segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

A única vez que São José apareceu sozinho.


A
 Aparição de São José em Cotignac ou Aparição de São José de Bessillon refere-se ao evento ocorrido No dia 7 de junho de 1660, onde São José apareceu para um jovem pastor no Monte Bessillon, na região francesa de Cotignac. Essa é a única aparição na qual o Santo Custódio da Família de Nazaré aparece sozinho e que foi reconhecida pela Igreja Católica.

Segundo o site da Diocese de Fréjus-Toulon, “em 7 de junho de 1660, por volta das 13 horas, Gaspard Ricard, um jovem pastor de 22 anos, cuidava de seu rebanho no monte Bessillon”.

"O calor era sufocante e estava com sede. De repente, percebeu um homem ao seu lado", que apontou para uma rocha grande e lhe disse: "Eu sou José, mova-a e beberás".


Alguns relatos da época indicam que a rocha era tão grande que precisaria da força de pelo menos oito homens para movê-la, interessante é que nesta região não havia ponto de água.

O relato da diocese indica que, "diante da surpresa e da dúvida do jovem pastor, a aparição reafirmou seu conselho. Gaspard atendeu ao pedido, moveu a rocha sem problemas e descobriu uma fonte onde bebeu até ficar saciado".

O jovem pastor foi depressa ao povoado para dar a notícia da fonte, que havia surgido num local onde nunca antes havia existido um manancial de água fresca.

Segundo o site do mosteiro beneditino de Cotignac, após ouvir a notícia, em 9 de agosto, os habitantes da região começaram a construir uma capela no local da aparição, para onde iam muitos doentes que voltavam "curados ou confortados diante de seus sofrimentos".


A capela foi concluída em 1663 e confiada pelo bispo de então aos Padres Oratorianos, que construíram um santuário ao redor da fonte.

A "fonte de São José" é um lugar importante deste primeiro santuário: muitos peregrinos afirmam estar curados depois de beber sua água, ou, na falta disso, ter melhorado.

Até hoje, há no local uma inscrição tirada do livro de Isaías: "Vós tirareis com alegria água das fontes de salvação".

Revolução e reconstrução

Durante a Revolução, a igreja e o mosteiro não foram destruídos, mas foram abandonados. Se o convento adjacente à igreja cair em ruínas, a igreja é regularmente mantida pelos padres da aldeia, e ali são celebradas duas ou três missas por ano, especialmente no dia 19 de março, festa de São José.

Em 1975, as freiras beneditinas instaladas na Argélia no mosteiro Saint-Benoît de Medea voltaram à França. Decidem adquirir o santuário construído em 1663, e levantam as ruínas do convento dos padres oratorianos do século XVII para estabelecer seu próprio mosteiro. Em seguida, eles expandem o todo para estabelecer seu próprio convento. A consagração do altar ocorre em 3 de dezembro de 1978. O arquitecto Fernand Pouillon realiza o projeto do mosteiro e dirige a construção, harmonizando as novas construções com as antigas construções do século XVII.

Monsenhor Dominique Rey, bispo da diocese de Fréjus-Toulon, vai em peregrinação ao santuário de Cotignac em 17 de março de 2012 e durante a missa, consagra a diocese de Fréjus-Toulon a São José.

Em fevereiro de 2018, as oito freiras beneditinas que haviam envelhecido deram lugar a freiras da Argentina, a congregação Mater Dei. Após um período de transferência entre as freiras, a nova congregação assumiu oficialmente a liderança do mosteiro em março de 2019, com seis freiras.

Hoje, o convento das freiras acolhe também os peregrinos para retiros e momentos de solidão, mas apenas senhoras, moças ou freiras (homens que podem ser alojados no santuário de Nossa Senhora das Graças) Um caminho conecta os dois santuários através da floresta e permite que os peregrinos possam ir de um local de culto para outro.


Em março de 1917, o então Bispo de Fréjus-Toulon, Dom Felix Guillibert, disse em uma carta que a brevidade da mensagem de São José na aparição de 1660 mostra que o Santo Custódio "não é falador. Nada mais simples, nem mais pobre que essa intervenção, a única aparição de São José desse tipo em toda a história da Igreja, em uma terra que Nossa Senhora já reservara para si mesma".

A aparição de Nossa Senhora das Graças

O Bispo se referiu assim às aparições de Nossa Senhora em 1519, sob a devoção de Nossa Senhora das Graças, que também visitou Cotignac.

O site da Diocese de Fréjus-Toulon observa que, "no dia 10 de agosto de 1519, na festa de São Lourenço, a Virgem Maria, acompanhada de São Miguel Arcanjo e São Bernardo, apareceu no campo a um homem muito piedoso chamado Jean de la Baume".

A Mãe de Deus, então, "ordenou-lhe que dissesse de sua parte para o clero e para a comunidade de Cotignac que fossem em procissão ao monte Verdaille e que construíssem uma igreja, sob a devoção de Nossa Senhora das Graças, pelo seu desejo de conceder muitas graças e favores para aqueles que a invocarem naquele lugar".

Entre os peregrinos famosos que foram a esse lugar, está o rei Luís XIV, que lhe agradeceu pelo dom de seu nascimento.

Atualmente, muitas pessoas peregrinam para pedir o dom de um filho ou para agradecer pelo recebimento de alguma graça. As mulheres grávidas também visitam este lugar para agradecer pelo dom da vida.

Meu sonho um dia é peregrinar a este Santuário e levar muitas pessoas aos santuários de São José em toda a Europa.





domingo, 25 de fevereiro de 2024

4º Domingo - SETE DOMINGOS DE ÃO JOSÉ


 


4º DOMINGO DE SÃO JOSÉ
(assista ao vídeo)


OFERECIMENTO

QUARTO DOMINGO

A Santa Comunhão deste domingo, se oferecerá ao Pai Eterno, para imitar a São José quando lhe ofereceu o Menino Jesus. A indulgência plenária se aplicará pelas almas do purgatório que mais trabalharam para propagar a devoção a São José.

Ato de Contrição (Oração preparatória para todos os domingos)

Deus e Senhor meu, em quem creio e espero e a quem amo sobre todas as coisas, entre a multidão de meus pecados me humilho, e com sincero arrependimento peço-Vos perdão e clemência. Pesa-me de Vos ter ofendido e proponho, com a Vossa Divina Graça, nunca mais tornar a vos ofender. Tende piedade de mim, Senhor. Escutai os meus rogos e não permitais que eu me separe de vós. E Vós, bondoso São José, intercedei por mim para que Jesus perdoe os meus pecados e derrame sobre a minha alma os tesouros de Sua santa graça para que eu possa fazer, com fruto, os Sete Domingos em vossa honra e bem de minha alma. Lembrai-vos, meu doce protetor, que nenhum dos que têm implorado vosso auxílio têm ficado sem consolo. Animado desta confiança, venho à vossa presença neste dia, suplicando-vos as graças de que necessito e que espero conseguir de Jesus e Maria. Amém.

Meditação

Sete dores e sete alegrias de São José

4ª DOR: A PROFECIA DE SIMEÃO

Eis que este será posto para ruína de mitos em Israel e como sinal de contradição. (LC 2,34)

4ª ALEGRIA: A SALVAÇÃO ANNCIADA POR SIMEÃO

Eis que este foi posto para ressurreição de muitos em Israel. (LC 2,34)

Oração

Ó fidelíssimo Santo, que também tivestes parte nos mistérios de nossa Redenção, glorioso São José, se a profecia de Simeão, a respeito do que Jesus e Maria tinham que padecer, vos causou mortal angústia, também vos encheu de sumo gozo pela salvação e gloriosa ressurreição, que, como igualmente predisse, teria de resultar para inumeráveis almas. Por essa vossa dor e por essa vossa alegria, obtende-nos que sejamos do número daqueles que, pelos méritos de Jesus e pela intercessão da Virgem vossa Mãe, hão de ressuscitar gloriosamente..


Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!



Leia também: Método de Confessar-se bem com ajuda do Glorioso São José

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domingo, 18 de fevereiro de 2024

3º Domingo - SETE DOMINGGOS DE SÃO JOSÉ

 

3º DOMINGO DE SÃO JOSÉ
(assista o vídeo)



OFERECIMENTO


TERCEIRO DOMINGO

A Santa Comunhão deste domingo, se oferecerá pela conversão dos inimigos da Igreja. A indulgência plenária se aplicará pelas almas do purgatório que mais tiverem devoção ao precioso sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 
Ato de Contrição (Oração preparatória para todos os domingos)

Deus e Senhor meu, em quem creio e espero e a quem amo sobre todas as coisas, entre a multidão de meus pecados me humilho, e com sincero arrependimento peço-Vos perdão e clemência. Pesa-me de Vos ter ofendido e proponho, com a Vossa Divina Graça, nunca mais tornar a vos ofender. Tende piedade de mim, Senhor. Escutai os meus rogos e não permitais que eu me separe de vós. E Vós, bondoso São José, intercedei por mim para que Jesus perdoe os meus pecados e derrame sobre a minha alma os tesouros de Sua santa graça para que eu possa fazer, com fruto, os Sete Domingos em vossa honra e bem de minha alma. Lembrai-vos, meu doce protetor, que nenhum dos que têm implorado vosso auxílio têm ficado sem consolo. Animado desta confiança, venho à vossa presença neste dia, suplicando-vos as graças de que necessito e que espero conseguir de Jesus e Maria. Amém.


Meditação

Sete dores e sete alegrias de São José

3ª DOR: A CIRCUNCISÃO DOLOROSA DO MENINO JESUS

Passados oito dias foi circuncidado o menino. (LC 2,1)

3ª ALEGRIA: O NOME DE JESUS

José lhe pôs o nome de Jesus (MT 1,25)

Oração

Ó obedientíssimo executor das divinas leis, glorioso São José, o Sangue preciosíssimo, que na circuncisão derramou o Redentor Menino, vos transpassou o coração, mas o nome de Jesus vo-lo reanimou, enchendo-o de contentamento.
Por essa vossa dor e por essa vossa alegria, alcançai-nos que, sendo arrancados de nós todos os vícios nesta vida, com o nome santíssimo de Jesus no coração e na boca, expiremos cheios de Júbilo.

Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!



Leia também: A Trintena de São José

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Via Sacra

  


Estações e Orações


PRIMEIRA ESTAÇÃO

JESUS É CONDENADO À MORTE


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Pilatos lhes disse: 'Que mal fez ele?' Eles, porém, gritaram com mais força: 'Crucifica-o!' Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou açoitar Jesus e entregou-o para ser crucificado" (Mc 15,14-15).

Meditação

Herodes, depois de interrogar Jesus e vendo o silêncio sereno daquele condenado, devolve-O a Pilatos.

A água corre fria e clara sobre os pulsos e as mãos de Pilatos. Enquanto ele as lava no sangue da inocência, entrega Jesus para morrer pela culpa dos homens. Cristo não conheceu o toque da culpa, mas amou os culpados até a morte. O amor de Deus superou toda culpa.

Oração

Senhor Jesus, Vos agradecemos pela graça de tamanho amor, tamanho sacrifício. Vosso amor invade nossa história para curar nossas feridas, per- doar nossas falhas, porque Vós não conhecestes o toque da culpa, mas nos amastes até o fim.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores. 

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


SEGUNDA ESTAÇÃO

 JESUS LEVA A CRUZ NOS OMBROS


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Depois de zombarem dele, tiraram-lhe o manto de púrpura e o vestiram com suas roupas. Então o levaram para crucificá-lo" (Mc 15,20).

Meditação

Antigamente, a cruz era um instrumento bárbaro de suplício usado para executar os condenados à mor- te. Jesus recebeu a Sua cruz. Um grosso e pesado madeiro que foi apoiado em Seu ombro. A grande marcha começa. Jesus a carrega. A multidão grita, aplaude, vaia, dá gargalhadas e O despreza. Jesus caminha com dificuldade. O espancamento que sofreu enfraqueceu-O demais. Ele segue cambaleando sob o peso torturante da cruz.

Oração

Senhor, contemplamos o mistério da Sagrada Cruz. Ela indica Vossa bondade e submissão à vontade do Pat Nela estão os nossos pecados. Junto à Vossa cruz estão os sofridos, os marginalizados, os abandonados, os que caminham diariamente levando também pesadas cruzes, como Vós levastes.

Concedei-nos ser impregnados por Vossa graça ao contemplar Vosso gesto de total entrega e viver libertos da escravidão do pecado.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores. 

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


TERCEIRA ESTAÇÃO 

JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ


Nos Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Eram na verdade os nossos sofri- mentos que ele carregava, eram as nossas dores que levava às costas. E a gente achava que ele era um castigado, alguém por Deus feri- do e massacrado. Mas estava sendo transpassado por causa de nossa rebeldia, estava sendo esmaga- do por nossos pecados. O castigo que teríamos de pagar caiu sobre ele, com os seus ferimentos veio a cura sobre nós. Como as ovelhas estávamos todos perdidos, cada qual ia em frente por seu caminho Foi então que o Senhor fez cair sobre ele o peso dos pecados de todos nós" (Is 53,4-6).

Meditação

O cortejo continua pelas ruas estreitas. As pedras ferem os pés de Jesus. Mais alguns passos e Ele cai pela primeira vez. Bate fortemente o joelho esquerdo no chão rústico, esfolando-o por causa do peso da cruz. Os soldados, vendo-o no chão, chicoteiam-No. Jesus, mal podendo ficar em pé, retoma o madeiro. Obediente, caminha com a cruz, por amor.

Oração

Contemplando Vossa dolorosa que- da, rezamos por todos os que cambaleiam, que vacilam e se desanimam no caminho da vida. Jesus, rezamos para que a fraqueza de nossos pés não nos faça desistir.

Agradecemos-Vos, ó Cristo, pela graça de levantar. Por Vosso exemplo, dai- nos força e coragem para abraçar a cruz e sempre seguir em frente.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai


QUARTA ESTAÇÃO 

JESUS ENCONTRA SUA MÃE


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe: 'Este Menino será causa de queda e reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição e a ti, uma espada transpassará tua alma! - e assim serão revelados os pensa- mentos de nossos corações'. Jesus desceu então com seus pais para Nazaré e era obediente a eles. Sua mãe guardava todas essas coisas no coração" (Lc 2,34-35.51).

Meditação

O cortejo prossegue numa confusão muito grande. A multidão se espreme entre as paredes das casas das estreitas ruas, pois quer avidamente acompanhar a trajetória dos condenados, especialmente a de Jesus.

Cansado, Jesus faz uma pausa. Seu corpo está cheio de chagas que sangram abundantemente. Da cabeça ferida pelos espinhos desce grande quantidade de sangue que escorre pelo rosto, cobre-Lhe os olhos e turva-Lhe a visão. Ao erguer a face, Jesus se depara com o olhar triste e amargurado de Maria, Sua mãe, impressionada com a intensidade da maldade do mundo. A dor da mãe é tão intensa que dos seus lábios não sai uma palavra sequer; apenas seus olhares se encontram.

Oração

Jesus, Vosso encontro com Maria Vos trouxe consolação. Que ela vá também ao encontro de tantas mães aflitas por verem seus filhos condenados ao pecado.

Concedei-nos que Maria interceda pelas famílias desestruturadas, pelas mães abandonadas, por todos os homens e mulheres desprezados, carentes de amor e de justiça.

Nós Vos agradecemos, Jesus, pela Virgem Maria em nossa vida.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


QUINTA ESTAÇÃO 

JESUS É AJUDADO POR SIMÃO DE CIRENE A LEVAR A CRUZ


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Os soldados obrigaram alguém que lá passava voltando do campo, Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar a cruz. Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota (que quer dizer Calvário)" (Mc 15,21-22).

Meditação

Jesus está completamente debilitado pela noite que enfrentou, fraco pelos maus-tratos e flagelos que recebeu no pretório. Seu cansaço é nítido, todavia, Ele não desiste.

Passando por ali, voltando do campo, vem Simão, o Cireneu. Os soldados o obrigam a carregar a cruz de Jesus.

Quando foi desamarrada a trave dos Seus ombros e entregue a Simão de Cirene, Jesus ficou imóvel. Teve de ser ajudado para retomar Seu caminho.

Oração

Jesus, agradecemos por Vossa docilidade em sempre seguir em frente.

Agradecemo-Vos por aceitardes humildemente ser ajudado a retomar o caminho. Dai-nos a graça de ser mansos e humildes como Vós e acolher a ajuda quando nos for oferecida. Fazei-nos oferecer socorro sincero àqueles que encontrarmos.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


SEXTA ESTAÇÃO

 VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Crescia diante dele como um broto, qual raiz que nasce da terra seca. Não fazia vista, nem tinha beleza a atrair o olhar, não tinha aparência que agradasse. Era o mais desprezado e abandonado de todos, homem do sofrimento, experimentado na dor, indivíduo de quem a gente desvia o olhar, repelente, dele nem tomamos conhecimento" (Is 53,2-3).

Meditação

Enfraquecido, Jesus mal consegue caminhar. Muitos judeus querem passar pelos soldados para agredi-Lo. Os soldados erguem as lanças para impedir que alguém se aproxime. Uma mulher chamada Verônica sente que não pode ficar indiferente àquele cortejo aterrador. Vê o rosto ensanguentado de Jesus e fica pro- fundamente abalada. Toma um pano e, sem medo dos soldados, antes que eles se pusessem a impedi-la, aproxima-se de Jesus e enxuga Sua face ensanguentada. Então, vê o rosto de Jesus impresso no pano e canta se lamentando.

Oração

Jesus, Vós nos convidais a olhar para o Vosso rosto. Quereis Vos revelar a nós, e queremos buscar ardentemente Vossa face. É Vossa face que precisamos levar ao mundo. Concedei-nos a graça de mostrar em nosso semblante e em nossos atos o Vosso rosto. Queremos apresentar Vossa face de amor, de caridade, de misericórdia aos que a procuram mesmo sem o saber.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores. 

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


SÉTIMA ESTAÇÃO

 JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Eu sou o homem que conheceu a dor, sob a vara de seu furor. Conduziu-me e me fez caminhar nas trevas e não na claridade. Fechou- me a vereda com pedras e obstruiu o meu caminho" (Lm 3,1-2.9).

Meditação

Como se não bastasse a fraqueza física, Ele tem de suportar o escárnio e os insultos. Sente, além da dor no corpo, a dor de se ver traído pelos que Ele ama.

Seus pés pisam em falso sobre as pedras escorregadias, Jesus cai pela segunda vez. Não chamam ninguém para ajudá-Lo dessa vez. Empurram, gritam e ordenam que Se levante. Jesus consegue erguer-Se e, cambaleando, fica em pé.

Oração

Jesus, encontrastes forças para Vos levantardes novamente. Entregamo-Vos todos os que estão caídos, mergulhados em vícios, em adultério, prostituição e em todas as formas da miséria humana. Entregamo-Vos também os que estão caídos na enfermidade, na morte de um ente querido.

Senhor Jesus, que possamos ouvir a Vossa voz dizendo: "Levante, sê cura- do". O Senhor nos diz: "No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo!" (Jo 16,33); e porque vencestes, Jesus, nós fomos salvos. Vos agradecemos por toda libertação.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


OITAVA ESTAÇÃO 

JESUS ENCONTRA AS MULHERES DE JERUSALÉM


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Jesus, porém, voltou-se para elas e disse: 'Mulheres de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! Porque dias virão em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que nunca deram à luz e os seus seios que nunca amamentaram. Então começarão a pedir às montanhas:

Caí sobre nós!, e às colinas: Escondei-nos! Pois, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?" (Lc 23,28-31).

Meditação

Jesus anda cambaleando e avista um grupo de mulheres que choram copiosamente. Olhando-as firmemente, Ele as consola.

Oração

Jesus, coberto de sofrimento mas cheio da graça do Pai, contemplamo-Vos como nosso consolador.

Rezamos por todas as mulheres e mães que perderam seus maridos e seus filhos, em guerras, por discórdias e injustiças. Suplicamos por todos os que precisam de consolação. Jesus, concedei a paz para nossas famílias e consolai-nos.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores. 

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


NONA ESTAÇÃO 

JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"É bom para o homem carregar seu jugo na mocidade. Permaneça só e em silêncio, quando Deus lho determinar! Leve sua boca ao pó; haverá, talvez, esperança? Estenda a face a quem o fere, e se farte de opróbrios! Porque o Senhor não repele para sempre. Após haver afligi- do, ele tem piedade, porque é grande sua misericórdia" (Lm 3,27-32).

Meditação

Depois de consolar as mulheres, Jesus retoma Seu caminho para o calvário, mas é açoitado e empurrado pelos centuriões romanos, homens severos e violentos, e cai pela terceira vez.

O amor tudo suporta e tudo crê. O amor vence a morte, o amor que conduziu Jesus até o monte santo é o amor que nos levanta sempre.

Oração

Jesus, perdão pelas vezes que cedemos à tentação e ficamos caídos.

Nós Vos agradecemos, Jesus, por nos dar forças para prosseguirmos com determinação. Para o Senhor não importam as vezes que caímos, mas a fé que nos levanta.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Раі.


DÉCIMA ESTAÇÃO 

JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Eles o crucificaram e repartiram suas vestes, tirando sorte sobre elas, para ver que parte caberia a cada um" (Mc 15,24).

Meditação

Os soldados cercam uma pequena área, os judeus continuam sua algazarra, os amigos choram, Maria, Sua mãe, permanece em pé, amparada pelo apóstolo João.

Por causa dos inúmeros feri- mentos, as vestes de Jesus estão coladas ao Seu corpo. Os soldados as arrancam, sem piedade, fazendo o sangue vivo escorrer.

Jesus está chagado, pisado, dilacerado. Mais parece um amontoa- do de carne e sangue: "Era o mais desprezado e abandonado de todos, homem do sofrimento, experimenta- do na dor, indivíduo de quem a gente desvia o olhar, repelente, dele nem tomamos conhecimento" (Is 53,3).

Poderia Ele ter morrido de outro modo, não destituído de Suas vestes. Entretanto, Seu próprio corpo é a maior doação do Seu amor

Oração

Meditemos: "Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas" (Is 53,5).

Jesus, suplicamos pelos doentes da alma e do corpo. Que sejam libertos e curados de todas as suas enfermidades e também dos males morais. Contemplando as Vossas santas chagas, proclamamos que por elas somos curados.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai


DÉCIMA PRIMEIRA 

ESTAÇÃO JESUS É PREGADO NA CRUZ


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. O letreiro com o motivo da condenação dizia: 'O Rei dos Judeus'! Com ele crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda" (Mc 15,25-27).

Meditação

Deitam-No no madeiro e, com violência, pregam Sua mão direita. Enfiam um cravo de ferro que penetrando Sua carne rasga o tecido, atravessa o pulso e se fixa na cruz.

Do mesmo modo, com força e brutalidade, pregam a mão esquerda e, também, o pé esquerdo em cima do direito, com um único cravo.


Jesus está definitivamente prega- do à cruz. Os príncipes dos sacerdotes gritam: "A outros ele salvou. Salve- se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Eleito!" (cf. Lc 23,35).

Jesus, vendo Seus torturadores, exclama: "Pai, perdoa-lhes! Eles não

sabem o que fazem!" (cf. Lc 23,34). A multidão olha e, aos poucos, se retira.

Maria em pé, apoiada em João, aproxima-se da cruz. Madalena, chorando, também O contempla. Ali está Jesus crucificado.

Nuvens escuras cobrem todo o céu transformando o dia em noite.

Oração

Senhor, nós cremos, mas aumentai a nossa fé. Nós Vos amamos, mas aumentai o nosso amor.

Professando nossa fé e nosso amor, suplicamos por todos os que não creem, Jesus. Suplicamos por todos os nossos familiares indiferentes a Vós. Agradecemos pela salvação de toda a humanidade.

Bendito sejais, Jesus. Bendita seja Vossa santa cruz.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO

 JESUS MORRE NA CRUZ


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Quando chegou o meio-dia, uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde. Às três da tarde, Jesus gritou com voz forte: 'Eloí, Eloi, lemá sabactâni?' que quer dizer 'Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?' Então Jesus deu um forte grito e expirou. Quando o centurião que estava em frente dele viu que Jesus assim tinha expirado, disse: 'Na verdade, este homem era Filho de Deus" (Mc 15,33-34.37.39).

Meditação

O Senhor está ofegante. Com dificuldades consegue apoiar os pés. Apoia-se no cravo de ferro que os prende, para elevar o corpo e poder respirar.

Sofre o Redentor por causa dos nossos pecados. Olhando para João Jesus vê toda a humanidade representada na pessoa dele e o entrega a Maria. Do mesmo modo, Jesus entrega Maria a João.

Jesus continua a perder sangue. A desidratação do corpo causa-Lhe sede. Um soldado molha uma esponja no vinagre e a leva até a boca de Jesus. Ele não a aceita.

O céu se fecha como uma noite sem estrelas, ninguém entende Suas palavras. Dobrando a cabeça, Jesus exclama: "Tudo está consumado" (cf. Jo 19,30). O Messias, o Filho de Deus, morre por amor a nós. Desde então, a morte se tornou vida.

Oração

Contemplemos Jesus.

Jesus, quando nos sentirmos total- mente abandonados, até mesmo descrentes da Vossa Misericórdia e do Vosso amor, dai-nos a graça de perseverar, de crer, confiar e nos lançar no oceano da Vossa misericórdia. Dai-nos a graça de acolher com docilidade a santa vontade do Pai.

Pai, que não se faça a nossa vontade, mas a Vossa. Hoje, entregamos nossa vida em Vossas mãos.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO 

JESUS É DESCIDO DA CRUZ


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"Já caíra a tarde. Era o dia da preparação (isto é, a véspera do sábado). José de Arimatéia, membro respeitável do sinédrio, também esperava o Reino de Deus. José comprou um lençol de linho, desceu Jesus da cruz" (Mc 15,42-43.46).

Meditação

Por verem Jesus morto, não Lhe quebram as pernas, mas um dos sol- dados crava, com força, uma lança no lado direito do Senhor, atingindo Seu coração. Dele saem sangue e água.

José de Arimatéia e Nicodemos pedem autorização a Pilatos, descem Jesus da cruz e O envolvem num lençol branco de linho. Tiram-Lhe os cravos dos pés e das mãos. Maria, Mãe de Jesus, O recebe em seus braços.

Oração

Senhor Jesus, por causa da Vossa santa morte, suplicamos a conversão de todos os pecadores. Que o sangue e a água que jorraram do Vosso coração nos lavem e purifiquem das nossas iniqüidades.

Dai-nos um coração arrependido, Senhor, disposto a Vos acolher como Maria Vos acolheu.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO 

JESUS É SEPULTADO


Nós Vos adoramos e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo.

"José comprou um lençol de linho, desceu Jesus da cruz, envolveu-o e colocou-o num túmulo es- cavado na rocha; depois, rolou uma pedra na entrada do túmulo. Maria Madalena e Maria, mãe de Joset, observavam onde ele era colocado" (Mc 15,46-47).

Meditação

José de Arimatéia, Nicodemos e alguns apóstolos, auxiliados por pessoas piedosas e por santas mulheres, de acordo com o costume, preparam o corpo de Jesus. Eles O ungem com uma mistura de aloés e mirra e o envolvem com um lençol de linho.

Respeitosamente, em procissão, Jesus é conduzido para uma sepultura nova. Seu corpo é posto deitado no sepulcro, cuja entrada é fechada com uma grande pedra.

É necessário que os amigos de Jesus se apressem e voltem para suas casas, pois é a festa da Páscoa.

Oração

Sepultamos, Jesus, convosco, nossa vida velha, nosso passado, nossos sofrimentos e nossas dores, nossos pecados e nossas fraquezas, porque "aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho, eis que tudo se fez novo" (cf. 2Cor 5,17).

Enterramos, Jesus, convosco, nossas tristezas, mágoas, desesperanças, nossos ressentimentos. Pela força do Espírito Santo somos preparados para a ressurreição. Bendito sois Vós que vindes em nome do Senhor para sal- var Vosso povo.

Tende piedade de nós, Senhor. Tende piedade de nós pecadores.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


Oração final a Jesus crucificado. — Eis-me aqui, ó meu bom e dulcíssimo Jesus! Humildemente prostrado de joelhos em vossa presença, peço e suplico-vos, com todo o fervor de minha alma, que vos digneis gravar em meu coração os mais vivos sentimentos de fé, esperança e caridade, de verdadeiro arrependimento de meus pecados, e um firme propósito de emendar-me, enquanto vou considerando, com vivo afeto e dor, as vossas cinco chagas, tendo presentes as palavras que já o profeta Davi punha em vossa boca, ó bom Jesus: “Transpassaram minhas mãos e os meus pés e contaram todos os meus ossos” (Sl 21, 17).


A Nossa Senhora das Dores. — Ó Mãe das Dores, Rainha dos mártires, que tanto chorastes vosso Filho, morto para me salvar, alcançai-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida. Mãe, pela dor que experimentastes quando vosso divino Filho, no meio de tantos tormentos, inclinando a cabeça expirou à vossa vista sobre a cruz, eu vos suplico que me alcanceis uma boa morte. Por piedade, ó advogada dos pecadores, não deixeis de amparar a minha alma na aflição e no combate da terrível passagem desta vida à eternidade. E, como é possível que, neste momento, a palavra e a voz me faltem para pronunciar o vosso nome e o de Jesus, rogo-vos, desde já, a vós e a vosso divino Filho, que me socorrais nessa hora extrema, e assim direi: Jesus e Maria, entrego-vos a minha alma. Amém.


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Como surgiu "A Via Sacra?"

         


    Não foi inventada, mas sim inspirada nos coração dos primeiros cristãos peregrinos. Conheça como surgiu a Via Sacra e como chegou até nós no formato em que a conhecemos.

        A via-sacra sofreu modificações desde sua criação no século XV, mas sua forma (a mesma usada hoje em dia) foi final- mente fixada pelos Papas Clemente XII, em 1731, e Bento XIV, em 1742. Ela consiste em percorrer, à semelhança de Jesus, as catorze estações que recriam os momentos desde Sua condenação à morte até Seu enterro, parando em cada estação para meditar ou rezar.

        Dom Estêvão Bettencourt, OSBM, da revista ‘Pergunte e Responderemos’, de número 26, de fevereiro de 1960, fala-nos sobre a tradição do valoroso exercício de piedade que é a Via-Sacra.

        Segundo o bispo, a Via-Sacra é um exercício de piedade em que os fiéis percorrem mentalmente o caminho de Jesus Cristo, do Pretório de Pilatos até o monte Calvário. Esse exercício muito antigo, que remonta os primeiros séculos da Igreja Católica, tomou forma com o tempo, até a Via-Sacra, como conhecemos em nossos dias.

        Desde os primórdios, os fiéis veneravam os lugares santos, onde viveu, morreu e foi glorificado Jesus Cristo. Peregrinos de países mais longínquos iam à Palestina para orar nesses lugares. Em consequência dessas peregrinações, surgiram narrativas, das quais as mais importantes da antiguidade são a de Etéria e a do peregrino de Bordéus, que datam do século IV. Muitos desses peregrinos reproduziam, em pinturas ou esculturas, os lugares sagrados que visitaram.

Lugares santos

        A tendência de reproduzir os lugares santos aumentou por causa das Cruzadas (século XI-XIII), a qual proporcionou a muitos fiéis a oportunidade de conhecer os lugares santos e de se beneficiarem da espiritualidade desses locais. Por isso, aumentaram as capelas e monumentos que lembram os santuários da Terra Santa. Essas capelas e monumentos passaram a ser visitados por pessoas que não podiam viajar para a Cidade Santa.

        Até o século XII, os guias e roteiros que orientavam a visita dos peregrinos à Palestina não tratavam de modo especial os lugares santos relacionados à Paixão de Cristo. Em 1187, apareceu o primeiro itinerário que seguia o caminho percorrido por Jesus. Porém, somente no fim do século XIII, os fiéis passaram a separar a Via dolorosa do Senhor em etapas ou estações. Cada uma dessas era dedicada a um fato do caminho da Cruz de Cristo e acompanhada por uma oração especial. Por causa da limitação dos maometanos, os cristãos passaram a ter um programa para a visita desses lugares santos, relacionados à Paixão de Cristo.

Via Crucis

        No fim do século XIV, já havia um roteiro comum que percorria, em sentido inverso, a Via crucis. Este começava na Igreja do Santo Sepulcro, no Monte Calvário, e terminava no Monte das Oliveiras. As estações desse caminho eram bem diferentes da via atual. Alguns autores do fim do século XV, como Félix Fabri, afirmavam que aquele itinerário – do Calvário ao Monte das Oliveiras – era o mesmo que a Virgem Maria costumava percorrer, recordando a Paixão de seu amado Filho Jesus Cristo.

        Os peregrinos que visitavam a Terra Santa, no fim da Idade Média, testemunhavam um extraordinário fervor, pois arriscavam suas vidas na viagem e se submetiam às humilhações e dificuldades impostas pelos muçulmanos ocupantes da Palestina. Tal fervor fez com que muitos cristãos, que não podiam ir à Terra Santa, desejassem trocar a peregrinação pelo exercício de piedade realizado nas igrejas e mosteiros. Esse desejo fez com que fosse desenvolvido o exercício do caminho da Cruz de Jesus Cristo.

        O fervor levou os fiéis a percorrerem o caminho doloroso do Senhor Jesus na ordem dos episódios da história da Paixão de Cristo. A narrativa da peregrinação do sacerdote inglês Richard Torkington, em 1517, mostra que, no início do século XVI, já se seguia a Via dolorosa do Senhor na ordem dos acontecimentos. Isso possibilitava aos fiéis a reviverem, mais intensa e fervorosamente, as etapas dolorosas da Paixão.

        No Ocidente, as pinturas ou esculturas das estações da Via-Sacra eram variadas. Algumas delas tinham apenas sete ou oito estações. Outras contavam com 19, 25 ou até 37 estações na Via dolorosa de Cristo. Em 1563, o livro “A peregrinação espiritual”, de Jan Pascha, descreve uma viagem espiritual que deveria durar um ano, num roteiro que partia de Lovaina para a Terra Santa.

Como surgiram as 14 estações

        Cada dia daquela peregrinação era acompanhada de um tema de meditação e exercícios de piedade. Em 1584, Adrichomius retomou o itinerário espiritual de Jan Pascha e lhe deu a forma que tem a Via-Sacra como a conhecemos hoje, ou seja, o caminho da Cruz de Cristo acontece a partir do pretório de Pilatos, onde Jesus foi condenado à morte, num total de 14 estações, até o Calvário, onde morre o Crucificado.

        Os franciscanos tiveram um papel importante na propagação do exercício da Via-Sacra. Desde o século XIV, estes são os guardas oficiais dos lugares santos da Terra Santa e, talvez, por isso dedicaram-se à propagação da veneração da Via-Sacra em suas igrejas e conventos. Desde o fim da Idade Média, os franciscanos erguiam estações da Via-Sacra, segundo o roteiro de Jan Pascha e Adrichomius. Isso fez com que essa forma prevalecesse sobre as outras formas de devoção da Via dolorosa de Cristo. Foram, também, os franciscanos que obtiveram dos Papas a concessão de indulgências ao exercício da Via-Sacra. Dentre os filhos de São Francisco, destaca-se São Leonardo de Porto Maurício, que ergueu 572 “Vias-Sacras” de 1731 a 1751.

        Assim, o exercício da Via crucis desenvolveu-se ao longo dos séculos até atingir sua forma atual, a partir da obra de Pascha e Adrichomius no século XVI. A aprovação da Santa Sé e a concessão de indulgências mostram que a veneração e a meditação da Via dolorosa de Cristo fazem muito bem para a piedade cristã, especialmente no tempo da Quaresma. Por isso, desfrutemos dos benefícios da Paixão de Cristo como são propostos pela Via-Sacra, piedade que santifica os fiéis cristãos a tantos séculos.

        É uma das práticas de piedade prediletas do Santo Padre. Essa predileção tem raízes na tradição familiar, nos costumes da paróquia onde Karol Wojtyla foi batizado, nas opções pastorais da Polônia, em cujo corpo a sua terra ferido, dividi- do, despojado por potências estrangeiras se prolongou o mistério da Paixão de Cristo. Desde que Deus, em Seu desígnio providencial, o chamou à cátedra de Pedro (16 de outubro de 1978), João Paulo II nunca faltou ao encontro da "Via-sacra do Coliseu", na noite de Sexta-feira Santa.

        A via-sacra é uma oração forte porque nos lembra, como foi dito, o caminho da dor e do sofrimento de Jesus, no percurso de Sua Divina mis- são Redentora. De modo perfeito e heroico, o Senhor aceitou a Cruz para redimir e salvar todas as gerações, demonstrando profunda obediência ao Santo Pai e infinito amor pela humanidade.

        Normalmente a reza é feita às quartas e sextas-feiras, no período da Quaresma. Todavia, por sua importância e seu valor espiritual, deveria ser rezada nos demais meses do ano por todos aqueles que se sentirem sensibilizados a amenizar as dores do Redentor e quiserem se irmanar aos sofrimentos de Jesus, penitenciando-se de suas próprias culpas e das transgressões da humanidade.

        Rezar a via-sacra é reviver na mente e no coração a grandeza d amor de Deus, que, para salvar redimir a humanidade de todo pecado entregou seu Divino Filho em holocausto, como Vítima Perfeita para lavar os pecados de todos nós.


Deus abençoe!
José João

Reze a Via Sacra: Reze a Via Sacra

Memorare (Lembrai-vos) a São José

 

Memorare a São José


    Lembrai-vos, ó castíssimo esposo da Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado.
    Animado eu, pois, com igual confiança, a vós recorro, ó pai espiritual, e imploro a vossa proteção. Não rejeiteis as minhas súplicas, ó pai adotivo do Redentor, mas dignai-vos de as ouvir propiciamente e de me alcançar o que vos rogo. Amém.

sábado, 10 de fevereiro de 2024

2º Domingo - SETE DOMINGOS DE SÃO JOSÉ


 

  2º DOMINGO DE SÃO JOSÉ

(assista ao vídeo)


OFERECIMENTO

SEGUNDO DOMINGO

A Santa Comunhão deste domingo, se oferecerá para dar graças a São José pelos favores que nos tem alcançado com sua poderosa intercessão. A indulgência plenária será aplicada pelas almas do purgatório que mais devoção tiverem à Sagrada Família.

Ato de Contrição (Oração preparatória para todos os domingos)

Deus e Senhor meu, em quem creio e espero e a quem amo sobre todas as coisas, entre a multidão de meus pecados me humilho, e com sincero arrependimento peço-Vos perdão e clemência. Pesa-me de Vos ter ofendido e proponho, com a Vossa Divina Graça, nunca mais tornar a vos ofender. Tende piedade de mim, Senhor. Escutai os meus rogos e não permitais que eu me separe de vós. E Vós, bondoso São José, intercedei por mim para que Jesus perdoe os meus pecados e derrame sobre a minha alma os tesouros de Sua santa graça para que eu possa fazer, com fruto, os Sete Domingos em vossa honra e bem de minha alma. Lembrai-vos, meu doce protetor, que nenhum dos que têm implorado vosso auxílio têm ficado sem consolo. Animado desta confiança, venho à vossa presença neste dia, suplicando-vos as graças de que necessito e que espero conseguir de Jesus e Maria. Amém.


Meditação

Sete dores e sete alegrias de São José

2ª DOR: A ANGÚSTIA DA NOITE DE NATAL SEM UMA HOSPEDARIA EM BELÉM ACHAR

Não havia lugar para eles na hospedaria. (Lc 2,7)

2ª ALEGRIA: O NASCIMENTO DO SALVADOR

Maria deu à luz seu Filho primogênito. (Lc 2,2)

Meditemos sobre as Tristezas e as Alegrias de São José por ocasião do nascimento do Menino Jesus no Presépio de Belém.

Oração

Ó Felicíssimo Patriarca, glorioso São José, que fostes escolhido para o cargo de Pai nutrício do verbo humanado a dor que sentistes ao ver nascer em desabrigo e tanta pobreza o Menino Deus, mudou-se em celeste júbilo ao escutardes a angélica harmonia e ao verdes a glória daquela brilhantíssima noite.

Por essa vossa dor e por essa vossa alegria, vos suplicamos a graça de nos alcançardes que depois da jornada desta vida, passemos a ouvir os angélicos louvores e a gozar os resplendores da glória celeste.


Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

1º Domingo - SETE DOMINGOS DE SÃO JOSÉ

       


1⁰ DOMINGO DE SÃO JOSÉ

(assista o vídeo)

OFERECIMENTO

PRIMEIRO DOMINGO

A Santa Comunhão deste domingo se oferecerá para agradecer a São José, os serviços que prestou a Jesus e Maria. A indulgência plenária aplicar-se-á pelas almas do purgatório que mais amaram o glorioso Patriarca.


Ato de Contrição (Oração preparatória para todos os domingos)

Deus e Senhor meu, em quem creio e espero e a quem amo sobre todas as coisas, entre a multidão de meus pecados me humilho, e com sincero arrependimento peço-Vos perdão e clemência. Pesa-me de Vos ter ofendido e proponho, com a Vossa Divina Graça, nunca mais tornar a vos ofender. Tende piedade de mim, Senhor. Escutai os meus rogos e não permitais que eu me separe de vós. E Vós, bondoso São José, intercedei por mim para que Jesus perdoe os meus pecados e derrame sobre a minha alma os tesouros de Sua santa graça para que eu possa fazer, com fruto, os Sete Domingos em vossa honra e bem de minha alma. Lembrai-vos, meu doce protetor, que nenhum dos que têm implorado vosso auxílio têm ficado sem consolo. Animado desta confiança, venho à vossa presença neste dia, suplicando-vos as graças de que necessito e que espero conseguir de Jesus e Maria. Amém.


Meditação

Sete dores e sete alegrias de São José

1ª DOR: A PERPLEXIDADE DE SÃO JOSÉ DIANTE DO MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO

José, seu esposo, porque era justo e não queria difamá-la, quis abandoná-la ocultamente. (Mt 1,19)

1ª ALEGRIA: O ANJO REVELA A ENCARNAÇÃO José, Filho de Davi, não temas receber Maria como tua esposa. (Mt 1,20)

Meditemos sobre as Tristezas e Alegrias de São José na maternidade de Maria.

Oração

Ó Esposo puríssimo de Maria Santíssima, glorioso São José, assim como foi grande a amargura ou angústia de vosso coração na perplexidade de abandonardes vossa castíssima Esposa, assim foi inexplicável a vossa satisfação, quando pelo Anjo vos foi revelado o soberano mistério da Encarnação. Por essa vossa dor e por essa vossa alegria, vos rogamos a graça de consolardes, agora e nas extremas dores, a nossa alma, com o gozo de uma boa vida e de uma santa morte semelhante à vossa entre Jesus e Maria.


Rezemos 1 Pai-Nosso, 1 Ave-Maria e 1 Glória ao Pai.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!



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