante afastado por todos os lados das habitações dos homens; estou aqui com os meus irmãos religiosos, alguns dos quais estão cheios de ciência; montam uma guarda santa e perseverante, à espera do regresso do seu Mestre, para abrir-lhe a porta assim que ele bater”.

Landuino, prior de Chartreuse, visitou-o para discutir com ele as coisas de interesse comum relativas ao estabelecimento da vocação cartusiana. Nesta ocasião, Bruno, com uma bondade inteiramente paternal, dirigiu uma carta aos seus amados filhos de Chartreuse:

“Frei Bruno aos seus irmãos amados mais do que tudo no mundo em Cristo: saúde no Senhor”. Aprendi, pelos relatos detalhados e tão consoladores do nosso feliz frei Landuino, com que inflexível rigor seguis uma observância sábia e verdadeiramente digna de elogios; ele falou-me do vosso santo amor, do vosso zelo incansável por tudo o que diz respeito à pureza do coração e à virtude: o meu espírito exulta no Senhor. Alegrai-vos então, meus irmãos muito queridos, pela vossa bem-aventurada sorte e pela generosidade da graça divina derramada sobre vós. Alegrai-vos por ter escapado das ondas agitadas deste mundo, onde se multiplicam os perigos e os naufrágios. Alegrai-vos por haver alcançado o repouso tranquilo e a segurança de um porto escondido”.

O fiel Landuino morreu no seu caminho de regresso à Chartreuse, mas a carta chegou aos seus destinatários.

Morte e glorificação
Na Calábria, Bruno aplicou-se, enquanto viveu, à vocação da vida solitária. Foi lá que ele morreu, cerca de onze anos após a sua partida de Chartreuse, rodeado pelo amor e pela veneração dos seus irmãos. Estes enviaram uma carta encíclica por toda a Europa, para anunciar às igrejas e mosteiros a morte de Bruno e para pedir sufrágios em seu favor:

“Sabendo que a sua hora tinha chegado de passar deste mundo para o seu Senhor e Pai, convocou os seus irmãos, passou em revista todas as etapas da sua vida desde a sua infância, e recordou com muito espírito os acontecimentos notáveis do seu tempo. Em seguida, expôs a sua fé na Trindade num discurso prolongado e profundo. E assim no domingo seguinte, 6 de Outubro do ano 1101 de Nosso Senhor, a sua alma santa deixou a sua carne mortal”.

Homem sedento de Deus, seduzido pelo absoluto, mas sempre discreto, o seu epitáfio traça um belo retrato do seu equilíbrio e da sua personalidade radiante:

“Em muitas coisas, Bruno deve ser elogiado, mas sobretudo nesta:
Homem com uma vida com uma muito grande igualdade, ele foi nisto singular.
Sempre tinha o rosto em festa, e a palavra ponderada.
Por detrás do rigor de um pai, ele manifestou as entranhas de mãe.
Ninguém o achou altivo, mas doce como um cordeiro.
Numa palavra, ele foi nesta vida o verdadeiro israelita [um homem sem falsidade]”.

A reputação de santidade de Mestre Bruno tinha-se espalhado por todo o lado. O irmão converso que levava a carta encíclica pôde constatar que em todas as partes, em França, em Itália, em Inglaterra, o antigo mestre e o fundador dos Cartuxos era conhecido e venerado. Recolheu 178 elogios ou títulos funerários, a maioria em verso, que constituem um notável panegírico e mostram o lugar que ele ocupava entre os seus contemporâneos.

Com o passar dos séculos, a Ordem estendeu-se, e o mundo cristão admirava-se, com razão, que os cartuxos não pedissem à Santa Sé a canonização do seu fundador. De facto, os cartuxos tinham-se contentado em seguir os seus passos e, de acordo com a sua vocação de vida oculta, nunca tinham pedido a canonização para nenhum dos seus…, mas uma exceção se impunha.

O Capítulo Geral da Ordem de 1514, sob a direção do Reverendo Padre Geral Dom Francisco du Puy, homem brilhante e culto, decidiu que seriam tomadas as diligências necessárias. A Ordem dos Cartuxos encontrava-se no seu apogeu; contava com cerca de 5600 religiosos, monges e monjas, repartidos por 198 mosteiros disseminados por toda a Europa. Leão X acolheu com bondade o pedido dos Cartuxos, confirmando que estava bem fundado, e a 19 de Julho de 1514 autorizou a festa litúrgica de Bruno de Colónia pelo que é conhecido como uma “canonização equipolente”, ou seja, por um decreto emitido pela sua própria autoridade, sem passar pelo processo habitual de canonização. Esta inscrição de Bruno no catálogo dos Santos, e mais tarde, em 1623, a extensão da sua festa à Igreja Universal, suscitou um interesse renovado pela sua figura espiritual.

A sua paternidade permanece viva.

Oração 

Vós, que sois o meu Senhor,
vós, cuja vontade eu prefiro à minha,
já não me posso contentar em rezar por palavras:
Ouça o meu grito que vos reza como um imenso clamor…

Vós, cujo servo eu próprio fiz,
com perseverança rezo a vós,
e rezar-vos-ei novamente,
Pois não é um bem terreno que eu procuro;
Peço apenas o que devo pedir: Só Vós!

Depois poderei cantar os vossos louvores
enquanto te contemplo, Senhor.
Abençoar-vos-ei com uma bênção
que durará tanto tempo como as idades.
Louvar-vos-ei com o louvor e a contemplação,
neste mundo e no próximo,
como Maria de Betânia, a quem o Evangelho nos diz
que ela escolheu a melhor parte.

(Oração atribuída a São Bruno)

Conheça mais  sobre a Ordem da Cartuxa: https://chartreux.org/pt